Palacete rústico de meados do século XIX | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Palacete rústico de meados do século XIX | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Palacete na Estrada de Benfica, n.º 384 (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Palacete | ||||||||||||
Tipologia | Palacete | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/São Domingos de Benfica | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Lisboa | ||||||||||||
Freguesia | São Domingos de Benfica | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Procedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||||||||||
Cronologia | Edital N.º 76/2009 de 8-09-2009 da CM de Lisboa Despacho de 30-06-2009 do director do IGESPAR, I.P. a revogar o despacho de abertura de 18-10-1994 Proposta de 29-06-2009 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo para a revogação do despacho de abertura de 18-10-1994 Em 1-04-2009 foi promovida a audiência dos interessados Despacho de 18-03-2009 do director do IGESPAR, I.P. no sentido de se promover a audiência dos interessados Proposta de 13-03-2009 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo para que o processo de classificação não proseguisse atendendo ao estado de conservação do imóvel Edital N.º 33/96 de 13-03-1996 da CM de Lisboa Despacho de abertura de 18-10-1994 do presidente do IPPAR Proposta de 11-10-1994 da DR de Lisboa do IPPAR para a abertura da instrução de processo de classificação | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12737527 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Localizado na antiga Estrada de Benfica, que passava diante da sua fachada principal, o palacete é um dos poucos vestígios da relevância desse antigo eixo viário (que continuava por Venda Nova e Reboleira), mas também um dos raros exemplos sobreviventes de um tempo construtivo e cultural que terminou com a cavalgante urbanização do antigo termo de Lisboa, verificada nas últimas décadas. A sua escala relativamente reduzida, a que se associa um espaço verde privado, constituem marcas inequívocas de um momento em que algumas importantes famílias da capital procuraram estabelecer a sua residência em zonas da periferia, onde desfrutavam da calma e qualidade do campo. Na actual freguesia de São Domingos de Benfica, essa realidade é ainda apreensível, uma vez que subsistem algumas dessas antigas quintas, como a da Alfarrobeira ou a do Béau-Séjour (ambas classificadas), e outras, de que se destacam as do Vadre, Lameiro ou Devisme. Apesar do desconhecimento acerca dos primeiros proprietários e respectivo meio cultural (que determinou a edificação do monumento), não restam dúvidas sobre o grande impacto da obra na antiga via. Implantado entre a Estrada de Benfica e a actual Rua Alfredo Guisado, o edifício forma um cenográfico recanto, cujos dois corpos longitudinais da construção enquadram uma monumental entrada e um pequeno espaço verde dianteiro. O portão, em dupla porta de ferro, é limitado lateralmente por dois quadrangulares pilares de almofadados, sobrepujados por jarrões sobre plataforma, e tem acesso a partir de uma pequena rampa, que lhe confere um relativo ar sobranceiro sobre a via pública. A actual fachada principal do edifício dá para a Estrada de Benfica e organiza-se em dois panos assimétricos de três andares, limitados por pilastras. O pano menor localiza-se na extremidade do conjunto e compõe-se por vão único em cada andar, sendo o inferior uma porta de arco abatido, e os dois restantes abrindo para pequenas varandas protegidas por gradeamento de ferro. O pano maior repete a tipologia de vãos do anterior, mas ostenta três em cada registo, diferenciando as aberturas do piso térreo: uma porta de dimensões menores que a do pano extremo e duas janelas de arco abatido, protegidas por gradeamento. O alçado é delimitado por pilastras-cunhais e, sobre ele, a toda a extensão da fachada, existe uma balaustrada de cantaria, segmentada em quatro secções, que reforça o carácter cenográfico da estrutura. O telhado é de quatro águas, entrecortado axialmente em relação ao alçado por janelas de mansarda, cada uma dando para um dos lados do corpo. A fachada lateral mantém a mesma organização cenográfica e simétrica, sobrepujada por balaustrada, contendo três janelas em cada andar, molduradas e de arco de volta perfeita. O segundo corpo segue a mesma organização do principal, mas, por se encontrar recuado em relação a este, é mais estreito, sendo a fachada lateral fenestrada por uma única janela (em vez das três que seccionam o alçado lateral do corpo principal). Também por se encontrar ligeiramente elevado em relação à via pública, este corpo tem apenas dois andares, contendo o inferior a entrada (a que se acede por ampla escadaria). Finalmente, o conjunto era rodeado por um pequeno jardim privado, ainda conservado na sua quase totalidade, apesar da construção de alguns anexos, de data indeterminada, nas traseiras. Nas últimas décadas, a degradação do imóvel acentuou-se bastante, ruindo parte da balaustrada e do telhado, o que afectou algumas parcelas do interior. Paralelamente, a falta de tratamento do jardim levou ao crescimento descontrolado do arvoredo envolvente, que resultou na adulteração visual de todo o conjunto e da própria configuração original do jardim. Não obstante este facto, a importância do monumento para a Lisboa oitocentista não se alterou, reforçando-se, hoje em dia, a necessidade da sua preservação, como testemunho ímpar de um tempo local de quintas e casas de campo às portas da grande cidade. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Bairro GrandelaQuinta do Beau-Séjour, também denominada Quinta das Campainhas | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 7 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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São Domingos de Benfica. Roteiro | FERREIRA, Jorge Rodrigues | Edição | 1991 | Lisboa | |
Pelas freguesias de Lisboa. Benfica. Carnide. Ameixoeira. Charneca. Lumiar | CONSIGLIERI, Carlos; RIBEIRO, Filomena; VARGAS, José Manuel; ABEL, Marília | Edição | 1993 | Lisboa |
Palacete do século XIX - Vista geral
Palacete do século XIX - Vista geral: acesso
Palacete do século XIX - Planta com a delimitação do conjunto e da ZP que vigorou enquanto esteve em vias de classificação
Palacete do século XIX - Portão de acesso
Palacete do século XIX - Fachada posterior: escadas de acesso
Palacete do século XIX - Fachada principal: pormenor
Palacete do século XIX - Vista geral (aérea)