Ponte sobre o Lima | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Ponte sobre o Lima | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Ponte sobre o Rio Lima (Ponte de Lima) / Ponte de Ponte de Lima (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Ponte | ||||||||||||
Tipologia | Ponte | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Ponte de Lima/Arca e Ponte de Lima | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||||||||||
Concelho | Ponte de Lima | ||||||||||||
Freguesia | Arca e Ponte de Lima | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 721/77, DR, I Série, n.º 269, de 21-11-1977 (com ZNA) (ver Portaria) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria n.º 721/77, DR, I Série, n.º 269, de 21-11-1977 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914629 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A ponte sobre o rio Lima é o elemento estruturante da vila, e o que lhe conferiu a sua própria denominação. "Espinha dorsal da rede viária do Entre-Douro-e-Minho" (ANDRADE, 1990, p.14), durante largos séculos foi a única passagem pedestre sobre o Lima, fazendo com que, inevitavelmente, os homens e os caminhos aqui confluíssem. A sua origem é romana, embora desse período pouco mais reste que dois arcos, muito transfigurados, junto à margem direita. Nessa altura, instituiu-se como ponto fundamental numa ampla rede viária que se alargava a todo o Noroeste peninsular, cuja importância, na Idade Média, foi decisiva, ligando Braga a Compostela, passando por Tui e prolongando-se, no sentido oposto, até ao Porto. O que se conserva da obra romana revela uma estrutura de grande qualidade, assente sobre arcos de volta perfeita compostos por silhares de talhe regular (alguns almofadados), e pavimento horizontal de seis metros de largura protegido por guardas. Uma parte significativa desta parcela encontra-se soterrada na margem direita, sendo esta uma zona onde melhor se podem compreender as sucessivas reconstruções realizadas ao longo dos séculos, que lhe conferem uma feição muito pouco homogénea. Diferente é a parcela actualmente sobre o leito do Lima, caracterizada por uma racional homogeneidade e uma sucessão sistemática de elementos construtivos. Na segunda metade do século XIV, realizou-se uma obra praticamente de raiz. A causa imediata desta opção parece estar nas transformações ocorridas no leito do Lima, em consequência dos arroteamentos: "frente a Ponte de Lima, o rio desviara-se um pouco para sul e a velha ponte romana, certamente destruída em grande parte, deixara de transpor o rio" (ALMEIDA, 1987, p.100). Não se sabe ainda, ao certo, qual a cronologia exacta da obra. Vários autores relacionaram-na com a inscrição de 1359, que alude ao início da construção da cerca, patrocinada por D. Pedro. No entanto, não está provado que a ponte fizesse parte dessa empreitada (BARROCA, 2000, p.1731) e o facto de a inscrição ter sido colocada na Torre Velha (a torre que defendia a ponte) faz crer que, quer esta estrutura militar, quer a própria ponte, sejam anteriores. A nova estrutura representou um salto qualitativo na actividade pontística do país e a sua monumentalidade não tem paralelo no Portugal medieval até então. Compõe-se de dezoito arcos apontados - os três primeiros do lado Sul estão soterrados sob a actual Praça Camões, recentemente intervencionada arqueologicamente (ALMEIDA, 2000) -, e possui pegões reforçados por talhamares, sobre os quais se abrem olhais de perfil quebrado, fundamentais para conferir menor peso à estrutura e permitir um melhor escoamento em altura de cheias. Superiormente, o tabuleiro manteve a horizontalidade inicial, aqui com uma ligeira zona rampante a Norte. Os estudos mais recentes têm sido unânimes em considerar este um modelo de importação, já ensaiado em outras zonas da Península Ibérica e, muito particularmente, ao longo do Caminho de Santiago. Com efeito, são notórias semelhanças com as pontes de Puente la Reina e de Zamora (ALMEIDA, 1987, p.101), significando a adopção de um modelo de sucesso que viria a triunfar, também, no nosso país, a ponto de ser posteriormente aplicado às pontes de Ponte da Barca e de Vilar de Mouros. A edificação da ponte aconteceu num momento em que Ponte de Lima se cercava de muralhas. Elas foram levantadas a partir de 1359 e estariam concluídas por 1370. Neste contexto, ela foi um elemento mais do sistema defensivo, nela se construindo duas torres, localizadas nos extremos do circuito. No lado Sul, a Torre da Ponte ligava à restante cerca; no lado Norte, existia a Torre Velha, estrutura maciça quadrangular, fotografada ainda em 1858, e de que restam os alicerces. No reinado de D. Manuel, a importância militar da ponte mantinha-se e o monarca ordenou a colocação de ameias ao longo das guardas, facto que reforçou a sua feição fortificada. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 6 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 16 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Arqueologia no Largo Camões", Boletim Municipal de Ponte de Lima, ano IV, nº11 | ALMEIDA, Carlos Alberto Brochado de | Edição | 2000 | Ponte de Lima | |
Alto Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1987 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - o Gótico | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 2002 | Lisboa | |
Monografia do concelho de Ponte de Lima | AURORA, Conde de | Edição | 1946 | Porto | |
Roteiro da Ribeira Lima | AURORA, Conde de | Edição | 1959 | Porto | |
História da Arte em Portugal - o Gótico | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2002 | Lisboa | |
"Ponte de Lima na Alta Idade Média", Arquivo do Alto Minho, vol. 9 | FERNANDES, A. de Almeida | Edição | 1960 | Viana do Castelo | |
O Minho Pittoresco | VIEIRA, José Augusto | Edição | 1887 | Lisboa | |
Caminhos velhos e Pontes de Viana e Ponte de Lima | ARAÚJO, José Rosa de | Edição | 1962 | Viana do Castelo | |
Itinerários de Ponte de Lima | REIS, António Matos | Edição | 1973 | Ponte de Lima | |
A romanização do concelho de Ponte de Lima | REIS, António Matos | Edição | 1978 | Ponte de Lima | |
Pontes Antigas Classificadas | RIBEIRO, Aníbal Soares | Edição | 1998 | Lisboa | |
"O património cultural do Alto Minho (civil e eclesiástico). Sua defesa e protecção", Caminiana, ano IX, nº14, pp.9-80 | ALVES, Lourenço | Edição | 1987 | Caminha | |
Pontes romanas de Portugal | PINTO, Paulo Mendes | Edição | 1999 | Lisboa | Data do Editor : 1999 |
"A ponte romana de Ponte de Lima", Studium Generale, nº9 | MACHADO, Alberto de Sousa | Edição | 1962 | Porto | |
Um espaço urbano medieval: Ponte de Lima | Obra | ||||
Inventário Artístico da Região Norte - III (Concelho de Ponte de Lima) | Edição | 1974 | Porto | série «Estudos Regionais» - n.º 10 |
Ponte sobre o rio Lima - Vista geral, a partir da praia na margem esquerda
Ponte sobre o rio Lima - Vista parcial de jusante (ao fundo, a Igreja de Santo António da Torre Velha)
Ponte sobre o rio Lima - Secção central da ponte (jusante)
Ponte sobre o rio Lima - Vista geral a partir da margem direita do rio (jusante)
Ponte sobre o rio Lima - Talhamar dos pilares a montante
Ponte sobre o rio Lima - Portaria n.º 721/77, DR, I Série, n.º 269, de 21-11-1977 - Texto e planta do diploma