Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja da Misericórdia de Arganil
Designação
DesignaçãoIgreja da Misericórdia de Arganil
Outras Designações / PesquisasEdifício e Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Arganil (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaCoimbra/Arganil/Arganil
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua Condessa das CanasArganil Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.216569-8.054277
DistritoCoimbra
ConcelhoArganil
FreguesiaArganil
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IM - Interesse Municipal
CronologiaA classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001
Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO22051577
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
Localizada no centro da vila, a Igreja da Misericórdia de Arganil é um edifício de planta irregular, implantado no ângulo das ruas da Misericórdia e Condessa das Canas. Fundado na segunda metade de Setecentos, o templo apresenta um programa híbrido, com estrutura exterior barroca e espaço interior já rococó, resultante de uma extensa campanha construtiva que se arrastou pelo século XIX.
Assim, na fachada principal destaca-se o portal barroco, concebido em conjunto com a janela do coro alto, numa composição una que se prolonga ainda pelo brasão de armas da Misericórdia, patente no tímpano do frontão contracurvado. Estes elementos são complementados por apontamentos decorativos oitocentistas, como os fogaréus, a grade da varanda, e o remate da torre sineira.
O interior, de nave única, apresenta também uma dicotomia na ornamentação. O retábulo-mor, de talha dourada, remonta ao último quartel do século XVIII, tal como os retábulos colaterais, pintados de branco e com concheados, que se encontram implantados na diagonal, junto ao arco triunfal, numa solução que confere dinâmica ao espaço. As restantes obras de talha, nomeadamente a balaustrada do coro alto, o púlpito e a varanda do órgão, são já do final do século XIX.
História
À semelhança do que aconteceu por todo o país, antes da difusão das Misericórdias a partir do século XVI, vigoravam outras formas de assistência, quer através das denominadas albergarias, quer através das muitas confrarias existentes. Em Arganil, era a Confraria de Nossa Senhora da Conceição, com sede na igreja matriz, que cumpria as obrigações de amparo e solidariedade, as chamadas obras de misericórdia, que mais tarde foram desempenhadas pelas irmandades com esse mesmo nome (Anacleto: 1996, p. 39).
Como tal, a instituição de uma Misericórdia em Arganil foi relativamente tardia, datando de 1647 a Provisão Régia que permitiu a fundação desta organização (Correia, Gonçalves: 1952, p. 7). A primeira capela da irmandade era precisamente dedicada a Nossa Senhora da Conceição, o que indica uma continuidade em relação à confraria local que até então assistia a população, e segundo os estudos de Regina Anacleto, este templo primitivo mais não era do que um "acanhado oratório", anexo à Casa da Irmandade (Anacleto, Op. cit.).
Não é conhecida a data da primeira campanha de obras da igreja. Embora haja notícia de que em 1755 o então provedor da Misericórdia, Manuel de Melo Quaresma da Fonseca, tenha dado ordem para que se construísse o novo templo da Misericórdia, certo é que as Memórias Paroquiais de 1758 aludem apenas à Casa, omitindo a existência de um templo (Ibidem, p. 40), pelo que o mesmo não estaria ainda fundado.
Assim, poderá deduzir-se que a igreja tenha sido construída ao longo do último quartel do século XVIII, em sucessivas campanhas de obras que conferiram algum ecletismo ornamental ao edifício. Os retábulos de talha datam de finais dessa centúria, e os elementos de madeira da nave, nomeadamente o coro alto, o púlpito e o espaço em torno do órgão, foram executados já no século XIX, sendo estes da autoria de José Tavares, entalhador natural de Aldeia de Dez (Ibidem, p. 42).
Catarina Oliveira
DGPC, 2017
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens9
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
ArganilANACLETO, ReginaEdição1996Kisboa
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e SantarémSEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição2000LisboaAcademia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom

IMAGENS

Igreja da Misericórdia de Arganil - Fachada principal

Igreja da Misericórdia de Arganil - Fachada principal: registo superior e torre sineira

Igreja da Misericórdia de Arganil - Interior: retábulos colaterais e capela-mor

Igreja da Misericórdia de Arganil - Interior: coro-alto

Igreja da Misericórdia de Arganil - Planta com a delimitação do imóvel

Igreja da Misericórdia de Arganil - Fachada lateral esquerda, antes do restauro (SCMA)

Igreja da Misericórdia de Arganil - Interior: arco triunfal antes do restauro (SCMA)

Igreja da Misericórdia de Arganil - Interior antes do restauro: escoramento do tecto da nave (SCMA)

Igreja da Misericórdia de Arganil - Interior: órgão de tubos na parede da nave (SCMA)

MAPA

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