Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Capela da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros
Designação
DesignaçãoCapela da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros
Outras Designações / PesquisasCapela da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Capela
TipologiaCapela
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaSetúbal/Moita/Alhos Vedros
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo do Pelourinho, entre o Hospital Concelhio e n.º 23Alhos Vedros Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.654762-9.0281
DistritoSetúbal
ConcelhoMoita
FreguesiaAlhos Vedros
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IM - Interesse Municipal
CronologiaA classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001
Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996 (ver Decreto)
Edital de 17-09-1993 da CM da Moita
Despacho de homologação de 31-07-1985 do Ministro da Cultura
Despacho de concordância de 23-07-1985 do vice-presidente do IPPC
Parecer de 18-07-1985 do Conselho Consultivo do IPPC a propor a classificação como VC
Em 31-07-1981 foi solicitado à CM de Alhos Vedros o envio de documentação para a instrução de processo de classificação
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO22051577
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaTal como acontece em boa parte das Misericórdias do nosso país, também para a de Alhos Vedros é difícil determinar a data da sua fundação. Costa Goodolfim (1998) aponta o ano de 1500, época demasiado remota, pois nas chancelarias régias esta confraria apenas surge entre 1557-58 e 1580, numa época de clara expansão destas instituições (SÁ, 2002, p. 24). Cremos que a primeira data se refere, então, a um hospital, e que a Misericórdia foi instituída mais tarde. A verdade é que, em 1572, já existia, pois os primeiros legados pios a seu favor, conhecidos até ao momento, remontam a esta data (ALVES, 1992, p. 21).
De acordo com os dados das Informações e Memórias Paroquiais (ALVES, 1992), a confraria teve a sua primeira sede na ermida de Nossa Senhora da Vitória, situada no Largo da Graça, transferindo-se para a Praça, somente no final desta centúria (IDEM, p. 35). A construção de uma igreja própria, num local central da vila, ficou a dever-se aos muitos legados que os habitantes de Alhos Vedros deixaram a esta confraria, o que revela, também, a crescente importância destas instituições como principais intercessoras e intermediárias terrestres do Purgatório. O mais significativo foi, no entanto, o do Dr. António de Matos Cabral, em 1647, que legou uma série de bens de grande valor económico, permitindo à Misericórdia viver e desempenhar as suas funções caritativas de forma mais tranquila (IDEM, p. 15).
A inscrição sobre o portal da igreja revela-nos que IOAM AMRIQUEZ PIMENTEL, enquanto porvedor, ofereceu como esmola o portal, no ANO QVE SE COMESOV DE FAZER NA ERA DE 1587. Muito embora as Memórias Paroquiais apontem os anos de 1590-91 para a edificação da igreja, é bem possível que esta tenha tido início 3 anos antes.
De nave única com capela-mor elevada, mas totalmente ocupada por um amplo retábulo de talha polícroma, a igreja inscreve-se numa gramática maneirista, de grande depuração, que segue o modelo mais utilizado em igrejas da misericórdia (MOREIRA, 2000, pp. 135-164). Toda a atenção parece ter sido concentrada no portal, de linhas clássicas, flanqueado por pilastras, que suportam o entablamento e o frontão triangular, rematado por cruz. Sobrepõe-se-lhe o janelão rectangular que ilumina o coro alto. Do lado do Evangelho, e ligando o templo ao antigo hospital, ergue-se a torre sineira.
As Memórias Paroquias referem a existência de um único altar, muito possivelmente substituído pelo que hoje conhecemos, na segunda metade do século XVIII, quando a igreja foi objecto de uma campanha decorativa, responsável pelo revestimento azulejar da nave, capela-mor e coro. Datado de cerca de 1770 (SIMÕES, 1979), este vasto conjunto apresenta molduras de concheados rococó, e bases de azulejo marmoreado. Na nave e capela-mor estão representadas cenas da Vida da Virgem, conjugadas, na cartela inferior, com símbolos variados, acompanhados de inscrições, alguns dos quais alusivos às Litanias. No coro alto encontram-se representadas as obras de misericórdia corporais.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPPelourinho de Alhos Vedros
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Azulejaria em Portugal no século XVIIISIMÕES, J. M. dos SantosEdição1979Lisboa
As MisericórdiasGOODOLPHIM, CostaEdição1897Lisboa
"As Misericórdias: um património artístico da humanidade", 500 Anos das Misericórdias Portuguesas, pp. 135-164MOREIRA, RafaelEdição2000Lisboa
"As Misericórdias da fundação à União Dinástica", Portugaliae Monumenta Misericordiarum - fazer a história das Misericórdias, vol. 1, pp. 19-45SÁ, Isabel dos GuimarãesEdição2002Lisboa
Subsídios para a história de Alhos Vedros. Informações paroquiais de Alhos Vedros e MoitaALVES, Carlos F. PóvoaEdição1992Alhos Vedros
Igrejas e Capelas da Costa AzulDUARTE, Ana LuisaEdição1993Setúbal

IMAGENS

Capela da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros - Fachada principal

Capela da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros - Fachada principal: portal

Capela da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros - Fachada principal: remate do portal com inscrição alusiva à da construção do templo

Capela da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros - Interior: nave e capela-mor

Capela da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros - Interior: púlpito

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt