Capela de Santo Amaro | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Capela de Santo Amaro | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja de Santo Amaro (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Capela | ||||||||||||||||
Tipologia | Capela | ||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/Alcântara | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||||||
Concelho | Lisboa | ||||||||||||||||
Freguesia | Alcântara | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 39/96, DR, I Série-B, n.º 37, de 13-02-1996 (sem restrições) (ZEP conjunta da Capela de Santo Amaro, da Casa Nobre de Lázaro Leitão Aranha, do Palácio Burnay e da Sala designada «Salão Pompeia» no antigo Palácio da Ega) (ver Portaria) Edital N.º 64/95 de 26-05-1995 da CM de Lisboa Despacho de homologação de 10-10-1991 do Secretário de Estado da Cultura Despacho de concordância de 1-10-1991 do presidente do IPPC Parecer favorável de 26-09-1991 do Conselho Consultivo do IPPC Nova proposta de 18-09-1991 do IPPC Despacho de homologação de 15-05-1981 do Secretário de Estado da Cultura Novo parecer de 8-05-1981 da Comissão "ad hoc" do IPPC Despacho de homologação de 8-04-1981 do Secretário de Estado da Cultura Parecer de 31-03-1981 da Comissão "ad hoc" do IPPC a propor a fixação de uma ZEP conjunta com outros imóveis | ||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 9913929 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Implantada numa colina sobranceira ao Rio Tejo, perto do vale de Alcântara, a Capela de Santo Amaro foi edificada em 1549, conforme indica a inscrição colocada sobre a porta principal do templo. O projecto desta ermida de planta centralizada, única na cidade de Lisboa, é atribuído a Diogo de Torralva (MARKL, PEREIRA, 1986; MOREIRA, 1995; SERRÃO, 2002), um dos grandes arquitectos do século XVI português, que tão bem explorou e entendeu o novo gosto do Maneirismo, nomeadamente as vias da tratadística italiana da época. Templo de peregrinação, a fundação da capela dedicada ao santo milagreiro está envolta em lendas, não se sabendo ao certo se a sua instituição se deve a um grupo de marinheiros galegos ou a uma confraria instituída no local em 1532 por freires da Ordem de Cristo, com autorização régia de D. João III (CORTEZ, 1994, p. 856). Na verdade, a Capela de Santo Amaro destaca-se pela singular, e erudita, estrutura centralizada, composta por "(...) dois cilindros secantes de inspiração serliana, a que se agrega uma original galilé de planta semicircular (...)" (CORREIA, 1991). Espaço ímpar no panorama arquitectónico português, este templo terá sido inspirado numa gravura do tratadista Sebastiano Serlio, que representa o mausoléu dos Crescenzi, na Via Appia, em Roma (MOREIRA, 1995, p. 352). A par com a capelinha de Bom Jesus de Valverde, em Évora, e a capela do Paço de Salvaterra de Magos, é um dos poucos espaços religiosos quinhentistas a explorar a planta centralizada, que voltará ao panorama arquitectónico português apenas na segunda metade da centúria seguinte. O núcleo da estrutura é o espaço circular do oratório, envolvido em metade da sua área pela galilé semicircular, que compõe a fachada, à qual corresponde, do lado oposto, a pequena capela-mor, também cilíndrica. Aberta por uma arcada de cinco vãos, dois dos quais são cegos, a galilé é coberta por abóbada de nervuras abatida, com fechos decorados com símbolos alusivos ao santo padroeiro, cruzes de Cristo, florões e estrelas. Os três arcos principais foram fechados, no século XVIII, com portões de ferro forjado. As paredes deste espaço estão totalmente revestidas por azulejos polícromos tardo-maneiristas, organizados em dois registos, cujas figurações centrais, alusivas a Santo Amaro, são envoltas por ferroneries, putti, motivos de grutesco e pendurados. Nos vãos cegos da arcada foram erigidos dois altares de estrutura maneirista, em trompe l'oeil, executados em azulejo policromo. O acesso ao interior é feito através de três portas, abertas na galilé, estando gravada sobre a porta principal uma inscrição alusiva à data de fundação da capela. A nave circular é coberta por cúpula semi-esférica com lanternim, possuindo coro-alto, ao qual se acede pelo terraço. Um arco de volta perfeita, sem qualquer decoração, abre para a capela-mor, também coberta por cúpula semi-esférica, que ao centro alberga retábulo de talha azul e dourada em estilo nacional. Contígua à capela-mor foi construída a sacristia. Celebrada a 15 de Janeiro, a romaria de Santo Amaro era uma das mais concorridas da cidade, tendo sido realizada pela última vez em 1911. Com o advento da República, a ermida foi abandonada e saqueada, chegando a servir de carvoaria. Em 1927 foi entregue à Irmandade do Santíssimo Sacramento, e no ano seguinte o espaço foi reabilitado para o culto. Catarina Oliveira DIDA/IGESPAR,I.P./ Setembro de 2007 | ||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||
