Igreja de Alcochete | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de Alcochete | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja Matriz de Alcochete Igreja de São João Baptista, matriz de Alcochete / Igreja Paroquial de Alcochete / Igreja de São João Baptista (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Setúbal/Alcochete/Alcochete | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Setúbal | ||||||||||||
Concelho | Alcochete | ||||||||||||
Freguesia | Alcochete | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 47/2014, DR, 2.ª série, n.º 14, de 21-01-2014 (sem restrições) (ZEP da Igreja de São João Baptista, Matriz de Alcochete, da Capela de Nossa Senhora da Vida e da Igreja da Misericórdia de Alcochete) (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 26-09-2013 da diretora-geral da DGPC Anúncio n.º 87/2013, DR, 2.ª série, n.º 45, de 5-03-2013 (ver Anúncio) Parecer favorável de 26-09-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Nova proposta de 17-07-2012 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo, com as restrições a aplicar Despacho de concordância de 3-01-2012 do diretor do IGESPAR, I.P. Parecer de 19-12-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor a fixação de três ZEP individuais, mas coincidentes, devendo ser propostas as restrições previstas no Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma) Anúncio n.º 13022/2011, DR, 2.ª série, n.º 180, de 19-09-2011 (ver Anúncio) Parecer favorável de 3-03-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR. I.P. Informação favorável de 22-01-2009 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo Proposta de alteração de 19-04-2007 da CM de Alcochete Despacho de concordância de 19-02-2007 do presidente do IPPAR Parecer favorável de 12-02-2007 do Conselho Consultivo do IPPAR Proposta de 25-10-2006 da DR de Lisboa para a fixação da ZEP conjunta da Igreja de São João Baptista, Matriz de Alcochete, da Capela de Nossa Senhora da Vida e da Igreja da Misericórdia de Alcochete | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913929 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | No século XV, em pleno período de afirmação da dinastia de Avis, Alcochete era uma vila ribeirinha próspera. Dispunha de um paço real (muito provavelmente destruído aquando do terramoto de 1755) e era um dos mais importantes centros da Ordem de Santiago, cujos principais nomes, incluindo o seu mestre, aqui tinham casa e aqui residiam durante largas temporadas do ano. A actual igreja Matriz é o mais singular produto dessa favorável conjuntura e data dos meados da centúria, do período de mestrado de D. Fernando (1443-1470), irmão de D. Afonso V e pai de D. Manuel. Sobre o portal principal, as duas cruzes do seu duplo mestrado, de Avis e de Santiago, são uma marca inequívoca deste marco histórico e cronológico, anunciando, no presente como no passado, a tutela do empreendimento. Artisticamente, a igreja é um templo heterogéneo, cuja deliberada busca de monumentalidade não disfarça a vigência de correntes estéticas díspares, tão características do século XV português. O plano arquitectónico geral representa uma forma de arquitectura religiosa gótica tradicional, cuja origem recua aos primeiros exemplos do século XIII, mais precisamente à obra de Santa Maria do Olival, de Tomar, e aos ensaios mendicantes de Santarém e de outras cidades do reino. A opção por um corpo de três naves (neste caso com quatro tramos), separadas por arcarias longitudinais, e tecto de madeira, e por uma fachada principal ad triangulum, com portal inscrito num alfiz e uma rosácea axial a coroar o segundo andar, são características essenciais do Gótico paroquial nacional, tipologia arquitectónica e espacial que, partindo do século XIII, teve grande impacto nos séculos da Baixa Idade Média e foi ainda bastante utilizada nos alvores da modernidade. Mas, se esta é a impressão geral imediata, existe uma segunda tendência estética, menos perceptível, é certo, mas igualmente relevante. Ela testemunha-se, entre outros locais, no portal lateral Sul - a única parte do templo que foi assinada por um enigmático mestre A. (Afonso?). O recurso a capitéis de dois andares e, principalmente, o perfil cairelado do seu arco, são marcas inconfundíveis do tempo tardo-gótico de ascendência batalhina, o que prova como o projecto quatrocentista de Alcochete detinha recursos económicos suficientes para atrair homens formados no maior estaleiro do país - o Mosteiro da Batalha. Ao longo do século XVI, e seguindo uma tendência visível na maior parte do reino, o interior da igreja foi progressivamente enriquecido com capelas devocionais e funerárias. Das várias então construídas, resta a de Pero Lourenço e sua mulher, do lado Norte do tramo oriental do corpo, espaço quadrangular abobadado e com acesso através de um arco quebrado encimado pela cruz da Ordem de Cristo. A da família Mascarenhas, cuja lápide evoca ainda a sua memória, foi completamente destruída pelas reformas posteriores. No século XVII, a história deste templo conheceu um período importante, na sequência da descoberta de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, que logo se instituiu como uma das principais referências devocionais da comunidade. O projecto então concebido determinou a substituição da velha capela-mor gótica por um compartimento rectangular profundo, iluminado lateralmente e com espaço suficiente para integrar um retábulo monumental. Um documento prova que, em 1740, o estaleiro era dirigido por Carlos Mardel, mas, até ao momento, não se conhece suficientemente bem a natureza dos trabalhos por si desenvolvidos. Por essa altura, pensamos que as obras de arquitectura há muito estariam terminadas - existe a data de 1678 na parede exterior da capela-mor que poderá datar a sua conclusão - e que o projecto se resumia a dotar o interior das imprescindíveis realizações de talha (retábulo-mor proto-barroco ainda do século XVII) e de azulejo (grandes painéis alusivos à vida de Cristo e de São João Baptista) obras que datam, efectivamente da primeira metade do século XVIII. