Antas de Paranhos | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Antas de Paranhos | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Antas de Paranhos (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Anta | ||||||||||||
Tipologia | Anta | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Guarda/Seia/Paranhos | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Guarda | ||||||||||||
Concelho | Seia | ||||||||||||
Freguesia | Paranhos | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Terá sido o fundador, em Guimarães, da "Sociedade Martins Sarmento", Francisco Martins de G. M. Sarmento (1833-1899), quem examinou primeiramente de perto a estação arqueológica conhecida por "Antas de Paranhos", a denominação regional de uma tipologia megalítica conhecida pela comunidade científica internacional a partir da sua designação francesa: dolmen.
Apesar de viver em Guimarães e convergir a sua investigação essencialmente para a região minhota, F. Martins Sarmento seria convidado pela não menos referencial Sociedade de Geographia de Lisboa, da qual era membro, a coordenar a Secção de Arqueologia integrada na célebre (em razão do papel precursor que assumiria no panorama científico português da época) expedição Scientifica à Serra da Estrella. Projectada um ano volvido sobre as comemorações nacionais desse momento tão importante para a afirmação do país no palco da política internacional - o centenário camoniano -, e após o acolhimento, em Lisboa, de uma das sessões (a IX) mais concorridas e amplamente divulgadas pelos periódicos europeus da altura do Congresso Internacional de Anthropologia e Archeologia Prehistorica, sob a égide do consagrado antropólogo e arqueólogo francês Gabriel de Mortillet (1821-1898), a Expedição previa a realização de um levantamento exaustivo das riquezas (como eram então entendidas) de uma das regiões mais inóspitas do país. Mas não só. Com efeito, para além das características agrestes da zona, atraía certamente a direcção da Sociedade o facto de a Serra da Estrela se ter confundido desde cedo no imaginário e na historiografia nacional como o último reduto de resistência de um povo - o Lusitano - ao poder de Roma, personificada pela figura de Viriato. A sua identificação, no final do século XIX, resultou de igual modo, e ainda que indirectamente, de uma ampla campanha promovida na época em favor do arrolamento do património artístico e arqueológico existente no país, em grande parte graças às acções promovidas no seio da Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portuguezes, fundada em 1863, originando a constituição da Commissão dos Monumentos Nacionaes, adjacente ao Ministerio das Obras Publicas Commercio e Industria. Estipulando o inventário como condição basilar à preservação dos vestígios antigos no actual território, o sucedâneo deste primeiro organismo institucional de salvaguarda patrimonial português, o Conselho Superior dos Monumentos Nacionaes, delineou toda uma estratégia de actuação, da qual fazia parte, como é óbvio, o seu registo sistemático, parcialmente concretizado graças à acção de vários vogais correspondentes. Um esforço que resultaria na inclusão deste sítio na primeira grande listagem de "monumentos nacionais", decretada em 1910, num testemunho claro da relevância que os vestígios arqueológicos iam assumindo entre nós, e, especialmente, no seio das esferas de decisão política nacional. Embora formada por dois exemplares, a estação arqueológica é essencialmente notabilizada pela anta constituída por câmara sepulcral de planta poligonal com quase três metros de diâmetro e dois de altura máxima, traçados pelos nove esteios inclinados para o interior, sobre os quais repousa a laje - ou "chapéu" - de cobertura. Quanto ao corredor de acesso, apresentam-se fragmentados e semi-enterrados. Edificado durante o Neolítico final, e reutilizado já em pleno Calcolítico (c. do primeiro quartel do IV milénio a. C.), este monumento inserir-se-á morfologicamente num dos três tipos sepulcrais sob tumulus - ou mamoa - esquematizados para o megalitismo da Beira Alta tout court. Referimo-nos, em concreto, aos monumentos com câmaras simples sem corredor (JORGE, S. O., 1990, p. 134). Um testemunho da arquitectura megalítica que se encontra, no entanto, seriamente ameaçado pelos impactes negativos decorrentes da extracção sistemática de areais no local. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 6 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"A consolidação do sistema agro-pastoril", Nova História de Portugal | JORGE, Susana de Oliveira | Edição | 1990 | Lisboa | pp. 102-162 |
Expedição Scientífica à Serra da Estrella em 1881 | SARMENTO, Francisco Martins | Edição | 1883 | Lisboa | |
Tesouros Artísticos de Portugal | ALMEIDA, José António Ferreira de | Edição | 1976 | Lisboa | |
"Características predominantes do grupo dolménico da Beira Alta", Beira Alta | MOITA, Irisalva Nóbrega | Edição | 1966 | Viseu | Ano XXV, n. 5, pp. 189-277 |
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