Edifício e igreja da Misericórdia de Santarém | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Edifício e igreja da Misericórdia de Santarém | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Edifício e Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Santarém (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Misericórdia | ||||||||||||
Tipologia | Misericórdia | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Santarém/Santarém/União de Freguesias da cidade de Santarém | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Santarém | ||||||||||||
Concelho | Santarém | ||||||||||||
Freguesia | União de Freguesias da cidade de Santarém | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 8 518, DG, I Série, n.º 248, de 30-11-1922 (voltou a classificar como MN) (ver Decreto) Decreto n.º 8 218, DG, I Série, n.º 130, de 29-06-1922 (classificou como MN) (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 30-08-1946, publicada no DG, II Série, n.º 244, de 19-10-1946 (sem restrições) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 22051577 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A igreja da Misericórdia de Santarém, de estrutura em hall church (igreja-salão) do fim do Renascimento, deve a sua traça ao risco do arquitecto régio, Miguel Arruda, cerca de 1559, tendo sido erguida em campanhas dirigidas pelos mestres pedreiros Simão Fernandes e Álvaro Freire que, por diversas circunstâncias, se prolongaram até início do século XVII. Em 1502, Frei Martinho de Santarém instituíu a Santa Casa da Misericórdia escalabitana, segundo indicação de Frei Miguel de Contreiras, que havia fundado, quatro anos antes, a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia, em Lisboa. A Misericórdia de Santarém recebeu de D. Manuel I, nos finais da primeira década do século XVI, os mesmos privilégios da instituição lisboeta, gozando a partir de então de protecção régia. Esta igreja da Misericórdia aproxima-se estéticamente de outras igrejas-salão do meado do século XVI, entre as quais a igreja de Santo Antão de Évora, as Sés de Miranda, de Leiria, de Portalegre e de Goa e, ainda, das igrejas de Santa Maria de Estremoz, de Veiros e de Santa Maria de Olivença. Da fábrica quinhentista, acaso o mais impressionante dos espaços arquitectónicos do século XVI em Santarém (Vítor SERRÃO, 1990) , destacamos a planimetria interior que segue, como referimos, a tipologia clássica das igrejas-salão, de três naves com quatro tramos a igual altura. A nave central possuí uma abóbada de cruzaria de nervuras sustentada, quer por robustas colunas toscanas decoradas com brutescos a ouro pelos pintores André de Morales e Sebastião Domingues, em 1630; quer por mísulas adossadas às sancas que se localizam nos panos murários laterais, pintadas com brutesco pelo pintor lisboeta José de Sousa em 1714. No ano de 1606 ficou concluída a primitiva fachada da igreja executada pelo mestre pedreiro do Senado Municipal, Luís Rodrigues, autor da varanda clássica do corpo adjacente à fachada. Mas o terramoto de 1755 acabou por destruir parte da frontaria, tendo-se, por este motivo, optado pela sua reconstrução, desta feita seguindo uma linguagem plástica rococó. Para Jorge Custódio "esta igreja tardo-renascentista, nos alvores da caminhada maneirista da arquitectura scalabitana do séc. XVII, revela-se uma obra acabada na linguagem da proporção, harmoniosa na conjugação de elementos clássicos(as colunas toscanas e os barretes acima dos capitéis) e medievais (as nervuras das abóbadas e os bocetes de fecho) e perfeita em termos de equilíbrio das forças da arquitectura" (Jorge CUSTÓDIO, 1996). R.F.F. | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 3 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 8 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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«A Misericórdia de Santarém e o seu Património de Pintura», Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Santarém, nº9 | SERRÃO, Vítor | Edição | 1999 | Local de Edição - Santarém Abril, Maio, Junho de 1999 Número : nº 9 | |
Santarém | SERRÃO, Vítor | Edição | 1990 | Local de Edição - Lisboa | |
«A Igreja da Misericórdia», Património Monumental de Santarém | CUSTÓDIO, Jorge | Edição | 1993 | Local de Edição - Santarém | |
História de Santarém Edificada | VASCONCELOS, Pe. Inácio da Piedade | Edição | 1740 | Local de Edição - Lisboa Publicado a 1740 | |
Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Santarém | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 1949 | Lisboa | Local de Edição - Lisboa Publicado a 1949 Data do Editor : 1949 |
Santarém: História e Arte | SERRÃO, Joaquim Veríssimo | Edição | 1951 | Publicado a 1959 Data do Editor : 1951 | |
"A Arquitectura - Maneirismo e «estilo chão»", História da Arte em Portugal - O Maneirismo | CORREIA, José Eduardo Horta | Edição | 1986 | Lisboa | Vol. 7 Local de Edição - Lisboa |
A arquitectura portuguesa chã: entre as especiarias e os diamantes, 1521-1706 | KUBLER, George | Edição | 1988 | Lisboa | Local de Edição - Lisboa |
Misericórdia de Santarém - Fachada principal da igreja: nicho com imagem de Nossa Senhora da Conceição
Misericórdia de Santarém - Fachada principal da igreja: águia que suporta a varanda monumental
Misericórdia de Santarém - Planta com a delimitação e a ZEP que faz parte integrante do diploma publicado no DG
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