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DETALHES

Ponte romana na freguesia de Estorãos
Designação
DesignaçãoPonte romana na freguesia de Estorãos
Outras Designações / PesquisasPonte de Estorãos / Ponte Romana de Estorãos (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Ponte
TipologiaPonte
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViana do Castelo/Ponte de Lima/Estorãos
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Estorãos Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.785886-8.644718
DistritoViana do Castelo
ConcelhoPonte de Lima
FreguesiaEstorãos
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IM - Interesse Municipal
CronologiaA classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001
Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSão ainda muito discutidas as origens e as fases construtivas desta ponte. As opiniões mais consensuais (as que se fundam na análise criteriosa dos vestígios materiais remanescentes) coincidem na sua catalogação romana (MELO, 1967; RIBEIRO, 1998, p.187), mas há vários indícios que apontam para que, primeiro na Idade Média e, depois, na época moderna, tenham existido campanhas construtivas com algum impacto; isto é, embora se desconheçam as suas características básicas e respectivas cronologias, não se terão limitado a consolidar a estrutura já existente, actuando sobre ela de alguma forma.
Na época romana, a ponte fazia parte de uma das mais importantes vias da região, ligando a Ponte de Lima mas, mais importante, implantando-se na estrada que colocava em comunicação Braga e o noroeste peninsular. A sua relevância, neste contexto, determinou certamente a construção da obra que, genericamente, chegou até aos nossos dias.
A sua estrutura é comum, embora conferindo maior relevo que o habitual aos suportes intermédios. Compõe-se de três arcos de volta perfeita - sendo o central de maior vão que os laterais -, de aduelas e aparelho muito regular e de bom tamanho. Entre eles, existem poderosos talhamares triangulares, bem salientes, que conferem ao monumento uma exagerada imagem de robustez que não é comum encontrar-se na actividade pontística romana. Este facto, a par das diferenças de aparelho nos talhamares e do simples encosto destes elementos aos pegões (NOÉ, 1992, DGEMN on-line), parece vir confirmar a existência de uma campanha reformadora na Idade Moderna, provavelmente nos séculos XVI ou XVII, como sugeriu Ferreira de Almeida (ALMEIDA, 1987, p.118).
O aparelho de enchimento encontra-se muito obstruído pela densa vegetação, mas é possível encontrar algumas fiadas menos cuidadas que as que compõem o intradorso dos arcos, sintoma de uma provável reconstrução medieval. Esta hipótese é alargada ainda pela análise das guardas - claramente dissonantes em relação aos silhares de origem romana - e do perfil do tabuleiro - em duplo cavalete rampante, acompanhando a diferença de abertura do arco médio em relação aos laterais, tão ao gosto da Baixa Idade Média.
Desta forma, e ainda sem um estudo rigoroso da ponte, podemos considerar três grandes fases construtivas, em outras tantas épocas: à primitiva edificação romana, ter-se-á seguido uma reconstrução medieval (que actuou preferencialmente sobre o aparelho de enchimento e o tabuleiro) e, posteriormente, uma moderna (a que se deverá um maior cuidado com a estrutura, reforçando-a com poderosos talhamares).
Da época moderna datam outros dois dispositivos públicos relacionados com a ponte: um cruzeiro e uma alminha. Tratam-se de exemplos característicos da sacralidade que, ao longo dos tempos, rodeou estas passagens ribeirinhas e, de uma forma geral, os próprios caminhos. Paulo Pinto relacionou-os com a cristianização de antigas estruturas romanas (PINTO, 1998, p.93), mas a verdade é que desempenharam uma vocação muito mais devocional aplicada ao gesto de viajar, que se pretendia em segurança física e espiritual.
O cruzeiro implanta-se ao meio do pavimento, nas guardas voltadas a montante, e é uma peça restaurada nos anos 60 do século XX, composta por coluna delgada encimada por capitel jónico e sobrepujada por cruz. A alminha é mais complexa e localiza-se num dos extremos da estrutura. Compõe-se de espaldar recto encimado por frontão contracurvado, onde assenta uma cruz, e possui, ao centro, um painel cerâmico de carácter popular, alusivo às Almas do Purgatório.
Praticamente em ruínas na década de 40 do século XX, a ponte foi parcialmente restaurada em 1949, por iniciativa da Câmara Municipal de Ponte de Lima que, entre outros trabalhos, substituiu integralmente o pavimento, renovou parte das guardas e consolidou as juntas com cimento.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Alto MinhoALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira deEdição1987Lisboa
Caminhos velhos e Pontes de Viana e Ponte de LimaARAÚJO, José Rosa deEdição1962Viana do Castelo
Itinerários de Ponte de LimaREIS, António MatosEdição1973Ponte de Lima
Pontes Antigas ClassificadasRIBEIRO, Aníbal SoaresEdição1998Lisboa
Pontes romanas de PortugalPINTO, Paulo MendesEdição1999LisboaData do Editor : 1999
Inventário Artístico da Região Norte - III (Concelho de Ponte de Lima)Edição1974Portosérie «Estudos Regionais» - n.º 10

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