Edifício do Museu de Arte Popular | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Edifício do Museu de Arte Popular | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Museu de Arte Popular (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Edifício | ||||||||||||
Tipologia | Edifício | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/Belém | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Lisboa | ||||||||||||
Freguesia | Belém | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 263/2012, DR, 2.ª série, n.º 125, de 29-06-2012 (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 27-02-2012 do diretor-geral da DGPC Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Anúncio n.º 8795/2011, DR, 2.ª série, n.º 121, de 27-06-2011 (ver Anúncio) Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Parecer favorável de 23-03-2010 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P Proposta de 3-02-2010 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo para a classificação como IIP Despacho de abertura 15-07-2009 do director do IGESPAR, I.P. Parecer de 15-07-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. a propor a reabertura do processo de classificação do edifício do Museu de Arte Popular Requerimento de 12-09-2009 de vários subscritores para a reabertura do processo de classificação Despacho de 28-11-2007 do director do IGESPAR, I.P. a revogar o despacho de abertura Proposta de 21-11-2077 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo para a revogação expressa do despacho de abertura Despacho de concordância de 23-05-2007 do presidente do IPPAR Parecer de16-05-2007 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. a propor a não classificação nacional, por existir a necessidade de dar um novo uso ao edifício, incompatível com a presença dos elementos de pintura que constituem parte dos revestimentos parietais, que serão tapados para poderem ser preservados, e por já estar na ZEP do Mosteiro dos Jerónimos Parecer favorável de 7-08-2006 do IPM Proposta de 12-07-2006 da DR de Lisboa do IPPAR para a classificação do Antigo Pavilhão da Vida Popular da Exposição do Mundo Português de 1940, actual Museu de Arte Popular, incluindo os respectivos pátios e espaços ajardinados Despacho de de 12-12-1991 a determinar a abertura da instrução do processo de classificação Proposta de9-11-1981 do MAP para a classificação do museu | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 263/2012, DR, 2.ª série, n.º 125, de 29-06-2012 (sem restrições) (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 27-02-2012 do diretor-geral da DGPC Anúncio n.º 8795/2011, DR, 2.ª série, n.º 121, de 27-06-2011 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 30-03-2011 do diretor do IGESPAR, I.P. Parecer favorável de 30-03-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 1-03-2011 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo Despacho de 15-12-2011 do diretor do IGESPAR, I.P: para que seja elaborada uma proposta de ZEP | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O edifício do Museu de Arte Popular, em Belém, resulta da adaptação de alguns dos antigos Pavilhões da Vida Popular, projectados entre 1938 e 1940 pelos arquitectos António Maria Veloso Reis Camelo e João Simões, integrados no conjunto construído para a Exposição do Mundo Português de 1940. Na altura, o Pavilhão recebeu decoração de carácter efémero, ainda que assinada por alguns grandes nomes do panorama artístico nacional, como os pintores e decoradores D. Tomaz de Mello (Tom), Fred Kradolfer, Carlos Botelho, Bernardo Marques, Emmérico Nunes, José Rocha, Estrela Faria, Paulo Ferreira e Eduardo Anahory, e os escultores Barata Feyo e Henrique Moreira. O edifício, de tipologia "chã", possui uma gramática arquitectónica muito simples, acentuada pelos materiais construtivos utilizados, adequados a um pavilhão expositivo pensado para ser efémero. O conjunto foi construído em alvenaria rebocada e pintada, sobre estrutura de metal e armações de madeira e estuque, com detalhes em cantaria de calcário e ferro forjado. É constituído por diversos corpos rectangulares escalonados, com fachadas simétricas, apresentando jogos de texturas e decorações remetendo para a arte popular, a arquitectura vernácula e os matérias tradicionais - caso da telha, da cerâmica, ou da madeira, numa abordagem a um tempo modernista, e de cariz historicista. A sua implantação, junto do Espelho de Água de Belém e na vizinhança do Padrão dos Descobrimentos, obras coevas, acrescenta o interesse historiográfico e cenográfico da construção. Após a exposição, e por decisão de António Ferro, director do SNI, foi aí instalado o MAP (inaugurado em 1948), com a adaptação do espaço entregue ao arquitecto Jorge Segurado, que já colaborara na Exposição (como arquitecto das Aldeias Portuguesas). Segurado elaborou um projecto de museologia inovador, não apenas para o país, mas igualmente a nível internacional, garantindo as melhores condições expositivas para o excelente acervo de arte popular então reunido. O projecto agrega a arquitectura, a escultura e a pintura num programa global modernista de boa qualidade, que se apresenta sobretudo como um dos últimos testemunhos da Exposição de 1940, bem como da ideologia que presidiu à sua criação. Sob a coordenação do Secretariado da Propaganda Nacional, o conjunto de pavilhões da Exposição reflectia a visão do Estado Novo de uma ruralidade mítica e muito folclórica, imbuída de um forte historicismo paternalista, mas igualmente o interesse que desde o início da centúria se fazia sentir na Europa pelo tema do campo, da aldeia, e das tradições populares. O espaço museológico, onde se agrupam por regiões várias colecções de arte popular resultantes de diversas recolhas de peças feitas para anteriores exposições, ou expressamente para o MAP, é animado pela transparência de algumas paredes, que possibilitam a visão dos pátios e espaços ajardinados do exterior e a sua integração no olhar do visitante. As salas originais representavam as regiões de Entre-Douro e Minho, Trás-os-Montes, Beiras, Estremadura, Alentejo, Ribatejo e Algarve. Artistas que já haviam participado na empreitada de 1940 foram igualmente chamados para dar forma ao Museu, nomeadamente D. Tomaz de Mello, que dirigiu a campanha pictórica, Carlos Botelho, Estrela Faria, Paulo Ferreira, Barata Feyo e Henrique Moreira, aos quais se somam os nomes do pintor Manuel Lapa e do escultor Júlio de Sousa. No exterior foram mantidos os elementos escultóricos de Barata Feyo e Henrique Moreira, realizados para o pavilhão de 1940. O conjunto sofreu diversas intervenções ao longo das décadas, incluindo a demolição de uma parte. A partir de 2000 foi realizado, de forma faseada, um projecto de reabilitação do Museu, não inteiramente concluído. Sílvia Leite / DIDA- IGESPAR, I.P. /2009 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Mosteiro de Belém, compreendendo os túmulos, designadamente os de D. Manuel, de D. João III, de D. Sebastião e do Cardeal D. Henrique | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 56 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
