Castro de Ovil | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castro de Ovil | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castro de Ovil (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Povoado Fortificado | ||||||||||||
Tipologia | Povoado Fortificado | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Aveiro/Espinho/Paramos | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Aveiro | ||||||||||||
Concelho | Espinho | ||||||||||||
Freguesia | Paramos | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IM - Interesse Municipal | ||||||||||||
Cronologia | A classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001 Decreto n.º 29/90, DR, I Série, n.º 163, de 17-07-1990 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181501 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Quando, em 1963, analisou documentação medieval relativa ao território onde o povoado teria sido construído durante a 2.ª Idade do Ferro desta região do actual território português, Arlindo de Sousa admitiu a sua existência em Paramos. Foi com base nesta possibilidade que a zona foi prospectada por uma equipa do "Grupo de Estudos para a Defesa do Ambiente e do Património Cultural de Espinho", identificando o povoado em 1981, num local conhecido por Castelo, um topónimo que indiciaria, à partida, a presença de estruturas antigas, como sucede com relativa frequência noutros pontos do país.
Os trabalhos de sondagem e de escavação conduzidos desde então, e sobretudo após a aquisição, por parte da Câmara Municipal de Espinho, em 1986, do terreno em que o povoado foi implantado, e a sua classificação como "Imóvel de Valor Concelhio" (o actual nível de "Imóvel de Interesse Municipal"), em 1990, têm permitido a exumação de uma série de artefactos característicos do período em que foi erguido. Construído no topo de uma pequena colina bordejada, a Sul e a Oeste, pela rib.ª de Rio Maior, o povoado distribuir-se-ia, na origem, ao longo de apenas dois hectares. Mas, contrariamente ao que sucede na maioria dos exemplares desta tipologia, este castro não parece ter possuído qualquer sistema defensivo constituído, quer por muralhado, quer por taludes, tendo apenas usufruído das condições naturais de defesa conferidas pelo próprio leito cavado da ribeira e pelos rochedos aí existentes. A única preocupação terá residido nas vertentes voltadas a Norte e a Este, onde se construiu um fosso bastante profundo no afloramento xistoso. As investigações permitiram identificar uma série de estruturas habitacionais de planta circular assentes directamente sobre o afloramento, posteriormente dotadas de vestíbulo. Entretanto, as escavações conduzidas noutros sectores do recinto revelaram a presença de outras edificações de carácter industrial, especialmente uma lagareta que poderia ter sido utilizada para a produção vinícola, oleícola ou, até mesmo, para a conserva e salga de alguns alimentos (SALVADOR, J. F., SILVA, A. M. S. P., 2000, p. 172). Do espólio recolhido até ao momento, destaca-se a abundante presença de fragmentos cerâmicos característicos do universo castrejo, como talhas, panelas e vasos, de perfil em "S" e decorados por incisão, perfazendo triângulos preenchidos por linhas paralelas, oblíquas e reticuladas, assim como por impressão, configurando círculos, "SS" e escudetes. Além da cerâmica, foram exumados materiais decorrentes das actividades desenvolvidas pelos habitantes do povoado, a exemplo de pesos de tear e de cossoiros, pesos de rede, mós e escórias de fundição, não tendo sido detectados elementos suficientemente consistentes que nos permitam falar de uma ocupação romana no local, como ocorre em parte expressiva destes povoados de altura, balizando-se a sua existência entre o século II a.C. e o início do I d.C. Nos últimos anos, foi elaborado, pelo Gabinete de Arqueologia criado pela autarquia de Espinho, um programa museológico abrangente para a estação arqueológica que, no entender dos autores, deve "[...] retratar a memória histórica e cultural da comunidade castreja de Ovil, através da salvaguarda e valorização in situ do povoado." (Id., Idem, p. 173), o qual, conjuntamente a aspectos tão essenciais quanto o da sinalização, contempla a instalação de um centro de acolhimento nas ruínas da antiga Fábrica de Papel, dotado de uma área de exposição. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 13 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Complexificação das sociedades e sua inserção numa vasta rede de intercâmbios", Nova História de Portugal | JORGE, Vítor de Oliveira | Edição | 1990 | Lisboa | pp. 213-255 |
Castelologia medieval de Entre-Douro-e-Minho. Das origens a 1220 | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1978 | Porto | |
De terra em terra: excursões arqueológico-etnográficas através de Portugal (Norte, Centro, e Sul) | VASCONCELLOS, José de Leite de | Edição | 1927 | Lisboa | Vols 1 e 2 |
"Notícia da localização do Castro de Ovil em Paramos", Espinho. Boletim Cultural | BRANDÃO, Francisco A. | Edição | 1982 | Espinho | 4. 14, pp. 175-182 |
"Da descoberta do castro de Ovil à descoberta de um Gabinete de Arqueologia", Al-madan | SALVADOR, Jorge Fernando | Edição | 2000 | Almada | 2.ª série, n.º 9, pp. 169-173 |
"Alguns problemas históricos a respeito da Barrinha de Esmoriz", Boletim Cultural de Espinho | AMORIM, Aires de | Edição | 1980 | Espinho | vol. 2, n.º 4 |
"Da descoberta do castro de Ovil à descoberta de um Gabinete de Arqueologia", Al-madan | SILVA, António Manuel S. P. | Edição | 2000 | Almada | 2.ª série, n.º 9, pp. 169-173 |
Castro de Ovil - Vista parcial das estruturas habitacionais
Autor: Lsilva1969, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castro de Ovil - Vestígios das estruturas habitacionais
Autor: Lsilva1969, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castro de Ovil - Estruturas habitacionais de planta circular com vestíbulo
Autor: Lsilva1969, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castro de Ovil - Vista parcial dos vestígios das habitações
Autor: Lsilva1969, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castro de Ovil - Vista geral das habitações
Autor: Lsilva1969, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castro de Ovil - Estrutura habitacional de planta circular com vestíbulo
Autor: Lsilva1969, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castro de Ovil - Vista de uma habitação com vestíbulo
Autor: Lsilva1969, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castro de Ovil - Vista geral do castro
Autor: Lsilva1969, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castro de Ovil - Vista geral do castro
Autor: Lsilva1969, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castro de Ovil - Estrutura habitacional de planta circular com vestíbulo
Autor: Lsilva1969, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castro de Ovil - Vista geral das habitações
Autor: Lsilva1969, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castro de Ovil - Vista parcial do castro
Autor: Lsilva1969, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castro de Ovil - Habitação circular com vestíbulo
Autor: Lsilva1969, em colaboração com Wiki Loves Monuments