Solar da Farrobeira | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Solar da Farrobeira | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Solar da Farrobeira (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Solar | ||||||||||||
Tipologia | Solar | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Olhão/Moncarapacho e Fuseta | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Olhão | ||||||||||||
Freguesia | Moncarapacho e Fuseta | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Procedimento caducado - sem protecção legal | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||||||||||
Cronologia | Procedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O Solar da Farrobeira é uma construção privada setencentista, terminada muito possivelmente em 1737, data que figura numa inscrição na entrada da capela. Ao longo da sua história, serviu de residência a uma importante família nobre e rural da região, mas as mutações sócio-económicas do século XX determinaram a sua perda de função e o consequente abandono. Em 1998, já em adiantado estado de degradação, foi colocado à venda, prevendo-se para breve uma campanha de obras que, inevitavelmente, adulterará a imagem original do conjunto. Compositivamente, o solar divide-se em três zonas distintas, perfeitamente marcadas na fachada principal: a área habitacional ocupa o espaço central, existindo, à esquerda, a capela e, à direita, a cozinha e demais dependências de apoio. A frontaria é, assim, o principal elemento de impacto do conjunto, desenvolvendo-se numa compacta massa horizontal, de um só andar, embora assimétrica. Com efeito, comprova-se que a organização dos alçados privilegiou uma preocupação funcional, se bem que a intenção de lhe conferir maior monumentalidade não esteja de todo ausente. Duas portas, intercaladas por sete janelas, em posição não simétrica entre si, marcam o alçado, sendo a sugestão de unidade dada pelo perfil do frontão que as encima, que é uniforme, composto por três segmentos contracurvados com motivo floral no tímpano. Superiormente, a empena é horizontal, marcada por cornija, existindo uma platibanda acima da linha de telhado seccionada em oito panos por pilastras e integrando cartelas axiais. Esta platibanda é o elemento que sugere maior monumentalidade à frontaria, sugestão que se encontra também materializada no corrido degrau que antecede o edifício e na fachada principal da capela. Esta é de pano único entre cunhais-pilares encimados por fogaréus quadrangulares de terminação piramidal; o portal axial é de padieira recta, moldurado e encimado por ligeiro entablamento horizontal (sobre o qual existe uma pequena cartela de volutas cujo interior ostenta a inscrição com a data de 1737), e é ladeado por duas janelas quadrangulares com grelha de ferro em cruz; a empena retoma a sugestão de maior monumentalidade, na medida em que se compõe por amplo frontão circular, de desenvolvido cornijamento, rematado axialmente por cruz sobre peanha. Em posição um pouco recuada em relação à frontaria, existe uma torre sineira, de dois andares, marcada superiormente por arco sineiro de volta perfeita. São muitas as dependências anexas de apoio, como estábulos, oficina, arrecadações, etc. A fachada posterior é particularmente importante para a correcta caracterização da vivência quotidiana deste espaço. Enquanto que, do lado dianteiro, o edifício denuncia uma clara tentativa de monumentalidade e até de cenografia, na secção posterior as dependências organizam-se para responder convenientemente às exigências de uma propriedade rural, cujas funções eram concentradas no edifício principal. O interior foi alvo de uma pontual modificação no século XIX, mas mantém genericamente a organização original, conseguida através de um corredor transversal que corre ao longo das fachadas principal e posterior. A partir deste, abrem-se as várias dependências, as principais apresentando tectos trabalhados a estuque e a sala de jantar pinturas de parede e um armário embutido. O interior da capela é comunicante com a área habitacional e compõe-se por nave única e capela-mor quadrangular, com arco triunfal de volta perfeita encimado pelo brasão da família e retábulo-mor de talha com nicho central. Pela sua posição rural, pela relevância histórica local (que não tem paralelo noutra edificação do concelho de Olhão), pelos elementos construtivos caracteristicamente algarvios e meridionais - como os telhados de tesouro, os contrafortes de algumas dependências, as cartelas e as platibandas, a chaminé quadrangular, etc. -, este conjunto tem uma inegável importância patrimonial, cujos valores essenciais importa preservar. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 0 |