Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | A Voz do Operário / Edifício da Voz do Operário (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) Inventário Temático Norte Júnior 1905-1929 (Ver Inventário Temático Norte Júnior) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Edifício | ||||||||||||
Tipologia | Edifício | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | Norte Júnior | ||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/São Vicente | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Lisboa | ||||||||||||
Freguesia | São Vicente | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 740-BU/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 (suplemento), de 24-12-2012 (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 22-10-2012 do diretor-geral da DGPC Anúncio n.º 6250/2012, DR, 2.ª série, n.º 58, de 21-03-2012 (ver Anúncio) Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Despacho de concordância de 7-11-2011 do diretor do IGESPAR, I.P. Novo parecer de 7-11-2011 a propor a classificação como MIP Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Despacho de concordância de 20-06-2005 do presidente do IPPAR Parecer favorável de 4-05-2005 do Conselho Consultivo do IPPAR Proposta de 5-08-2004 da DR de Lisboa do IPPAR para a classificação como IIP Despacho de 18-02-1987 do presidente do IPPC a determinar a abertura da instrução do processo de classificação, na sequência de pergunta da Assembleia da República sobre se estava classificado ou se já havia proposta de classificação | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 740-BU/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 (suplemento), de 24-12-2012 (sem restrições) (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 22-10-2012 do diretor-geral da DGPC Anúncio n.º 6250/2012, DR, 2.ª série, n.º 58, de 21-03-2012 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 7-11-2011 do diretor do IGESPAR, I.P. Parecer favorável de 7-11-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 14-10-2011 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181504 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel Edifício da sede da Sociedade de Instrução e BeneficênciaA Voz do Operário, sito na da Rua do mesmo nome (originalmente R. da Infância), esquina com a Tv. de S. Vicente, 11-11A. Imóvel de planta retangular e imponente volumetria, constituído por três corpos interligados e habilmente adequados ao declive do terreno, cujo programa se distribui por 4 pisos, servindo as funções educativas e assistenciais que marcaram este inovador projeto. O alçado principal é composto por três corpos, o central recuado e de perfil irregular, sugerindo um proscénio, com dois pilares da ordem colossal, simultaneamente decorativos e comemorativos, encimados por frontão curvo em cujo tímpano se inscreve o nome da instituição. A entrada é feita por três portas de arcos plenos, ao centro, sendo que as demais fenestrações apresentam vergas retas ou em arco rebaixado. Nos corpos laterais, simétricos, as fachadas organizam-se em dois panos de três registos, o primeiro delimitado por cantaria aparelhada, que marca os cunhais e se prolonga superiormente em arco pleno, onde se rasgam fenestrações duplas, separadas por colunelo poligonal que no último registo sustenta um arco geminado. O segundo pano é rematado por frontão triangular, fechado por corpo prismático, com dois martelos cruzados e unidos por filacteras, em relevo, alusivos ao operariado. Em cada piso, a iluminação é feita por três janelas de peito curvo, que no piso térreo são separadas por pilares e unificadas por arco abatido, cujas aduelas estilizam rodas dentadas. O piso superior corresponde ao amplo Salão Nobre, cuja cobertura metálica assenta em asnas aparentes e montantes de ferro, é exemplo das virtudes da nova tecnologia, que permitiu vencer amplos vãos. O espaço, onde ocorriam projeções cinematográficas desde 1917, foi modernizado em 1931 e é dominado por três amplos vãos: ao centro, uma rosácea com vitrais de temática maçónica, vazada ao centro de frontão curvo e emoldurada por decoração neobarroca. De ambos os lados, janelas de arco triplo; nos corpos laterais, janelão único de arco rebaixado cujo fecho é marcado na fachada. As necessidades de iluminação do edifício determinaram a abertura de claraboia e a