Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo de Langóbria
Designação
DesignaçãoCastelo de Langóbria
Outras Designações / PesquisasCastelo de Longroiva (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaGuarda/Mêda/Longroiva
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Longroiva Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.96375-7.208551
DistritoGuarda
ConcelhoMêda
FreguesiaLongroiva
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 32 973, DG, I Série n.º 175, de 18-08-1943 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913329
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO que resta do castelo medieval de Longroiva constitui uma das mais importantes realizações de arquitectura militar templária da Beira Interior e, simultaneamente, um dos melhores testemunhos de castelo românico nesta zona. A afirmação do reino de Portugal enquanto estrutura autónoma de poder havia determinado a defesa activa da capital, Coimbra. Para essa tarefa, D. Afonso Henriques havia escolhido os Templários, que se encarregaram de fortalecer os acessos a Sul e a Leste do Mondego. Em 1145, são-lhes doadas várias localidades, como Mogadouro e Penas Róias, já em Trás-os-Montes. Anos depois, o seu património fundiário estende-se à Beira Baixa, com a doação de Idanha-a-Velha e Monsanto.
A origem da fortaleza românica de Longroiva inscreve-se neste contexto. Precisamente nessa década de 40, um primitivo castelo (integralmente desconhecido na sua forma e estilo, referido, pela primeira vez em 960) estava nas mãos da família dos Braganções. Coube a D. Fernão Mendes de Bragança a sua doação aos Templários (GOMES, 1996, p.127), que então executaram uma fortificação modelar.
A sua torre de menagem, o único elemento original que ainda resta, está epigraficamente datada de 1174, ano relativamente precoce para o aparecimento deste tipo de soluções arquitectónicas no nosso país. Com efeito, como vem defendendo Mário Barroca, é aos Templários que se deve a introdução da torre de menagem nos nossos castelos, aparecendo, em primeiro lugar, no de Tomar, nos inícios da década de 60. Longroiva é, assim, o produto das numerosas fortalezas promovidas por D. Gualdim Pais enquanto Mestre da Ordem em Portugal, e é contemporânea de obras tão importantes como as de Almourol e Pombal, ambas igualmente da década de 70 do século XII.
O castelo foi bastante modificado ao longo dos séculos, o que determinou, por exemplo, o encurtamento da sua cerca. No entanto, por uma Visitação de 1505 (GOMES, 1996, pp.128-129), sabemos que a torre de menagem era uma estrutura isolada no pátio central, característica que define o seu carácter plenamente românico. Nessa altura, tinha três andares e já a janela manuelina mainelada, que ainda possui. Para além disso, é possível perceber que, originalmente, foi rodeada por um hurdício, uma galeria de madeira (de que ainda restam os apoios a toda a roda da torre) que protegia superiormente a estrutura e permitia o ataque vertical sobre os inimigos (BARROCA, 2000, p.221).
Nesse ano de 1505, o pátio central românico havia sido quase integralmente ocupado pelo paço do comendador da Ordem de Cristo. A Visitação refere que algumas partes são novas, o que remete para uma empreitada contemporânea da janela manuelina da torre de menagem. A sua reconstituição virtual foi tentada, em linhas muito esquemáticas, pelo Arquitecto José Daniel Santa Rita, de que se publicaram alguns desenhos no volume Castelos da Raia dedicado à Beira Interior.
Infelizmente, a importância de Longroiva decaiu consideravelmente na Idade Moderna. Dois séculos depois da descrição do paço "novo" do comendador, as suas casas "encontravam-se já destelhadas e em ruína", a cisterna, que abastecia o interior, entupida, e as portas do castelo, que no passado haviam defendido o acesso, não possuíam já qualquer grade ou portão de madeira (GOMES, 1996, p.127).
Mais recentemente, na viragem para o século XIX, o castelo foi transformado em pedreira local, desmantelando-se, sucessivamente, as suas muralhas. Esta ruína provocada coincidiu com a extinção do concelho de Longroiva, facto que prova a extrema decadência deste território e a pouca atenção de que era alvo. Posteriormente, o pátio central foi convertido em cemitério da povoação. No século XX, com a nova consciência patrimonial, as investigações aqui efectuadas revelaram algumas das estruturas originais, como a cisterna. No entanto, e apesar de algumas tentativas para reabilitar o monumento, ele chegou até nós como uma ruína.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens2
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel IDIAS, PedroEdição2002Lisboa
Castelos da Raia Vol. I: Beira, 2ªed.GOMES, Rita CostaEdição2002Lisboa Tipo : Colecção - Arte e Património Obra que identifica alguns dos monumentos relacionados com a história da defesa das fronteiras portuguesas na região da Beira oferecendo importantes leituras sobre as suas vivências e estabelecendo possíveis percursos de visita.
A gloriosa história dos mais belos castelos de PortugalPERES, DamiãoEdição1969Barcelos
Retrospectiva histórica de Marialva, Longroiva e concelho de MedaRODRIGUES, Adriano VascoEdição1976Marialva
"Aspectos da evolução da arquitectura militar da Beira Interior", Beira Interior - História e Património, pp.215-238BARROCA, Mário JorgeEdição2000Guarda
Castelos PortuguesesMONTEIRO, João GouveiaEdição2002LisboaLivro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico.
Castelos PortuguesesPONTES, Maria LeonorEdição2002LisboaLivro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico.

IMAGENS

Castelo de Longroiva - Enquadramento geral de poente

Castelo de Longroiva - Enquadramento geral de poente

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