Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo e Muralhas de Castelo Branco
Designação
DesignaçãoCastelo e Muralhas de Castelo Branco
Outras Designações / PesquisasCastelo e Troços das Muralhas de Castelo Branco, e placas epigráficas seiscentistas / Castelo dos Templários / Castelo e cerca urbana de Castelo Branco (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaCastelo Branco/Castelo Branco/Castelo Branco
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Castelo Branco Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoCastelo Branco
ConcelhoCastelo Branco
FreguesiaCastelo Branco
Proteção
Situação ActualProcedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
CronologiaAnúncio n.º 6/2013, DR, 2.ª série, n.º 4, de 7-01-2013 (ver Anúncio)
Despacho de arquivamento de 20-12-2012 da diretora-geral da DGPC, com fundamento na existência de deficiências de instrução consideradas insanáveis em tempo útil
Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Parecer favorável de 28-10-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Proposta de 26-10-2009 da DRC do Centro - DS de Castelo Branco para a classificação do Castelo e Troços da 2.ª Cintura de Muralhas como IIP
Despacho de abertura de 17-05-2000 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de abertura de 5-05-2000 da DR de Coimbra do IPPAR
ZEPSem efeito, por força do despacho de arquivamento do procedimento de classificação
Parecer favorável de 28-10-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Proposta de 26-10-2009 da DRC do Centro - DS de Castelo Branco
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914631
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaMuito adulterado ao longo dos séculos, o Castelo de Castelo Branco permanece como a mais importante memória histórica militar da cidade. A sua origem remonta à segunda metade do século XII e à presença templária na região, sendo o modelo tipológico adoptado o ensaiado numa das mais importantes fortificações cruzadas na Terra Santa, precisamente o castelo de Chastel Blanc (OLIVEIRA, 2001). Com efeito, desde a evidente analogia toponímica à área amuralhada sensivelmente idêntica, passando ainda por outros pormenores, como o facto da igreja possuir uma cisterna no sub-solo ou de ela mesmo poder ter sido construída incorporada numa estrutura militar, tudo aponta para uma relação de estreita influência entre estes dois casos, separados por milhares de quilómetros, mas unidos pela mesma conjuntura cruzada que caracterizou a segunda metade do século XII e a própria função da Ordem do Templo.
As primeiras alterações ao conjunto original deram-se logo em época gótica, mais propriamente nos finais do século XIII e no reinado de D. Dinis, um dos monarcas que mais contribuiu para a renovação das estruturas militares medievais portuguesas. Data dessa altura a construção da nova torre de menagem, de planta poligonal, no extremo Noroeste do perímetro, cujas adulterações posteriores determinaram também a sua destruição, mas de que se conserva ainda a memória numa das estruturas integradaa nas ruínas do conjunto. Igualmente se procedeu à construção da segunda linha de muralhas, facto que correspondeu ao crescimento populacional da localidade e à relevância estratégica do castelo. Esta segunda linha de defesa dotou a fortificação de sete portas, definindo-se, então, genericamente, o sistema geral do urbanismo albicastrense que ainda hoje permanece e que lentamente vaii sendo descoberto à medida que se sucedem as intervenções no núcleo urbano da cidade.
A principal campanha reformuladora do castelo ocorreu na transição para a Idade Moderna. Por iniciativa da Ordem de Cristo, aqui se instalou o Paço dos Comendadores, uma estrutura palaciana acastelada magistralmente desenhada por Duarte d'Armas, no início do século XVI, e que foi sucessivamente reconstruída ao longo dos séculos.
Na sua origem, este paço data de finais do século XV e deve ter reaproveitado uma estrutura anterior de origem templária (LEITE, 1991, p.16). No século XVIII, a descrição que possuimos deste conjunto aponta para uma planta excessivamente complexa, fruto das sucessivas transformações, e integrando a capela, um pátio interior de grandes proporções e um jardim.
A ruína do paço de Castelo Branco iniciou-se no século XIX, altura em que muitos particulares começaram a considerar este imóvel como uma excelente pedreira para as suas obras, atitude seguida também pela Câmara Municipal, após as destruições efectuadas pelas tropas napoleónicas na cidade. Praticamente em ruínas na década de 30 do século XX, o que restava do castelo foi objecto de uma primeira campanha restauradora pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, que privilegiou a consolidação das estruturas ainda subsistentes, a par com a recriação de alguns elementos, como as janelas neo-manuelinas que dão para a cidade.
Mais recentemente, foram efectuadas algumas campanhas arqueológicas, que lograram identificar um vasto espólio medieval contemporâneo da construção inicial do castelo. A renovação do interesse pelo castelo templário de Castelo Branco, actualmente em curso, levou à definição de uma primeira protecção legal para o imóvel e todo o núcleo intra-muralhas, passo legal essencial a uma posterior intervenção no conjunto.
PAF
ProcessoCoord. geog. (Lisboa Hayford Gauss IGeoE): 254400; 317400
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens7
Nº de Bibliografias10

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Roteiro dos Monumentos Militares PortuguesesALMEIDA, João deEdição1948Lisboa
Castelos PortuguesesMONTEIRO, João GouveiaEdição2002LisboaLivro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico.
Castelos PortuguesesPONTES, Maria LeonorEdição2002LisboaLivro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico.
Castelo BrancoLEITE, Ana CristinaEdição1991Lisboa
Castelos da Ordem do Templo em Portugal, 1120-1314OLIVEIRA, Nuno VillamarizObraDissertação de Mestrado apresentada à FCSH da UN Lisboa
"Algumas considerações sobre os castelos da Ordem do Templo em Portugal - o exemplo paradigmático de Castelo Branco", 3º Congresso de Arqueologia Peninsular, 1999OLIVEIRA, Nuno VillamarizEdição1999Vila Real
"A influência do Oriente em Portugal através da arquitectura militar templária: o paralelo entre Chastel Blanc e Castelo Branco", Mil anos de fortificações na Península Ibérica e no Magreb (500-1500), 2001, pp.909-913OLIVEIRA, Nuno VillamarizEdição
"A alcáçova de Castelo Branco", Estudos de Castelo Branco, vol.14, 1964CONDE, F. da CostaEdição
Esboço histórico de Castelo BrancoSILVA, A. Pires daEdição1979
A gloriosa história dos mais belos castelos de PortugalPERES, DamiãoEdição1969Barcelos
Castelo Branco na História e na ArteEdição1958

IMAGENS

Recinto da alcáçova - Vista parcial

Torre sobre a cidade

Interior da torre e vista parcial do perímetro amuralhado - Pormenor

Troço de muralha na Rua Vaz Preto - Pormenor

Muralha na Rua Vaz Preto

Panorâmica SE da Torre do Relógio (antiga torre de uma porta da muralha)

Planta com a delimitação, a ZP actualmente em vigor e a ZEP proposta pela DRCC e o CC (só em vigor após publicação no DR)

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