Palácio dos Salazares | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Palácio dos Salazares | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Casa da Viscondessa de Espinhal / Palácio dos Viscondes do Espinhal / Casa dos Salazares / Casa da Viscondessa do Espinhal / Meliá Palácio da Lousã Boutique Hotel (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Palácio | ||||||||||||
Tipologia | Palácio | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Coimbra/Lousã/Lousã e Vilarinho | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Coimbra | ||||||||||||
Concelho | Lousã | ||||||||||||
Freguesia | Lousã e Vilarinho | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 5/2002, DR, I Série-B. n.º 42, de 19-02-2002 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A centúria de Setecentos foi, para a vila da Lousã, um século de grande desenvolvimento, cujo testemunho é bem visível num conjunto de edifícios nobres, de grande riqueza, que ainda hoje se conservam num enquadramento urbano muito próximo do que lhe deu origem. Na realidade, esta localidade beneficiou, em muito, da instalação da indústria de papel, que fornecia importantes tipografias do país, desde, pelo menos, 1716. A estas fábricas, vieram juntar-se, nos séculos seguintes, outras indústrias, como a da fiação, a da produção de energia, de moagem, ou serralharia, em sintonia com a vocação agrícola do concelho. Um dos edifícios de maior impacto é, exactamente, a Casa dos Salazares, pertença da primeira e única viscondessa do Espinhal, que reedificou, no início do século XIX, o imóvel construído pelo seu pai, o desembargador Bernardo Salazar Sarmento de Eça e Alarcão (CORREIA, GONÇALVES, 1953). Nesta medida, são bem visíveis as duas fases construtivas que marcam o traçado arquitectónico da habitação, testemunhando, simultaneamente, "a evolução estilística regional do fim do século dezoito, do começo e meado do dezanove" (GONÇALVES, 1950, p. 25). Os corpos laterais, de dois pisos, são os mais antigos, apresentando janelas quadrangulares no piso térreo e, no andar nobre, alternância de vãos de cornija semicircular e recortada em triângulo. Já no século XIX, mais precisamente em 1818 (conforme a data da fachada), foram introduzidas uma série de alterações, de gosto neoclássico. Ao corpo central foi acrescentado um andar, com janelas de sacada de moldura recortada e mais trabalhada do que as restantes, exibindo, nas grades de ferro, o monograma da Viscondessa e do seu marido. O portal principal, deverá ter sido remodelado na mesma época, rematado por frontão triangular interrompido. A secção central termina num corpo rectangular, onde se inscreve, numa moldura semicircular, o brasão da família. Coroam este registo uma série de urnas, de cariz neoclássico. No interior, destaca-se a escadaria de dois lanços, com patamares. Muito embora a composição do palácio, nome pelo qual era conhecido devido à sua imponência, denote a evolução arquitectónica e estilística, resulta do conjunto uma grande harmonia, fruto da sábia conjugação de linhas tradicionais com outras mais actualizadas. Por outro lado, a Lousã foi, até ao final do século XIX, uma vila de dimensões reduzidas, que se articulava em torno das artérias que albergavam a matriz, o Tribunal e os Paços do Concelho. Mau grado o desenvolvimento posterior, o núcleo mais antigo manteve-se bastante bem preservado, facto pelo qual as antigas casas nobres se conservam num traçado pouco modificado (GONÇALVES, 1950, p. 17). Rosário Carvalho | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Capela da Misericórdia | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 6 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Casas Nobres do século XVIII | GONCALVES, António Nogueira | Edição | 1959 | Lousã | |
A Lousã e o seu concelho | LEMOS, Álvaro Viana de | Edição | Publicado a 1950 | ||
Solares Portugueses | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1988 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e Santarém | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 2000 | Lisboa | Academia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom |
Palácio dos Salazares - Fachada principal: corpo central
Palácio dos Salazares - Fachada principal: portal central
Palácio dos Salazares - Fachada principal: corpo lateral esquerdo
Palácio dos Salazares - Fachada principal: corpo lateral direito
Palácio dos Salazares - Fachada principal: janelas do piso nobre
Palácio dos Salazares - Interior do átrio: escadaria