Igreja do Carmo | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja do Carmo | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Convento de Nossa Senhora do Carmo Igreja das Freiras Carmelitas / Igreja de Nossa Senhora do Carmo / Igreja das Freiras Carmelitas / Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Convento | ||||||||||||
Tipologia | Convento | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Lagos/São Gonçalo de Lagos | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Lagos | ||||||||||||
Freguesia | São Gonçalo de Lagos | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Procedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||||||||||
Cronologia | Anúncio n.º 13435/2012, DR, 2.ª série, n.º 182, de 19-09-2012 (ver Anúncio) Despacho de arquivamento de 23-11-2011 do diretor do IGESPAR, I.P. Parecer de 23-11-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor o arquivamento, atendendo ao estado do edifício e não sendo possível classificá-lo como de IM Procedimento prorrogado até 31-12-2011 pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Devolvido em 19-07-2010 pelo MC ao IGESPAR, I.P. para reponderar a classificação por ser propriedade da Igreja Católica, não podendo por isso ser classificado como IM Despacho de homologação de 31-07-1985 do Ministro da Cultura Parecer de 18-07-1985 do Conselho Consultivo do IPPC a propor a classificação da Igreja do Carmo como VC Despacho de abertura de 14-03-1984 Proposta de 29-03-1984 da CM de Lagos para a classificação da Igreja de Nossa Senhora do Carmo Proposta de 17-04-1982 da Secretaria Paroquial de Santa Maria para a classificação do Convento de Nossa Senhora do Carmo, ou Igreja das Freiras | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Implantado num dos pontos mais elevados de Lagos, e relacionando-se visualmente com os baluartes da Alcaria e da Porta dos Quartos, o antigo Convento de Nossa Senhora do Carmo é um dos poucos edifícios que atestam a permanência de casas religiosas na cidade. Edificado para uma comunidade de freiras carmelitas, o cenóbio foi fundado pelo padre Cristóvão Dias, em meados do século XVI, no local onde anteriormente existia a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, facto que está na origem da designação do novo estabelecimento. São muito escassas as informações que actualmente possuímos acerca deste convento. Ao que tudo indica, o projecto construtivo, realizado nessa segunda metade do século XVI, não se diferenciou grandemente do que foi usual na arquitectura conventual maneirista, como supõe Horta Correia (CORREIA, 1987, p.52). O pequeno portal lateral Sul, que ainda se conserva, moldurado em cantaria, de reduzidas dimensões, e encimado por um nicho de frontão triangular ladeado por pequenos pináculos, é um dos poucos exemplos remanescentes que atestam a dimensão dessa fábrica maneirista. Outros elementos, todavia, devem ser atribuídos a essa época, como a organização geral do conjunto religioso, com igreja de nave única e capela-mor com cúpula e, principalmente, a austeridade decorativa que ainda hoje se observa. Apesar de escassamente documentados sobre a marcha das obras, respectivos mestres e dominantes estéticas principais, o Convento de Nossa Senhora do Carmo foi, com certeza, uma instituição religiosa de algum poder, como se comprova pela lápide sepulcral de D. Manuel de Alencastre, Governador do Algarve e alcaide-mor do Castelo de Alvor, uma figura regionalmente importante da viragem para o século XVII. A primeira metade do século XVIII foi um período de relativa renovação da casa conventual. Novamente, faltam as informações sobre as obras então efectuadas, mas conservam-se os retábulos da igreja, barrocos, devidos a um artista desconhecido, mas perfeitamente integrados na estética e gosto da altura, destacando-se as quatro colunas pseudo-salomónicas do retábulo-mor. Um dos retábulos laterais, dedicado ao Senhor dos Passos, ficou a dever-se, parcialmente, a um morador de Loulé, que em 1744 assegurou o seu douramento, elemento que permite apontar uma cronologia aproximada para a feitura desta empresa (LAMEIRA, 2000, p.167). É comum afirmar-se que o Terramoto de 1755 arruinou o convento, facto que constantemente se repete, sem que exista uma cuidada monografia do monumento que verdadeiramente o comprove. A reedificação - ou parcial reformulação - foi impulsionada pelo então Bispo do Algarve, Fr. Lourenço de Santa Maria, sem que se conheçam quais as condições económicas que o possibilitaram e qual o papel da comunidade de freiras. Infelizmente, após a extinção das Ordens Religiosas, o edifício entrou num profundo período de decadência, que se prolongou até à actualidade. Logo em 1844, grande parte do edifício foi vendido a particulares, enquanto que uma pequena parcela foi convertida em Tribunal Judicial da Comarca de Lagos. Vinte anos depois, era aqui inaugurado o Teatro Gil Vicente, repetindo-se, aqui, o que aconteceu em outros edifícios religiosos do país, designadamente em São João do Alporão, Santarém. Já no século XX, praticamente todo o convento foi transformado em Escola Industrial (antecessora da Escola Secundária Gil Vicente, que actualmente ainda funciona nas instalações conventuais). O Convento de Nossa Senhora do Carmo não foi integrado no amplo processo de restauro da cidade, aquando das Comemorações Henriquinas de 1940. Décadas de abandono determinaram a degradação generalizada do espaço, processo que a Câmara Municipal tenta inverter, há anos, sem sucessos ainda assinaláveis. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 4 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 5 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Monografia de Lagos | ROCHA, Manuel João Paulo | Edição | 1909 | Porto | |
Estudo historico-monográfico da freguesia de Santa Maria do concelho de Lagos | MARTINS, José António Jesus | Edição | 1992 | Lagos | |
Lagos, Evolução Urbana e Património | PAULA, Rui Mendes | Edição | 1992 | Lagos | |
A arquitectura religiosa do Algarve de 1520 a 1600 | CORREIA, José Eduardo Horta | Edição | 1987 | Lisboa | |
A talha no Algarve durante o Antigo Regime | LAMEIRA, Francisco | Edição | 2000 | Faro |
Igreja do Carmo - Vista geral
Igreja do Carmo - Fachada lateral: nicho sobre o portal lateral
Igreja do Carmo - Torre sineira
Igreja do Carmo - Planta de localização