construção de um corpo poligonal, voltado para a Tv. de S. Vicente, com grandes janelões. O plano exterior das traseiras é ocupado por estreitas escadas de segurança, em ferro. O interior, que guarda muito do mobiliário e das decorações originais, é dominado pela imponente escadaria, anunciada na volumetria do frontispício, que liga os corredores centrais dos vários pisos e conduz ao Salão. História O edifício foi construído de raiz em terreno exíguo, cedido pelo Governo de João Franco, com o fito de albergar as escolas e os serviços da instituição nascida em 1883 para prestar assistência humanitária e educativa aos operários da indústria tabaqueira, posteriormente alargada a trabalhadores de outras indústrias. O projeto foi encomendado pela Sociedade a Manuel Joaquim Norte Júnior, que concebeu um edifício funcional dentro da estética do Ecletismo historicista, associado à nova arquitetura do ferro. Tendo por construtor João Maria da Cruz, a 1ª pedra foi lançada em outubro de 1912. Novo projeto daquele arquiteto, de agosto de 1914, receberia aprovação camarária em dezembro, condicionada à revisão da largura das portas de saída do Salão para a varanda; era então seu construtor António Dias Monteiro. Este raro equipamento cívico em que foi utilizada a tecnologia do ferro, foi inaugurado em 07/12/1930 mas concluído apenas dois anos mais tarde, não sem antes ter sofrido algumas alterações e diversos atrasos por força da Grande Guerra e de constrangimentos financeiros que determinaram o recurso a empréstimos bancários. À data da sua conclusão, o imóvel albergava o mais importante núcleo de instrução primária de Lisboa.Em 2012, foi classificado Monumento de Interesse Público. Elsa Garrett Pinho DGPC,2015 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 25 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 24 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A Arquitectura Modernista em Portugal (1890-1940) | FERNANDES, José Manuel | Edição | 1993 | Lisboa | |
A Arquitectura do Princípio do Século em Lisboa (1900-1925). | FERNANDES, José Manuel | Edição | 1991 | Lisboa | Lisboa |
"A arquitectura do ferro e do betão". In Portugal Contemporâneo (dir. António Reis), vol. 3, pp. 281-296 | FERNANDES, José Manuel | Edição | 1990 | Lisboa | |
"Voz do Operário". Expresso Revista, 25 de janeiro de 1997 | FERNANDES, José Manuel | Edição | 1997 | Lisboa | |
Cinemas de Portugal | FERNANDES, José Manuel | Edição | 1995 | Lisboa | |
Sociedade de Instrução e Beneficência "A Voz do Operário". Uma associação representativa da classe dos manipuladores do tabaco, em particular, e da classe operária, em geral. Dissertação de Mestrado | LOPES, Ramiro José Ferreira | Edição | 1995 | Lisboa | |
"Arquitectura Portuguesa do Século XX", in História da Arte Portuguesa (dir. Paulo Pereira), vol. 3 | TOSTÕES, Ana Cristina | Edição | 1995 | Lisboa | |
Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa | AA VV | Edição | 1987 | Lisboa Data do Editor : 1987 | |
"Voz do Operário". In Dicionário da História de Lisboa, p. 965 | SANTANA, Francisco | Edição | 1994 | Lisboa | |
"Norte Júnior - O percurso e a obra de um arquitecto artista". Sociedade Amor da Pátria. 150º Aniversário. 1859-2009. | CALADO, Maria | Edição | 2009 | Horta | |
Arquitectura Moderna e Obra Global a partir de 1900 | TOSTÕES, Ana | Edição | 2009 | Porto | Colecção Arte Portuguesa - Da Pré-História ao Século XX, n.º 16 |
Norte Júnior: obra arquitectónica, Tese de Mestrado em História da Arte. | PAIXÃO, Maria da Conceição Ludovice | Edição | 1989 | Lisboa | |
"Estética masónica y modernismo portugués. Lisboa y el arquitecto Manuel Joaquim Norte Júnior". Akros. Revista de Patrimonio, n.º 12, pp. 40-47 | MARTÍN LÓPEZ, David | Edição | 2013 | Melilla | |
Os Cinemas de Lisboa. Um Fenómeno Urbano do Século XX | ACCIAIUOLI, Margarida | Edição | 2013 | Lisboa | |
O Centenário da Sociedade "A Voz do Operário" | SANTOS, F. Piteira | Edição | 1983 | Lisboa | |
"Filantropia e Arquitetura: da 1.ª República ao Estado Novo (1880-1920) ". Revista Arquitectura Lusíada, N.º 2 (1º semestre de 2011), pp. 19-32 | MENDES, José Ribeiro | Edição | 2011 | Lisboa | |
A República e a educação: do ideal às realizações | PINTASSILGO, Joaquim | Edição | 2009 | Lisboa | [Em linha]. URL: http://hdl.handle.net/10451/4018 (consultado em 02/11/2015). |