A Arquitectura Modernista em Portugal (1890-1940) | FERNANDES, José Manuel | Edição | 1993 | Lisboa | |
A Arte em Portugal no século XX | FRANÇA, José-Augusto | Edição | 1991 | Lisboa | |
Arquitectura no Estado Novo: uma leitura crítica | ALMEIDA, Pedro Vieira de | Edição | 2002 | Lisboa | |
A Exposição do Mundo Português (1940) e as suas arquitecturas (tese de mestrado) | COSTA, Teresa de Jesus da | Edição | 1999 | Lisboa, Universidade Lusíada | |
Mário Novais - Exposição do Mundo Português 1940 | SERRA, Cláudia | Edição | 1998 | Lisboa | |
Jorge Segurado (1889-1990), o arquitecto, o seu tempo e a sua obra, in Arquitectos, nº 189, Mar/Abr. 1999 | GALVÃO, Andreia Aires de Carvalho | Edição | 1999 | Lisboa |
Edifício do Museu de Arte Popular - Entrada principal (fachada norte)
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: relevos da autoria de Júlio de Sousa
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: relevos da autoria de Júlio de Sousa
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente: relevos verticais representando figuras populares e cenas agrícolas, da autoria de Henrique Moreira
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada sul e réplica de farol
Edifício do Museu de Arte Popular - Escultura representando junta de bois (fachada sul)
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente e Espelho de Água
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente (ao fundo, o Centro Cultural de Belém)
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente: janelões com grades de ferro forjado
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente: relevo decorativo do corpo central
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente: relevo decorativo do corpo central
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente: pormenor do revestimento do corpo central
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: pilares do corpo central
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente (ao fundo, o Centro Cultural de Belém)
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: pormenor do pilar do corpo central
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente: escultura da autoria de Adelina de Oliveira
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente: vista parcial e escultura da autoria de Adelina de Oliveira
Edifício do Museu de Arte Popular - Jardim do Japão e fachada poente
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada sul
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente: pormenor do revestimento do corpo central
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: janelão com ombreiras de tijolo
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada sul: escultura representando junta de bois
Edifício do Museu de Arte Popular - Jardim do Japão e fachada poente
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente: relevo decorativo do corpo central
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada norte: acesso principal
Edifício do Museu de Arte Popular - Zona envolvente a sul: réplica de farol
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: lago do antigo chafariz
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: porta com gradeamento em ferro
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente: escultura da autoria de Adelina de Oliveira
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada sul: janelas com grades de ferro forjado
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente, Jardim do Japão e réplica de farol
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: arcaria e torre
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: relevos da autoria de Júlio de Sousa
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente
Edifício do Museu de Arte Popular - Vista geral (fachadas poente e sul)
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada norte: arcadas
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada sul: corpo central
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada nascente
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: pormenor decorativo de pilar
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: janelões com grades de ferro forjado
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente
Edifício do Museu de Arte Popular - Zona envolvente a poente: lago do antigo chafariz e vista parcial do Jardim do Japão
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: vista parcial
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: relevos decorativos, da autoria de Júlio de Sousa
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente e Jardim do Japão
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: pormenor
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: janelões do corpo central
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: pormenor
Edifício do Museu de Arte Popular - Átrio da fachada poente: fonte decorativa da autoria do arquitecto Cottinelli Telmo
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: corpo central
Edifício do Museu de Arte Popular - Átrio da fachada poente
Edifício do Museu de Arte Popular - Fachada poente: janelas voltadas ao átrio
Edifício do Museu de Arte Popular - Planta anexa à portaria de classificação e fixação da respetiva ZEP, com a delimitação e a ZEP em vigor