Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castro de São Caetano, abrangendo os perímetros das três muralhas
Designação
DesignaçãoCastro de São Caetano, abrangendo os perímetros das três muralhas
Outras Designações / PesquisasCastro de São Caetano (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Povoado Fortificado
TipologiaPovoado Fortificado
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViana do Castelo/Monção/Longos Vales
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Lugar do Outeiro Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
42.040061-8.443881
DistritoViana do Castelo
ConcelhoMonção
FreguesiaLongos Vales
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 735/74, DG, I Série, n.º 297, de 21-12-1974 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaTal como sucede nos demais povoados fortificados construídos durante a Idade do Ferro no Noroeste peninsular, o "Castro de São Caetano" ergue-se de forma destacada no cume de uma colina sobranceira ao ribeiro de Silvas, no "Lugar de Outeiro".
As escassas referências bibliográficas relativas à existência de vestígios de um povoado no local apontam para a sua identificação entre os finais do século XIX, princípios do XX, numa altura em que a temática castreja ainda era amplamente discutida no seio da intelectualidade nacional, certamente no seguimento das investigações realizadas neste campo pelo conhecido estudioso vimarenense Francisco Martins de G. M. Sarmento (1833-1899), que tanto se embrenhou nas questões da celticidade e pré-celticidade dos povoados de altura desta zona peninsular. Mas não só, pois a sua localização resultava de igual modo de uma ampla campanha de salvaguarda do património, promovida pelo Conselho Superior dos Monumentos Nacionaes, então adstrito ao Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria, no âmbito da qual a inventariação das (então) denominadas riquezas artísticas e arqueológicas ocupava um lugar central.
Não obstante, o sítio não constou da primeira grande listagem de classificação de "monumentos nacionais", publicada em 1910, certamente pelo facto de não ter objectivado de imediato a condução de escavações arqueológicas, que permitissem revelar a sua verdadeira "monumentalidade", não apenas estrutural, como, sobretudo, do ponto de vista da análise científica. E, de facto, parece ter sido necessário esperar pela década de cinquenta, para que emergisse do esquecimento, dessa feita por mão de Abel Viana (?-1964), um nome incontornável do panorama arqueológico português de novecentos. Entretanto, o final dos anos oitenta pautaram-se por um série de campanhas arqueológicas no local, que, no conjunto, permitiram exumar e recolher um número considerável de informações imprescindível à compreensão da estrutura inicial do povoado.
Estamos, pois, em presença de um povoado, com origens possivelmente radicadas no Bronze Final, como sucede noutros exemplares desta região, dotado, já em plena Idade do Ferro, de um sistema defensivo composto de duas linhas de muralha construídas com dois paramentos paralelos preenchidos com material pétreo de pequenas dimensões. Quanto às habituais estruturas de funcionalidade doméstica, de planta predominantemente circular, com ou sem vestíbulo lajeado, elas foram encontradas, como é característico deste tipo de povoado, no recinto delimitado pelo troço de muralha interno.
Dos materiais recolhidos durante as escavações destacam-se as cerâmicas atribuídas à Idade do Ferro, bem como romanas (designadamente terra sigillata), a assegurar, no fundo, o cumprimento de um fenómeno recorrente neste tipo de povoado, sobretudo quando auferia de um bom posicionamento estratégico, ou seja, a sua reutilização durante o período de ocupação romana, entre os séculos I e IV d. C., altura em que terá sido destruído. Mas não só, pois a edificação, na parte superior do povoado, de uma capela consagrada a S. Caetano, traduzirá uma prática secular de reutilização simbólica dos mesmos espaços e/ou suas imediações por diferentes comunidades ao longo dos tempos, numa espécie de (re)apropriação e/ou (sobre)posição sucessiva de valores, não tanto materiais, mas espirituais, ainda que decorrente de intuitos político-administrativos bastante bem vincados, mesmo quando incompletamente apreendidos pela totalidade da população.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Trabalhos arqueológicos no castro de São Caetano (Longos Vales - Monção) 1988 - 1989", Revista de Ciências HistóricasMARQUES, José Augusto Teixeira MaiaEdição1991Portovol. VI, p. 25-53.
"Nota sobre o castro de S. Caetano (Longosvales - Monção)", Actas e Memórias do 1º Congresso Nacional de ArqueologiaVIANA, AbelEdição1959Lisboan.º 1, pp. 389-396.
"Nota sobre o castro de S. Caetano (Longosvales - Monção)", Actas e Memórias do 1º Congresso Nacional de ArqueologiaNEVES, Leandro QuintasEdição1959Lisboan.º 1, pp. 389-396.
"Notícias várias",O Arqueólogo PortuguêsVASCONCELLOS, José de Leite deEdição1902Lisboa1.ª série, vol. 7, pp. 54-55 e 282-288.

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