O público e o privado na História da Educação. O exemplo de Portugal (segunda metade do século XIX - início do século XX) | PINTASSILGO, Joaquim | Edição | 2011 | Lisboa | [Em linha] URL: http://hdl.handle.net/10451/8351 (consultado em 02/11/2015). |
Experiências republicanas e intervenções educativas (o exemplo da I República Portuguesa,1910-1926) | PINTASSILGO, Joaquim | Edição | 2012 | Lisboa | [Em linha] URL: http://hdl.handle.net/10451/10732 (consultado em 22/10/2015) |
"O ensino não-oficial na 1ª República - (A Voz do Operário)". Análise Psicológica, 3 (V), pp. 363-374 | TAVARES, David | Edição | 1987 | Lisboa | [Em linha]. URL: http://repositorio.ispa.pt/bitstream/10400.12/2198/1/1987_3_363.pdf (consultado em 03/10/2015) |
"O ensino não-oficial na 1ª República - (A Voz do Operário)". Análise Psicológica, 3 (V), pp. 363-374 | PIMENTA, Manuel | Edição | 1987 | Lisboa | [Em linha]. URL: http://repositorio.ispa.pt/bitstream/10400.12/2198/1/1987_3_363.pdf (consultado em 03/10/2015) |
"Filantropia e Arquitetura: da 1.ª República ao Estado Novo (1880-1920) ". Revista Arquitectura Lusíada, N.º 2 (1º semestre de 2011), pp. 19-32 | GALVÃO, Andreia Aires de Carvalho | Edição | 2011 | Lisboa | |
"Edifício da Voz do Operário". SIPA-Sistema de Informação para o Património Arquitetónico | Obra | ||||
Arquivo Nacional Torre do Tombo. Fundo: Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário. Secção: Atas da Assembleia Geral. Unidade de Instalação: Actas nº 8 (1 livro). Datas de Produção: 1914-04-16 a 1916-02-10. Código de Referência: PT/SIBVO | Edição | Lisboa | [Em linha] URL: http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4642076 (consultado em 02/11/2015) | ||
Tradição centenária a par com o nosso tempo (1883-1993). Contribuição para a História da "Voz do Operário" | Obra | ||||
Arquivo Municipal de Lisboa. Obra n.º 46275 | Edição | Lisboa |
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Fachada principal: pormenor de pilar de secção quadrada com capitel vegetalista
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Fachada lateral norte: pormenor de corpo lateral
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Fachada principal: remate do corpo central
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Fachada principal (nascente)
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Fachada principal: vista geral de norte
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Interior do Salão de Honra: vista das galerias laterais
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Interior do Salão de Honra: vista das galerias laterais
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Interior: escadaria de acesso ao Salão de Honra
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Planta anexa à portaria de classificação e fixação da respetiva ZEP, com a delimitação e a ZEP em vigor
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Planta com a delimitação e a ZGP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Pormenor dos candeeiros da fachada
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Pormenor da calçada que precede a entrada
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Perspetiva do pano central da fachada
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Vista da receção
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Pormenor do frontão
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Vista da entrada principal do edifício
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Pormenor decorativo das portas principais
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Vista parcial da fachada
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Perspetiva da fachada principal
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Pormenor das janelas do corpo central da fachada
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Pormenor decorativo do corpo lateral
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Vista do frontão da fachada principal
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Janelas superiores do corpo central da fachada
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Janelão do corpo lateral esquerdo
Edifício da sede da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário - Porta principal
Palacete Vilar de Allen
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