Castro de Rocha-Forte | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castro de Rocha-Forte | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castro fortificado de Rocha Forte (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Povoado Fortificado | ||||||||||||
Tipologia | Povoado Fortificado | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Cadaval/Lamas e Cercal | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Cadaval | ||||||||||||
Freguesia | Lamas e Cercal | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914629 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Identificado em finais do século XIX por Maximiano Apolinário, uma das personalidades que mais se empenhou na prospecção desta região (Cf. APOLINÁRIO, M., 1895), aquele que é conhecido por "Castro de Rocha Forte" foi incluído no primeiro grande documento de salvaguarda efectiva de estruturas monumentais publicado entre nós.
Com efeito, o documento de 1910, publicado ainda antes da instauração republicana, constituiu uma espécie de culminar de um longo processo de campanha pela institucionalização da salvaguarda patrimonial. Mas a inserção do testemunho em epígrafe revelava algo mais. Na verdade, expressava todo um trabalho desenvolvido desde, pelo menos, meados da década de setenta, quando a Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portuguezes tomou a ombros a divulgação, no país, da importância dos estudos arqueológicos, de um modo geral, e dos pré-históricos, em particular, para um conhecimento mais amplo e aproximado da(s) realidade(s) passada(s) desde o alvor da Humanidade, influenciados que estariam os seus principais dirigentes por toda uma tendência observada neste domínio além fronteiras, nomeadamente nos encontros científicos internacionais que presenciavam (Cf. MARTINS, A. C., 2003). E um dos resultados deste empenho revelou-se, sem dúvida, em 1881, com o convite que lhe foi endereçado pelo Governo, no sentido de elaborar a primeira lista das estruturas que devessem ser classificadas, precisamente, como monumentos nacionaes, fazendo valer, para o efeito, todo o trabalho de identificação desenvolvido ao longo dos anos anteriores pelos respectivos "sócios-correspondentes" sediados nas principais localidades portuguesas, bem espelhado, ademais, no facto de a listagem ter sido rapidamente entregue e publicada, reforçando, assim, a urgência da sua instrumentalização. E como consequência mais imediata desta consulta, foi criada a Commissão dos Monumentos Nacionaes, à qual se sucederam diversos conselhos, até que a República reformou profundamente os seus serviços, posteriormente adaptados à agenda do Estado Novo (Cf. MARTINS, A. C., 2005). O facto é que, apesar de uma longa série de dificuldades, os elementos arqueológicos ganharam, desde o primeiro momento, figura própria, posto que oficiosamente, definindo-se agrupamentos específicos de realidades que eram, de facto, muito singulares em razão da sua natureza e da jovem ciência que as trazia à luz do dia e ao conhecimento dos homens, assumindo-se, já no final de 1901, em documento legal, um valor arqueológico, possivelmente sob autoridade dos debates teóricos desenvolvidos em determinados encontros internacionais em torno da conservação e restauro monumental. Não surpreenderá, por conseguinte, que o "Castro de Rocha Forte" constituísse um dos artefactos arqueológicos insertos na lista de 1910, até por testemunhar o interesse e, até, a preferência conferida por uma das figuras mais influentes das supra-mencionadas comissões e conselhos, para a área arqueológica, que foi a do fundador do actual "Museu Nacional de Arqueologia" (designado, à época, de Muzeu Ethnographico Portuguez), José Leite de Vasconcellos (1858-1941), na esteira, porém, de outros investigadores, como o vimarenense Francisco Martins de G. M. Sarmento (1833-1899). Do povoado, propriamente dito, pouco se saberá, para além do facto de estar situado num local de difícil acesso, o que justificaria, por si só, a sua escolha para edificar todo um sistema defensivo em plena Idade do Ferro, cujos vestígios remanescerão em poucos troços do muralhado que circundaria o Cabeço do Monte. Além disso, foram recolhidos vários fragmentos cerâmicos, cuja análise enquadra-o naquela baliza cronológica, da qual existem outros testemunhos no actual concelho de Cadaval (GALANTE, H. S., pp. 174-175), um termo que tem merecido, desde há muito, a atenção de especialistas (Cf. GONÇALVES, J. L. M., 1990). [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Monumentos Nacionais. Seu arrolamento, classificação e protecção, especialmente na parte que se refere a arqueologia", Revista de Guimarães | CARDOZO, Mário | Edição | 1941 | Guimarães | |
A Associação dos Arqueólogos Portugueses na senda da salvaguarda patrimonial. Cem anos de transformação (1863-1963). Texto policopiado. Tese de Doutoramento em Letras. | MARTINS, Ana Cristina | Edição | 2005 | Lisboa | Tese de Doutoramento defendida na Reitoria da Universidade de Lisboa em Junho de 2006. Tese impressa em dois volumes: - I - aparato crítico; - II - aparato iconográfico. |
Possidónio da Silva (1806-1896) e o elogio da Memória. Um percurso na Arqueologia de Oitocentos | MARTINS, Ana Cristina | Edição | 2003 | Lisboa | Obra essencialmente centrada na personalidade do fundador desta secular instituição e respectivo Museu Arqueológico do Carmo, o arquitecto português Possidónio da Silva. É ao longo dos seus três capítulos que nos inteiramos das acções envidadas por Possidónio e seus mais directos correligionários em prol da salvaguarda do património histórico-cultural em pleno século XIX. Pela primeira vez na historiografia nacional, as actividades possidonianas são examinadas de um modo abrangente no âmbito de um permanente exercício de interligação de teorias e práticas desenvolvidas ao longo de quase uma centúria em pleno cenário europeu. Este trabalho abre, em definitivo, as portas à relevância e iminência do estudo da História da Arqueologia em Portugal. |
"A investigação arqueológica no concelho do Cadaval (1880-1989)", Revista de Arqueologia | GONÇALVES, João Ludgero Marques | Edição | 1990 | Lisboa | n.º 1, pp. 13-24 |
"O Património do concelho do cadaval: uma acepção alargada de património e perspectivas de intervenção", Actas do I Seminário do Património da Região Oeste | GALANTE, Helena Sanches | Edição | 1996 | Bombarral | pp. 173-179 |
"O Castelo Velho de Rocha-Forte (Reconhecimento archeológico)", O Arqueólogo Português | APOLINÁRIO, Maximiano | Edição | 1895 | Lisboa | 1.ª série, vol. I, pp. 49-54 |
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