Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja de Nossa Senhora do Ó ou do Porto
Designação
DesignaçãoIgreja de Nossa Senhora do Ó ou do Porto
Outras Designações / PesquisasIgreja Paroquial da Carvoeira / Igreja de Nossa Senhora do Ó do Porto do Reguengo da Carvoeira / Igreja Paroquial da Carvoeira / Igreja de Nossa Senhora do Ó (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Mafra/Carvoeira
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Ribeira de Cheleiros Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.95018-9.394496
DistritoLisboa
ConcelhoMafra
FreguesiaCarvoeira
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IM - Interesse Municipal
CronologiaA classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001
Decreto n.º 29/84, DR, I Série, n.º 145, de 25-06-1984 (ver Decreto)
Edital N.º 80/83 de 19-08-1983 da CM de Mafra
Edital N.º 46/83 de 6-06-1983 da CM de Mafra
Despacho de concordância de 6-05 1983 do Secretário de Estado da Cultura
Despacho de concordância de 28-04-1983 da presidente do IPPC
Parecer de 26-04-1983 da Assessoria Técnica do IPPC a propor a classificação como VC
Em 21-03-1983 a CM de Mafra enviou a planta solicitada
Em 11-03-1983 foi solicitado à CM de Mafra o envio de uma planta com o imóvel assinalado
Proposta de classificação de 30-10-1980 da CM de Mafra
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
A Igreja de Nossa Senhora do Ó ou do Porto encontra-se apartada da povoação da Carvoeira, em local próximo da ribeira de Cheleiros. Nas suas imediações implantam-se, também, uma ponte gótica e o cemitério da povoação.
O imóvel, de planta longitudinal, integra uma igreja com galilé, sacristia e várias dependências anexas aos alçados laterais. Os volumes encontram-se articulados e dispostos na horizontal, resultando numa volumetria paralelepipédica escalonada com coberturas diferenciadas em telhados de duas e uma água. A fachada principal virada a poente é precedida por galilé de planta retangular, à qual se acede através de arco de volta perfeita ladeado por dois vãos quadrados, separados do vão central por colunelos. A fachada termina em empena, com cornija saliente rematada por cruz latina sobre base simples No segundo registo, por cima da galilé, surge uma janela quadrada, emoldurada e sobreposta por óculo circular. No topo do cunhal sul da galilé surge um relógio de sol em cantaria ostentando a data de 1763. O acesso ao templo é feito por portal axial com moldura em cantaria, munido de friso com a data inscrita de 1830, sobrepujado por cornija saliente. Na fachada posterior em empena, abre-se um pequeno óculo que corresponde à capela-mor e, de ambos os lados, surgem os corpos adossados à nave. O alçado norte, por sua vez, é marcado pela presença de uma dependência anexa que acompanha parcialmente os dois volumes escalonados referentes à cabeceira e ao corpo da igreja, implantando-se também, deste lado, o corpo da escadaria que conduz ao campanário.
O interior do templo de nave única apresenta teto de três panos e paredes brancas percorridas por rodapé de azulejos azuis e brancos sobre um segundo nível de azulejos em roxo manganês. O coro-alto corresponde a uma estrutura de madeira assente sobre duas colunas. Os alçados laterais da nave são rasgados por frestas com capialço, surgindo a porta de acesso ao exterior no alçado sul. No alçado norte implanta-se o púlpito com base pétrea moldurada e caixa composta por balaustrada torneada. Em ambos os alçados, junto ao arco triunfal, subsistem dois retábulos assentes em altares paralelepipédicos forrados a azulejo industrial imitando os antigos. Estes retábulos, que incluem ainda uma pintura a óleo sobre madeira, apresentam planta reta de um só eixo em talha dourada e policromada, enquadrada por colunas pseudo-salomónicas e friso com cornija. O retábulo que se encontra do lado da Epístola apresenta ainda o ático recortado contendo, ao centro, uma moldura circular com a representação duas setas cruzadas alusão a São Sebastião, primeiro orago da igreja. A capela-mor é de planta retangular, rasgada por vão de janela no alçado sul e porta de acesso à sacristia no alçado norte, os alçados deste espaço são também rematados por cornija saliente sobre a qual assenta a cobertura interior em abóbada de berço. O retábulo-mor corresponde a uma estrutura de talha polícroma de gosto rococó rematada por frontão em tons de azul, dourado e imitação de pedra nas faces laterais.
Rodeia o edifício um adro murado de planta sensivelmente triangular, dentro do qual se ergue um cruzeiro em calcário com cruz latina rematada por haste quadrada. Assenta esta cruz num plinto paralelepipédico com a inscrição "AVE CRUX / SPES VNICA". No degrau que se encontra logo por baixo surge a data de 1668.
História
A igreja implanta-se num local de ancestral sacralidade, onde foram identificados níveis de ocupação de época romana. A utilização religiosa do espaço está testemunhada desde época paleocristã, tendo-se identificado sucessivos níveis de tumulação até à Baixa Idade Média. Em 1988 a igreja foi assaltada, desaparecendo a quase a totalidade das imagens, incluindo a de Nossa Senhora do Ó. Igualmente nos anos 80 todo o conjunto foi restaurado
Maria Ramalho/DGPC/2015. Colaboração de Ana Pagará / Maria do Carmo Almeida/ Paulo Fernandes/C.M. Mafra
ProcessoJunto à foz da ribeira de Cheleiros
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens2
Nº de Bibliografias9

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. III (Mafra, Loures e Vila Franca de Xira)AZEVEDO, Carlos deEdição1963Lisboa
Monografia de MafraLUCENA, Armando deEdição1987Mafra
Memórias e Memorialistas. 1. Memórias Paroquiais, Boletim Cultural '96, pp. 307-344GORJÃO, SérgioEdição1997Mafra
O Falso D. Sebastião da Ericeira e o SebastianismoAA.VV.Edição1998Mafra
Subsídios para a história da Diocese de Lisboa do século XVIIIPEREIRA, Isaías da RosaEdição1980Lisboa
Identidades. Património Arquitectónico do Concelho de MafraFERNANDES, Paulo AlmeidaEdição2009Mafra
"A arquitectura e a escultura monumental na região de Mafra entre o Gótico e o Classicismo", Do Gótico ao Maneirismo. A arte na região de Mafra na Época dos Descobrimentos, pp.21-31PEREIRA, Fernando António BaptistaEdição2002Mafra
Identidades. Património Arquitectónico do Concelho de MafraVILAR, Maria do CarmoEdição2009Mafra
Carta do Património do Concelho de Mafra. Lavabos de Sacristia, Boletim Cultural ,97, pp.371-396VILAR, Maria do CarmoEdição1998Mafra
"4. Arquitectura e escultura monumental manuelina na região de Mafra", Boletim Cultural 2000, pp.65-82VILAR, Maria do CarmoEdição2000Mafra
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. III (Mafra, Loures e Vila Franca de Xira)FERRÃO, JulietaEdição1963Lisboa
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. III (Mafra, Loures e Vila Franca de Xira)GUSMÃO, Adriano deEdição1963Lisboa

IMAGENS

Igreja de Nossa Senhora do Ó - Vista geral (fachada principal)

Igreja de Nossa Senhora do Ó - Vista geral posterior

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt