Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Sítio Arqueológico do Cabeço da Mina
Designação
DesignaçãoSítio Arqueológico do Cabeço da Mina
Outras Designações / PesquisasSítio Arqueológico do Cabeço da Mina (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Santuário
TipologiaSantuário
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBragança/Vila Flor/Assares e Lodões
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Cabeço da Mina Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoBragança
ConcelhoVila Flor
FreguesiaAssares e Lodões
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como SIP - Sítio de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 110/2014, DR, 2.ª série, n.º 30, de 12-02-2014 (sem restrições) (ver Portaria)
Despacho de homologação de 3-02-2005 da Ministra da Cultura
Parecer de 9-06-2004 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como IIP
Proposta de 23-09-2002 da DR do Porto do IPPAR para a classificação como MN
Despacho de abertura de 3-03-1997 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de abertura de 28-02-1987 da DR do Porto do IPPAR
ZEPDevolvido à DRC do Norte, por despacho de 26-05-2014, para reanálise
Parecer favorável de 3-11-2010 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 10-09-2010 da DRC do Norte
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaClassificado desde 2014, o sítio do "Cabeço da Mina" está situado numa pequena elevação do Vale da Vilariça, na margem direita sobranceira à ribª do mesmo nome.
Foi, sobretudo, graças às investigações conduzidas no local entre os meados dos anos oitenta e o início da década de noventa pelos conhecidos arqueólogos Francisco Sande Lemos e Orlando Sousa, que este arqueossítio passou a centralizar o interesse da comunidade científica nacional, designadamente através da sua apresentação em encontros internacionais (SOUSA, O., REBANDA, N., 1993).
O estudo dos artefactos identificados durante as campanhas arqueológicas parece apontar para a existência de um santuário pré-histórico, datável do Calcolítico (c. do 3.º milénio a. C.), como parece indicar a interpretação tipológica e estilística dos seus elementos constituintes. Uma possibilidade que será reforçada pela inexistência de espólio associado, cuja existência poderia indiciar a sua provável ocupação habitacional. Na verdade, a análise das representações escultóricas recolhidas até à data permitirá afirmar estarmos em presença de um dos exemplares desta tipologia arqueológica mais antigos e mais representativos de todos quantos foram registados até ao momento em todo o território da Península ibérica, senão mesmo de toda a região ocidental da Europa mediterrânea.
Foram recolhidas, no sítio, cerca de trinta "estelas-menires", a maior parte das quais sem quaisquer indícios decorativos, apresentando-se, tão somente, como estelas lisas executadas em granito e xisto. Quanto às decoradas, elas evidenciam um carácter assumidamente antropomórfico, conferido, tanto pela própria forma talhada, como pelos motivos insculpidos, compostos de "xis" e linhas paralelas.
Para além deste conjunto artefactual, foi apenas possível reconhecer a presença de uma estrutura, com orientação Noroeste-Sudoeste, construída com diversas matérias primas locais, desde o granito, passando pelo xisto até fragmentos de quartzo (SOUSA, Orlando,1997).
Se corroborará; à partida, a sua classificação (vide supra), o facto de as figurações não incluírem qualquer tipo de arma, parece afastar a interpretação normalmente traçada para as denominadas "estátuas-menires" do Bronze Final, mormente do Norte de Portugal, onde materializariam um eventual predomínio de "[...] personagens de estatuto social superior, glorificadas na sua função social de comando, ou entidades míticas ou divinas nas quais se projectou o carisma inerente a tal função. [...] correlacionáveis com o culto de chefes guerreiros no seio de comunidades profundamente hierarquizadas." (JORGE, S. O., 1990, p. 249).
[AMartins]
ProcessoAssares e Lodões
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Statues-Menhirs et stèles du Nord du Portugal", Revista da Faculdade de LetrasJORGE, Vítor de OliveiraEdição1990Porto2.ª série 7, pp. 299-324
"Complexificação das sociedades e sua inserção numa vasta rede de intercâmbios", Nova História de PortugalJORGE, Vítor de OliveiraEdição1990Lisboapp. 213-255
"Statues-Menhirs et stèles du Nord du Portugal", Revista da Faculdade de LetrasJORGE, Susana de OliveiraEdição1990Porto2.ª série 7, pp. 299-324
"Estelas menires do Cabeço da Mina, Vila Flor, Trás-os-Montes, Portugal", 3th Deia Conference of Prehistory. Ritual rites and religion in PrehistoryREBANDA, NelsonEdição19931993
"Estação arqueológica do Cabeço da Mina, Vila Flor - notícia preliminar", Estudos Transmontanos e DuriensesSOUSA, Orlando Castro Ferreira deEdição1997Vila Realn.º 7, pp. 187-197
"Estelas menires do Cabeço da Mina, Vila Flor, Trás-os-Montes, Portugal", 3th Deia Conference of Prehistory. Ritual rites and religion in PrehistorySOUSA, Orlando Castro Ferreira deEdição19931993
Roteiro de Vila FlorMORAIS, CristianoEdição1988Vila Flor

IMAGENS

Sítio Arqueológico do Cabeço da Mina - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor

Sítio Arqueológico do Cabeço da Mina - Planta com a delimitação e a ZEP proposta pela DRCN e a SPAA do CNC (a ZEP só entra em vigor após a publicação da portaria no DR)

Sítio Arqueológico do Cabeço da Mina - Encosta nordeste e este

Sítio Arqueológico do Cabeço da Mina - Encosta nordeste e este

Sítio Arqueológico do Cabeço da Mina - Encosta norte

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