Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Sé de Lamego
Designação
DesignaçãoSé de Lamego
Outras Designações / PesquisasCatedral de Lamego / Sé de Lamego / Igreja Paroquial da Sé / Igreja de Nossa Senhora da Assunção (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Sé, Catedral
TipologiaSé, Catedral
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViseu/Lamego/Lamego (Almacave e Sé)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo da SéLamego Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.096732-7.806589
DistritoViseu
ConcelhoLamego
FreguesiaLamego (Almacave e Sé)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEPPortaria de 6-04-1960, publicada no DG, II Série, n.º 95, de 22-04-1960 (com ZNA) (substitui o diploma anterior)
Portaria de 1-05-1954, publicada no DG, II Série, n.º 146, de 23-06-1954
Zona "non aedificandi"Portaria de 6-04-1960, publicada no DG, II Série, n.º 95, de 22-04-1960 (substitui o diploma anterior)
Portaria de 1-05-1954, publicada no DG, II Série, n.º 146, de 23-06-1954
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913229
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO bispado de Lamego está documentado desde muito cedo na História do Cristianismo peninsular, datando a primeira referência de 572, ano em que o bispo Sardinário esteve presente no II Concílio de Braga. O edifício que hoje conhecemos começou a ser construído nos meados do século XII, por patrocínio parcelar de D. Afonso Henriques, sobre uma antiga capela dedicada a São Sebastião, esta mandada edificar pela condessa D. Teresa algumas décadas antes.
Do período românico resta a monumental torre que flanqueia a fachada principal pelo lado Sul. De secção quadrangular, dispõe-se em três andares sobre forte embasamento, constituindo o último uma reconstrução mais recente do monumento original. Ao nível dos elementos divisores destacam-se as frestas de arco apontado do primeiro andar (como se de uma obra de arquitectura militar se tratasse) e as elegantes janelas de arco a pleno centro, de duas arquivoltas, do segundo andar. Estas são decoradas com meias-esferas e capitéis vegetalistas, circunstâncias que permitem atribuir uma datação algo tardia para o projecto, provavelmente já a rondar a viragem para o século XIII, tendo em conta que a obra, iniciada pela cabeceira, demorou ainda algum tempo a chegar à face ocidental e, consequentemente, às torres.
Durante a Baixa Idade Média, o conjunto edificado nas primeiras décadas da monarquia foi enriquecido com numerosos elementos, entre os quais algumas capelas funerárias, particularmente de membros do episcopado - casos de D. Paio, que instituiu a capela de São Sebastião em 1246; D. Domingos Pais, a quem se ficou a dever a Capela de Santa Margarida, em 1284; Nicolau Peres, deão, que patrocinou a Capela de Santa Marinha em 1299; ou D. Vasco Martins, que decidiu edificar a Capela de Santa Maria do Tesouro em 1302, entre muitos outros exemplos que poderíamos citar.
Nos inícios do século XVI, o monumento foi objecto de uma importante reforma. O arranque dos trabalhos anda atribuído ao bispo D. João de Madureira, que entrou na cátedra em 1502 e o resultado foi a principal obra manuelina deste sector do reino, reservada à fachada principal, elemento primordial de cenografia e de impacto visual a todos quantos se aproximavam da catedral. Os três panos da frontaria, que denunciam o interior em três naves, passaram a conter uma tripla entrada harmónica, composta por portais de arco apontado (o axial inscrito em seis arquivoltas e os laterais em três), profusamente decorados com capitéis vegetalistas de secção oitavada e intercolúnio preenchido com motivos fitomórficos. As pilastras que dividem os panos são reforçadas por contrafortes rematados com cogulhos e, ao nível do segundo andar do corpo central rasga-se um grande janelão de arco abatido, inscrito em moldura rectangular, que se instituiu como verdadeira marca de estilo do projecto.
Na Idade Moderna, o conjunto catedralício foi aumentado e enriquecido com outras obras, como o claustro (do período maneirista) e a nova capela-mor (barroca, bastante profunda e revestida por retábulo-mor, dois órgãos e tribunas, construída a partir de 1742). O transepto é igualmente barroco e foi realizado imediatamente após a conclusão da capela-mor, decorrendo os trabalhos até 1771. Por essa mesma altura dava-se corpo à sacristia e aos vários retábulos que ornamentam ainda a maioria das capelas devocionais do interior.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPAlto Douro VinhateiroCine-Teatro Ribeiro da Conceição (antigo), anteriormente Hospital da Misericórdia
Outra Classificação
Nº de Imagens11
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Construções na Grande Estrada : o Caminho de Santiago e a Arquitectura Portuguesa (1400-1521)", in Do Tardo-Gótico ao Maneirismo, Galiza-Portugal (Catálogo da Exposição)PEREIRA, PauloEdição1995
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel IDIAS, PedroEdição2002Lisboa
"Nicolau Nasoni e a reconstrução daCatedral de Lamego", Beira Alta, vol. XXXVI, pp. 171-200.BRANDÃO, Domingos de PinhoEdição1977Viseu
A arquitectura manuelinaDIAS, PedroEdição2009Vila Nova de Gaia

IMAGENS

Sé de Lamego - Fachada principal

Sé de Lamego - Torre românica: fachada nascente

Sé de Lamego - Torre românica: janela nascente do segundo registo

Sé de Lamego - Fachada principal: pormenor dos capitéis e arquivoltas do portal (lado Sul)

Sé de Lamego - Fachada principal: pormenor dos capitéis e arquivoltas do portal (lado Norte)

Sé de Lamego - Interior: nave central e capela-mor

Sé de Lamego - Interior: balaustrada do coro-alto e tecto barroco com pintura mural

Sé de Lamego - Claustro: arcadas da ala Norte

Sé de Lamego - Claustro e fachada lateral esquerda da igreja

Sé de Lamego - Portaria publicada no DG, n.º 95, de 02-04-1960 - Texto e planta do diploma

Sé de Lamego - fachada principal.Maria Ramalho, 2018.

MAPA

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