Edifício da Misericórdia, incluindo hospital, capela e antiga hospedaria | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Edifício da Misericórdia, incluindo hospital, capela e antiga hospedaria | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Edifício da Misericórdia de Albufeira / Edifício, Igreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Edifício | ||||||||||||||||
Tipologia | Edifício | ||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Albufeira/Albufeira e Olhos de Água | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||||||
Concelho | Albufeira | ||||||||||||||||
Freguesia | Albufeira e Olhos de Água | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IM - Interesse Municipal | ||||||||||||||||
Cronologia | A classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001 Decreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (ver Decreto) | ||||||||||||||||
ZEP | |||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 9914029 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | As instalações da Misericórdia de Albufeira constituem uma das mais antigas parcelas do centro histórico da cidade e localizam-se dentro do velho perímetro fortificado, implantando-se junto da mais importante porta (a da Praça, ou do Ocidente) e ocupando parte da alcáçova islâmica. Estes vestígios do sistema defensivo muçulmano desapareceram nos anos 60 do século XX, quando se construiu o Hotel Sol e Mar (GOMES, 2002, pp.339-340), mas tal campanha não destruiu o complexo da Misericórdia, que ainda hoje se mantém. A instituição, fundada em 1499, desde cedo contou com importantes instalações, o que revela o grau de implantação e de aceitação na própria cidade. Ainda hoje é possível perceber que, delimitada pela muralha que se desenvolve desde a antiga Porta da Praça até à Porta do Mar (virada a Norte, hoje na confluência da Rua do Cemitério Velho), existe um quarteirão que foi praticamente todo ocupado pela Misericórdia local e que corresponde à face NO. da Rua Henrique Calado. Nesse quarteirão, funcionou a Capela, o Hospital e uma Hospedaria, assim como o edifício-sede e numerosas outras dependências de apoio às diversas actividades da instituição. A capela é parte mais importante do conjunto e, simultaneamente, a mais antiga. Crê-se que seria mesquita de uso exclusivo da alcáçova e do paço dos governadores, posteriormente convertida em igreja cristã e, finalmente, em capela da Misericórdia. Este percurso funcional não está arqueologicamente provado, mas dada a localização do templo é natural que assim tivesse acontecido, embora nos faltem dados de caracterização sobre os séculos XIII e XIV. A fachada principal é de pano único e passaria despercebida entre o casario não fosse o seu portal manuelino e a empena triangular da frontaria. Aquele é de arco apontado, mas possui moldura inferior decorada com ligeiro encordoado que, descarregando sobre capitéis de decoração vegetalista, finos colunelos adossados à caixa murária e bases embebidas de secção multifacetada, prova o seu carácter manuelino, ainda que relativamente modesto. O interior é de nave única, e apenas a capela-mor evidencia a fase manuelina, sendo coberta por abóbada de cruzaria de ogivas, com bocete ornamentado pela cruz da Ordem de Avis, sintoma provável de algum dinheiro real empregue na obra. O arco triunfal é abatido, mas possui ainda duas colunas torsas que descarregam sobre bases oitavadas, elementos artísticos que provam a sua feitura durante o ciclo manuelino. No corpo do templo, coberto por tecto de madeira, pode ainda observar-se um coro-alto barroco que se adossa à fachada principal. Da capela-mor pode aceder-se à Sacristia e à antiga Casa do Despacho, esta última um espaço rectangular que, na origem, deveria ter um segundo acesso sem ser pelo interior da capela. A Hospedaria é um edifício de planta rectangular, disposto ao longo da via pública e tem como principal atractivo o seu portal, de arco apontado, muito simples e que, se não for contemporâneo do portal principal da capela, deverá ser o reaproveitamento de uma mais antiga habitação. Compreensivelmente, o hospital ocupa a maior parte das antigas instalações. A primeira referência documental que se conhece data de 1571, mas parece relacionar-se com uma pequena casa de acolhimento, uma vez que, séculos mais tarde, em 1758, refere-se expressamente que o hospital é composto por uma só casa, "em que se acolhem os pobres passageiros, mas não a curar-se" (PINTO e PINTO, 1968). O edifício que chegou até hoje data genericamente do final do século XIX. Em 1880, a Santa Casa dirigiu uma petição à Câmara dos Deputados para alargamento das instalações, o que foi favoravelmente respondido três anos depois, tendo-se iniciado as obras em 1885, sob o comando do empreiteiro José Francisco do Nascimento. Inaugurado em 1904, dele fazem parte duas enfermarias, em dois andares, e integra a Torre do Relógio, estrutura que aproveitou uma das antigas torres defensivas da islâmica Porta da Praça. PAF | ||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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As Misericórdias do Algarve | PINTO, Maria Helena Mendes | Edição | 1968 | Lisboa | |
As Misericórdias do Algarve | PINTO, Victor Roberto Mendes | Edição | 1968 | Lisboa | |
"Albufeira medieval", Bracara Augusta, vol. 14/15, separata | AZEVEDO, José Manuel Semedo de | Edição | 1963 | Braga | |
Albufeira: percursos de uma história singular | NOBRE, Idalina Nunes | Edição | 1995 | Albufeira | |
Breve história de Albufeira | NOBRE, Idalina Nunes | Edição | 1989 | Albufeira | |
Bibliografia do concelho de Albufeira | AMADO, Adelaide | Edição | 1993 | Albufeira | |
Roteiros histórico-monumentais da cidade de Albufeira | AMADO, Adelaide | Edição | 1993 | Albufeira | |
Cronologia do concelho de Albufeira | AMADO, Adelaide | Edição | 1995 | Albufeira |
Antigas instalações da Misericórdia de Albufeira - Fachada principal
Antigas instalações da Misericórdia de Albufeira - Antigo acesso à Porta da Praça e da Torre do Relógio, actualmente integrada no Hospital