Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Fontanário de Pegões Velhos
Designação
DesignaçãoFontanário de Pegões Velhos
Outras Designações / PesquisasFontanário de Pegões Velhos (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Fontanário
TipologiaFontanário
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaSetúbal/Montijo/Pegões
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Estrada das QuadrilhasPegões Velhos Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.688198-8.657714
DistritoSetúbal
ConcelhoMontijo
FreguesiaPegões
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IM - Interesse Municipal
CronologiaA classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001
Decreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (ver Decreto)
Edital de 26-11-1990 da CM de Montijo
Despacho de homologação de 20-08-1990 da Subsecretária de Estado da Cultura
Despacho de concordância de 3-08-1990 do presidente do IPPC
Parecer de 21-09-1990 do Conselho Consultivo do IPPC a propor a classificação como VC
Proposta de classificação de 10-03-1989 da CM de Montijo
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181502
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaEm 1728, na sequência da intenção de construir o Palácio real de Vendas Novas, D. João V determinou obras na estrada entre Aldeia Gallega e Vendas Novas, transformando-a, então, em Estrada Real, ou de primeira importância no leque de vias terrestres do reino. As obras devem ter decorrido entre Março de 1728 e Janeiro de 1729, estando a cargo do coronel de engenharia José da Silva Pais e Vasconcellos e do capitão de engenharia Custódio Vieira (FERRÃO, 1989, pp.522-523). Durante esse ano, sabe-se que Pegões foi um dos locais de estabelecimento do estaleiro de obras, mas em local ainda desconhecido.
Ao longo da estrada, edificaram-se quatro fontanários para abastecimento de homens e animais de carga, que viriam a desempenhar importante papel na actividade da Posta, carreira de Correios para o Sul do país e para a fronteira espanhola que estava sediada em Aldeia Gallega desde 1531 (BALDRICO, 2000, p.6). Posteriormente, o fontanário foi utilizado pela Mala Posta, criada em 1854, até que a construção do caminho de ferro entre a actual cidade de Montijo e Vendas Novas determinou o abandono do itinerário terrestre em benefício da ligação ferroviária.
Só o fontanário está classificado mas, inicialmente, a crer nas notícias que chegaram aos nossos dias, aqui existia um complexo religioso-civil, constituído por diversos equipamentos. Para além do bebedouro, de uma capela dedicada a Nossa Senhora do Loreto e de um marco que se encontra presentemente no Museu da Junta Autónoma de Estradas, existia um relativamente complexo de condutas, referidas pelo Padre João Campos, e que ligavam o fontanário à ribeira (LOURO, 1974, p.61). Paralelamente, como estação da Mala-Posta, deveria dispor de estruturas de mudança de montaria, como um albergue, ou casa do mestre-de-posta, a que se juntariam outras dependências civis, com certeza modestas, que entretanto se perderam. Infelizmente, no recente restauro a que o monumento foi sujeito, não se efectuaram sondagens arqueológicas nas imediações, procedimento que certamente teria sido muito útil para a confirmação, ou rejeição, de muitas destas antigas informações acerca da provável estação da mala-posta aqui estabelecida.
O fontanário compõe-se de duas partes essenciais. Em altura, um corpo ladeado por duas grandes volutas ostentando, ao centro, um medalhão com a data de conclusão da obra, hoje ilegível. Uma pequena modenatura, de leve sabor decorativo, prepara a pequena estrutura que coroa o conjunto, composta por uma cruz e ladeada por duas pequena volutas. Num plano horizontal, e acompanhando todo o fontanário, desenvolve-se a estrutura do bebedouro, para onde era canalizada a água do riacho que corre a nascente. Na actualidade, a cota a que este tanque se encontra denuncia que a estrada original era bem mais baixa que a que hoje cruza o território, encontrando-se o fontanário numa das bermas da via, a um nível muito baixo e, por isso, mais sujeito a estragos provocados pelas águas.
O marco de légua, presentemente no Museu da Junta Autónoma das Estradas, é uma peça monolítica cujos lavores decorativos formam uma moldura que rompe com a verticalidade linear da peça, onde se inscreveu a legenda alusiva às léguas que, desde o início do seu traçado, a estrada possuía no local onde estava implantado. Conhecem-se três marcos idênticos ao que se encontrava junto do fontanário na recta de Pegões, inicialmente dispostos ao longo da via utilizada pela Mala Posta: um actualmente no Montijo, no jardim municipal da Av. 25 de Abril, e dois colocados à entrada da propriedade Barroca d'Alva, no concelho de Alcochete (GRAÇA, 1989, p.136). Contemporâneos da renovação joanina da Estrada Real, todos correspondem a uma campanha coerente de embelezamento da via entre Aldeia Gallega e Vendas Novas, adoptada posteriormente pela Mala Posta. O de Pegões esteve no local original até 1978, altura em que transitou para o Museu da Junta Autónoma das Estradas.
PAF
ProcessoEN 4 (Pegões - Vendas Novas) a 28,2 km, junto à estrada Montijo - Vendas Novas.
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra ClassificaçãoColonato Agrícola de Pegões Velhos
Nº de Imagens1
Nº de Bibliografias8

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Edifícios e monumentos notáveis do concelho do MontijoGRAÇA, LuísEdição1989Montijo
Subsídios para a História do Concelho do Montijo - cronologia geralLUCAS, IsabelEdição1992Montijo
Montijo Aldeia Galega - Cem anos de História MunicipalAZEVEDO, Rosa BelaEdição2003Lisboa
Montijo Aldeia Galega - Cem anos de História MunicipalLEAL, ArmandoEdição2003Lisboa
Freguesias e Capelas curadas da Arquidiocese de Évora (sécs. XII-XX)LOURO, Henrique da SilvaEdição1974Évora
A Mala-Posta em PortugalFERREIRA, GodofredoEdição1946Lisboa
"O Montijo avança", Nova Gazeta, ano X, nº479, 1 de OutubroLUCAS, ArturEdição1999Montijo
"Da Posta à Mala Posta (1ª parte). A carreira de Aldeia Gallega a Badajoz. 1829-1831", O Citadino, IIIª série, nº9BALDRICO, JoaquimEdição2000Montijo
"Fontanário de Pegões vai ser recuperado", Jornal do Montijo, nº78, 15 de SetembroEdição2000Montijo

IMAGENS

Fontanário de Pegões Velhos - Vista geral

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