Nº de Imagens | 31 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 9 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Azulejaria Portuguesa | MECO, José | Edição | 1986 | Lisboa | Lisboa Data do Editor : 1985 |
A Arquitectura Portuguesa Chã - Entre as Especiarias e os Diamantes 1521-1706 | KUBLER, George | Edição | 1988 | Lisboa | |
"Arquitectura: renascimento e classicismo", História da Arte Portuguesa, vol. II, 1995, pp. 303-375 | MOREIRA, Rafael | Edição | 1995 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - O Renascimento, vol. 6 | PEREIRA, Fernando António Baptista | Edição | 1986 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - O Renascimento, vol. 6 | MARKL, Dagoberto | Edição | 1986 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - o Renascimento e o Maneirismo | SERRÃO, Vítor | Edição | 2002 | Lisboa | |
A Arquitectura "ao Romano" | CRAVEIRO, Maria de Lurdes | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
A Ermida de Santo Amaro | MOITA, Luís | Edição | 1938 | Lisboa | |
"Santo Amaro (Ermida de), Dicionário da História de Lisboa | CORTEZ, Maria do Carmo | Edição | 1994 | Lisboa | |
Arquitectura Portuguesa - Renascimento, Maneirismo, «Estilo Chão» | CORREIA, José Eduardo Horta | Edição | 1991 | Lisboa |
Capela de Santo Amaro - Fachada principal
Capela de Santo Amaro - Portaria n.º 39/96, DR, I Série-B, n.º 37, de 13-02-1996 - Texto e planta do diploma
Capela de Santo Amaro - Ilustração da obra Lisboa Velha, de Roque Gameiro
Capela de Santo Amaro - Fachada lateral
Autor: João Carvalho, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Capela de Santo Amaro
Autor: João Carvalho, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Capela de Santo Amaro
Autor: João carvalho, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Capela de Santo Amaro
Autor: João carvalho, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Capela de Santo Amaro
Autor: João Carvalho, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Capela de Santo Amaro
Autor: João Carvalho, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Capela de Santo Amaro - Exterior: vista para o casario a sul do adro
Capela de Santo Amaro - Exterior: vista parcial da fachada posterior
Capela de Santo Amaro - Exterior: vista da fachada posterior
Capela de Santo Amaro - Exterior: fachada posterior, a partir da Calçada de Santo Amaro
Capela de Santo Amaro - Pormenor dos gradeamentos de ferro forjado (século XVIII)
Capela de Santo Amaro - Galilé, vista parcial da cobertura em abóbada de nervuras abatida
Capela de Santo Amaro - Galilé, vista parcial da cobertura em abóbada de nervuras abatida e de dois vãos fechados por portões de ferro forjado.
Capela de Santo Amaro - Interior, vista parcial do revestimento azulejar da galilé.
Capela de Santo Amaro - Exterior: vista da fachada principal.
Capela de Santo Amaro - Exterior, adro lado nascente
Capela de Santo Amaro - Interior da galilé, porta de acesso à nave circular
Capela de Santo Amaro - pormenor de uma das portas de ferro forjado de acesso à galilé
Capela de Santo Amaro - fachada principal, vista a partir do adro
Capela de Santo Amaro - Adro, pormenor do pavimento em calçada à portuguesa
Capela de Santo Amaro - Interior da galilé coberta por abóboda de nervuras abatida, vista parcial do revestimento azulejar polícromo tardo-maneiristas.
Capela de Santo Amaro - Exterior, vista parcial do lado poente e tardoz
Capela de Santo Amaro - Porta de ferro forjado de acesso à galilé
Capela de Santo Amaro - Vista parcila do interior da galilé e do registo azulejar polícromo.
Capela de Santo Amaro - Portal de acesso ao escadório, vista a partir do adro
Capela de Santo Amaro - adro, vista para poente
Capela de Santo Amaro - Galilé, vista para um dos altares de estrutura maneirista erigidos nos vão cegos da arcada, em trompe l'oeil, executados em azulejo polícromo.
Capela de Santo Amaro - Vista para a galilé
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