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 21 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 23 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A Arquitectura Gótica em Portugal | CHICÓ, Mário Tavares | Edição | 1981 | Lisboa | |
"A Arquitectura (1250-1450)", História da Arte Portuguesa, dir. Paulo Pereira, vol. I, pp.335-433 | PEREIRA, Paulo | Edição | 1995 | Lisboa | |
A Obra Silvestre e a Esfera do Rei | PEREIRA, Paulo | Edição | 1990 | Coimbra | |
"A vila de Alcochete", Archivo Pitoresco | BARBOSA, Inácio de Vilhena | Edição | 1866 | Lisboa | |
"Impressões de Alcochete - uma vila histórica", Turismo | BRAGANÇA, José | Edição | 1940 | Lisboa | |
O concelho de Alcochete | COSTA, Eduardo Avelino Ramos da | Edição | 1902 | Alcochete | |
"Subsídios para a História de Alcochete", A Voz de Alcochete | CUNHA, Francisco Leite da | Edição | 1948 | Alcochete | |
A restauração da Igreja Matriz de Alcochete | ESTEVAM, José | Edição | 1948 | Lisboa | |
O povo de Alcochete, Apontamentos históricos sobre a terra e o pessoal | ESTEVAM, José | Edição | 1950 | Lisboa | |
Anais de Alcochete. Dados históricos desde o século XIII | ESTEVAM, José | Edição | 1956 | Lisboa | |
Edifícios e monumentos notáveis do concelho de Alcochete | GRAÇA, Luís | Edição | 1998 | Lisboa | |
A vila de Alcochete e o seu concelho | NUNES, Luís Santos | Edição | 1972 | Lisboa | |
"A arquitectura e a escultura aplicada", Igreja de São João Baptista de Alcochete, coord. Isabel Fernandes, pp.13-75 | FERNANDES, Paulo Almeida | Edição | 2003 | Alcochete | |
"O núcleo de pintura", Igreja de São João Baptista de Alcochete, coord. Isabel Fernandes, pp.76-103 | SERRÃO, Vítor | Edição | 2003 | Alcochete | |
"A retabulística", Igreja de São João Baptista de Alcochete, coord. Isabel Fernandes, pp.104-125 | LAMEIRA, Francisco | Edição | 2003 | Alcochete | |
"A azulejaria", Igreja de São João Baptista de Alcochete, coord. Isabel Fernandes, pp.126-155 | MECO, José | Edição | 2003 | Alcochete | |
"Escultura devocional e de uso litúrgico", Igreja de São João Baptista de Alcochete, coord. Isabel Fernandes, pp.156-163 | FERNANDES, Carla Varela | Edição | 2003 | Alcochete | |
"O tesouro", Igreja de São João Baptista de Alcochete, coord. Isabel Fernandes, pp.164-179 | SILVA, Nuno Vassallo e | Edição | 2003 | Alcochete | |
"As inscrições", Igreja de São João Baptista de Alcochete, coord. Isabel Fernandes, pp.180-209 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2003 | Alcochete | |
As mais belas igrejas de Portugal, vol. II | GIL, Júlio | Edição | 1988 | Lisboa | |
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I | DIAS, Pedro | Edição | 2002 | Lisboa | |
"Nas encruzilhadas da arte: o pintor Barradas, de Lisboa (1747)", Mvsev, 4ª sér., nº7, pp.107-135 | TRINDADE, Jaelson Bitran | Edição | 1998 | Porto | |
Igrejas e Capelas da Costa Azul | DUARTE, Ana Luisa | Edição | 1993 | Setúbal |
Igreja Matriz de Alcochete - Fachada principal: portal principal
Igreja Matriz de Alcochete - Fachada principal: pormenor do remate do gablete do portal
Igreja Matriz de Alcochete - Fachada principal: rosácea
Igreja Matriz de Alcochete - Remate da torre sineira
Igreja Matriz de Alcochete - Fachada lateral sul: portal
Igreja Matriz de Alcochete - Fachada lateral sul: pormenor do arco do portal lateral
Igreja Matriz de Alcochete - Vista geral de Nordeste (fachadas posterior e lateral norte)
Igreja Matriz de Alcochete - Fachada posterior (nascente): cruz de embutidos na cabeceira com data da conclusão da obra
Igreja Matriz de Alcochete - Interior: nave central e capela-mor
Igreja Matriz de Alcochete - Interior: arco triunfal e capela-mor
Igreja Matriz de Alcochete - Interior: capela manuelina do lado Norte
Igreja Matriz de Alcochete - Interior: lápide com inscrição da desaparecida capela funerária dos Mascarenhas
Igreja Matriz de Alcochete - Planta com a delimitação e a ZP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP
Igreja Matriz de Alcochete - Planta com a delimitação e a ZEP propostas pela DRCLVT e depois pelo CC em 12-02-2007. mas mais tarde alterada após proposta da CM e parecer favorável do CC em 3-03-2009
Igreja Matriz de Alcochete - Planta com a alteração da ZEP proposta pela CM e aprovada pelo CC em 3-03-2009
Igreja de Alcochete - Planta com a delimitação e a ZEP (conjunta) em vigor
Igreja Matriz de Alcochete - Fachadas lateral direita e posterior
Igreja Matriz de Alcochete - Fachadas lateral esquerda e principal
Igreja Matriz de Alcochete - Fachadas principal e lateral direita
Igreja Matriz de Alcochete - Fachada lateral esquerda
Igreja Matriz de Alcochete - Fachada posterior: corpo da capela-mor