Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Fonte armoreada existente nos jardins da Casa de Cabanelas
Designação
DesignaçãoFonte armoreada existente nos jardins da Casa de Cabanelas
Outras Designações / PesquisasFonte Armoriada nos Jardins da Casa de Cabanelas (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Fonte
TipologiaFonte
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPorto/Penafiel/Bustelo
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Cabanelas Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.236342-8.259875
DistritoPorto
ConcelhoPenafiel
FreguesiaBustelo
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IM - Interesse Municipal
CronologiaA classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001
Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
Edificada na primeira metade do século XVIII, a fonte armoriada da Casa de Cabanelas ergue-se no terreiro defronte ao solar mandado erigir pelos Sottomayor Menezes em Bustelo, no concelho de Penafiel. Terá sido construída durante a campanha de obras de ampliação do edifício habitacional, iniciada em 1690 e apenas concluída em 1771, tudo indicando que a sua fábrica se deve a António Afonso de Meneses Pereira de Sottomayor.
A fonte barroca apresenta espaldar definido por pilastras laterais encimadas por vasos e unidas por aletas que formam um frontão triangular, interrompido. Ao centro, entre volutas e outros enrolamentos que preenchem a totalidade do pano murário, observa-se um escudo esquartelado: no primeiro, Pereira; no segundo Sottomayor; no terceiro Silva; e no quarto Meneses. Tem elmo de perfil e timbre dos Pereiras (Silva: 1958, p. 25). A bica, em forma de carranca, jorra água para um tanque formado por uma pedra escavada.
A casa, de planta retangular, apresenta uma longa fachada, que se caracteriza pela depuração do conjunto, com janelas ao nível do andar nobre e portas de verga reta no piso térreo. Ao centro foi erigida uma escadaria de lanço único que permite o acesso à porta principal, no andar nobre. Sobre a cornija, ergue-se um outro piso, possivelmente acrescentado numa época posterior, que desenha um frontão triangular sobre a entrada. Na fachada posterior eleva-se uma torre ameada, vestígio de construções mais antigas, e algumas dependências de cariz utilitário.
Na extremidade esquerda do frontispício foi construída a capela, uma edificação de meados do século XX, época em que o primitivo templo particular da casa foi demolido por estar mal localizado em relação à casa e aos jardins (Pimentel: 1965, pp. 47-48), dando lugar ao atual. Entre a casa e a capela foi erguido um pequeno corpo, com varanda protegida por balaustrada.
História
É à família Sottomayor e Meneses que se atribui a edificação, ou ampliação, da Casa de Cabanelas entre 1690 e 1771 (Pimentel: ibidem, p. 45)
A data de 1690, que tem vindo a ser entendida como o início das obras de ampliação de um imóvel já aí existente, encontrava-se numa janela de pedra que ligava a casa à capela. A janela encontra-se, hoje, no Museu Arqueológico de Penafiel, depois de ter sido substituída por uma porta, em meados do século XX (Silva: ibidem). Não se conhece também o nome do proprietário que patrocinou estas obras, apenas se identificando D. Teresa Maria da Silva e Magalhães como Senhora da Casa, cerca de 1700.
Já em 1771, ano que surge no peitoril de uma outra janela e que se assume como o ano de conclusão das obras, era proprietário da casa Bento Rodrigo Pereira Sottomayor e Meneses, casado com Clara Rosa Benedita de Barbosa.
Terá sido António Afonso de Meneses Pereira de Sottomayor, que em 1732 casou com a herdeira da Casa de Cabanelas, Clidónia Rosa de Magalhães da Silva, e foi pai do referido Bento Sottomayor e Meneses, o responsável pela edificação da fonte, tal como parecem indicar as armas observadas no escudo. No mesmo sentido concorre a própria configuração da fonte, que permite a atribuição da sua construção à primeira metade do século XVIII.
Catarina Oliveira
DGPC, 2016
(com a colaboração de Maria Helena Bernardo, Museu de Penafiel)
ProcessoLugar de Cabanelas
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
As Freguesias do Distrito do Porto nas Memórias Paroquiais de 1758OLIVEIRA, Carlos Prada deEdição2009Braga
Nobres Casas de PortugalSILVA, António Lambert Pereira daEdição1958Porto
As Freguesias do Distrito do Porto nas Memórias Paroquiais de 1758BORRALHEIRO, RogérioEdição2009Braga
As Freguesias do Distrito do Porto nas Memórias Paroquiais de 1758CAPELA, José ViriatoEdição2009Braga
As Freguesias do Distrito do Porto nas Memórias Paroquiais de 1758MATOS, HenriqueEdição2009Braga
"O Solar de Cabanelas", Penafidel. Boletim da Comissão Municipal de Cultura, 2.ª Série, n.º 3, p. 45-48PIMENTEL, ÂngeloEdição1965Penafiel

IMAGENS

Fonte armoreada existente nos jardins da Casa de Cabanelas - Porta principal da casa

Fonte armoreada existente nos jardins da Casa de Cabanelas - Vista geral da fonte armoriada

Fonte armoreada existente nos jardins da Casa de Cabanelas - Vista geral da casa e capela

Fonte armoreada existente nos jardins da Casa de Cabanelas - Vista do espaldar da fonte

Fonte armoreada existente nos jardins da Casa de Cabanelas - Anexos da casa, com vista da torre edificada na fachada posterior

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