Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Pelourinho de Vila Franca de Xira
Designação
DesignaçãoPelourinho de Vila Franca de Xira
Outras Designações / PesquisasPelourinho de Vila Franca de Xira (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Pelourinho
TipologiaPelourinho
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Vila Franca de Xira/Vila Franca de Xira
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Praça Afonso de AlbuquerqueVila Franca de Xira Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.954298-8.989734
DistritoLisboa
ConcelhoVila Franca de Xira
FreguesiaVila Franca de Xira
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEPPortaria n.º 1158/2009, DR, 2.ª Série, n.º 212, de 2-11-2009 (sem restrições) (ZEP do Pelourinho de Povos e do Conjunto constituído pelo Celeiro da patriarcal, imóvel anexo à fachada posterior e portal de entrada) (ver Portaria)
Edital N.º 134/2006 de 20-04-2006 da CM de Vila Franca de Xira
Despacho de homologação de 29-05-2003 do Ministro da Cultura
Parecer favorável de 7-05-2003 do Conselho Consultivo do IPPAR
Proposta de 25-03-2009 da DR de Lisboa (ZEP conjunta do Pelourinho e do Celeiro da Patriarcal)
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913729
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaLocal de intensa e antiquíssima ocupação humana, toda a zona do actual concelho de Vila Franca de Xira representava, em plena época de Reconquista cristã, um importante polo defensivo sobre o Tejo. Situada a sul da localidade de Povos, esta com castelo e foral datado ainda de 1195, as terras então conhecidas como herdade de Cira teriam sido doadas por D. Afonso Henriques a cruzados ingleses, como reconhecimento pelo auxílio prestado na conquista de Lisboa, ao que se seguiu (em 1200) nova doação, por D. Sancho I, a um grupo de cavaleiros flamengos. Estas primeiras tentativas de povoamento de uma zona selvagem (de cuja vegetação de matagal provém aliás o topónimo de cira, ou xira) falharam, e em 1206 a herdade foi finalmente doada a D. Friolhe Hermiges, familiar da Ordem do Templo, que, de acordo com os seus privilégios, concedeu em 1212 o primeiro foral a Cira e às terras vizinhas, denominadas de Via Franca. Esta última seria provavelmente uma localidade ribeirinha, que honrava com o seu nome a livre circulação de pessoas e bens, em caminhos terrestres e fluviais, concorrente no ponto estratégico que a partir do século XIV já seria conhecido como Vila Franca de Xira. O foral templário foi reforçado, em 1510, por novo foral manuelino, a par dos de Povos e Castanheira, enquanto a vila se desenvolvia e crescia em importância comercial. Neste mesmo século XVI, Vila Franca deixou de pertencer à Ordem de Cristo (herdeira dos bens templários) e foi integrada na Coroa.
O actual pelourinho data da época do foral novo, conhecendo-se inclusivamente a intenção régia, lavrada no próprio documento, de que se erguesse um pelourinho "de bom lavor, com suas escadas...", na localidade. O pelourinho está implantado no local original, embora tenha sido desmontado várias vezes; o largo onde se ergue, hoje conhecido por Praça Afonso de Albuquerque, deitava então para o rio, onde se situavam muitos cais de embarque. Do monumento quinhentista resta apenas uma parte da base e do remate, e o fuste. Os restantes elementos, sendo fruto de uma intervenção revivalista, seguem de forma geral a tipologia manuelina dos fragmentos existentes.
Sobre o soco, formado por cinco degraus octogonais, levanta-se o fuste, assente numa base circular moldurada (original). A coluna é composta por dois blocos cilíndricos torsos, decorados com rosetas entre as estrias helicoidais, e ligados por anel duplo moldurado, sem outra decoração. O capitel segue a tipologia barroca, em forma de urna ou jarrão, com remate em taça invertida, friso de conchas, e uma pequena esfera em mármore. Embora resultante do restauro, respeita certamente os fragmentos e elementos fotográficos então encontrados, pelo que se compreende que o pelourinho já havia sofrido uma intervenção, talvez de inícios do século XVIII, quando foi remontado após um primeiro desmantelamento (no reinado de D. João VI, para facilitar o movimento das carruagens régias em direcção à zona dos cais de embarque). O conjunto é rematado por esfera armilar e cruz da Ordem de Cristo em ferro forjado, resgatada da antiga Quinta do Paraíso.
Após a remontagem oitocentista, concluída em 1804, o monumento foi novamente apeado em 1891, e substituído por um candeeiro. Seguiu-se então a reconstrução actual, datando de 1953-54, quando também a praça foi pavimentada. SML
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens4
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Pelourinhos Portugueses, Tentâmen de Inventário GeralMALAFAIA, E. B. de AtaídeEdição1997Lisboa

IMAGENS

Pelourinho de Vila Franca de Xira - Vista geral

Pelourinho de Vila Franca de Xira - Fuste e remate

Pelourinho de Vila Franca de Xira - Fuste: pormenor decorativo

Pelourinho de Vila Franca de Xira - Base

MAPA

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