Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Forte ou Reduto de Olheiros
Designação
DesignaçãoForte ou Reduto de Olheiros
Outras Designações / PesquisasForte do Canudo / Forte da Boavista / Obra n.º 23 das Linhas de Torres / Forte dos Olheiros / Reduto do Canudo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Forte
TipologiaForte
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Torres Vedras/Santa Maria, São Pedro e Matacães
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Vale de Torres VedrasOlheiros Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.103216-9.270354
DistritoLisboa
ConcelhoTorres Vedras
FreguesiaSanta Maria, São Pedro e Matacães
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 1156/2009, DR, 2.ª Série, n.º 212, de 2-11-2009 (ver Portaria)
Em 6-06-2007 foram notificados a CM de Torres Vedras e o EME
Despacho de homologação de 26-02-2007 da Ministra da Cultura
Parecer favorável de 4-10-2006 do Conselho Consultivo do IPPAR
Proposta de 11-03-2006 da DR de Lisboa do IPPAR para a classificação como IIP
Edital N.º 99/97 de 10-10-1997 da CM de Torres Vedras
Despacho de abertura de 15-09-1997 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de 11-09-1997 da DR de Lisboa do IPPAR para a abertura da instrução de processo de classificação
Proposta de classificação de 6-06-1997 da CM de Torres Vedras
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12737527
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaIntegrando o sistema defensivo erguido para organizar a defesa de Lisboa após a segunda invasão francesa da Guerra Peninsular, em 1809, o Forte de Olheiros (também conhecido por Forte do Canudo) ergue-se no topo de um dos morros que bordejam o vale de Torres Vedras. O reduto insere-se no projecto de defesa da capital traçado pelo General Wellesley, futuro duque de Wellington, com vista ao reforço das condições naturais de defesa em torno da capital, dificultando e atrasando a entrada das tropas napoleónicas na cidade, flanqueando-lhes as posições em Torres Vedras, e permitindo maior controle da via principal de ligação entre Coimbra e Lisboa. A proximidade do Oceano ainda facilitava a eventual retirada do exército inglês, em caso de derrota militar, bem como a aportagem de novos contingentes britânicos. O conjunto de fortificações então construídas deve ser entendido num contexto político bastante mais abrangente do que o português, cujo território foi utilizado pela França e pela Inglaterra, as duas superpotências de inícios de oitocentos, para disputar a hegemonia europeia. Foram na ocasião levantadas cerca de centena e meia de obras militares, incluindo grandes redutos e pequenos fortins, a par de construções civis adaptadas, trincheiras, obras de hidráulica, e uma rede de estradas. As fortificações pontuam os cumes de maior altitude a norte de Lisboa, entre o Tejo e o Atlântico, e são conhecidas pela designação geral de Linhas de Torres Vedras.
O Forte de Olheiros é fronteiro ao vasto complexo fortificado de São Vicente, considerado o mais importante forte das Linhas. Era a fortificação nº 23, e o ponto mais a norte, da primeira Linha de defesa, entre Alhandra e a Foz do Sisandro. A planta é poligonal irregular, com c. 45 metros de comprimento por c. 19 metros de largura máxima, muito semelhante (apesar da menor dimensão) à do Reduto nº 14, ou Forte Grande do Sobral. Apresenta um fosso bem marcado e profundo, com revestimento de pedra, sobre o qual existe um passadiço dando acesso ao interior do forte. A fortificação é circundada por muralha num perímetro de c.1.500 metros, com escarpa em alvenaria de pedra bem conservada, de 2 metros de altura, e barreira de protecção na entrada (original). Contabilizam-se onze canhoneiras nas cortinas, com plataformas para peças de artilharia pavimentadas por lajetas com pendente, de forma a contrabalançar a reacção do tiro; serviriam 7 canhões ou peças de artilharia, cinco de calibre nove e cinco de calibre seis. Existe ainda um paiol, coberto por laje de betão armado aplicada em data desconhecida. O forte, tal como as restantes fortificações das Linhas, foi desarmado e abandonado em 1818, três anos após a Convenção de Viena.
No recinto encontram-se também duas cisternas, construídas recentemente pela Câmara Municipal de Torres Vedras, que abastecem as imediações.
Sílvia Leite / DIDA / IGESPAR, I.P. / 21-08-2007
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPCapela e Forte de São VicenteErmida de Nossa Senhora do Ameal
Outra Classificação
Nº de Imagens26
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Torres Vedras antiga e modernaVIEIRA, JúlioEdição1926Torres Vedras
Torres Vedras : passado e presenteRODRIGUES, Cecília TravancaEdição1996Torres Vedras
"As Linhas de Torres Vedras - as três primeiras linhas e fortificações ao sul do Tejo", Cadernos do Museu, nº 2NORRIS, A. H.Edição2001Torres Vedras
"As Linhas de Torres Vedras - as três primeiras linhas e fortificações ao sul do Tejo", Cadernos do Museu, nº 2BREMNER, R. W.Edição2001Torres Vedras
Descrição histórica e económica da vila e termo de Torres VedrasTORRES, Manuel Agostinho MadeiraEdição1861Coimbra

IMAGENS

Reduto de Olheiros - Planta de localização do imóvel e de parte da ZEP onde se insere

Reduto de Olheiros - Vista geral do forte pelo acesso principal

Reduto de Olheiros - Relação do forte com as estruturas de armazenamento entretanto construídas

Reduto de Olheiros - Pormenor do acesso ao forte sobre o fosso e estado de conservação das paredes

Reduto de Olheiros - Vista geral do interior do forte e do paiol circular no seu espaço central

Reduto de Olheiros - Vista parcial do forte e envolvência

Reduto de Olheiros - Estado de cobertura vegetal no interior do forte, no seu segmento central

Reduto de Olheiros - Vista geral do recinto central do forte, com o paiol isolado no centro do pátio

Reduto de Olheiros - Vista parcial do interior do recinto e relação do paiol com os muros que delimitam o espaço

Reduto de Olheiros - Vista parcial do interior do recinto

Reduto de Olheiros - Estado de conservação dos muros interiores do forte

Reduto de Olheiros - Pormenor da abertura de canhoeiras nos muros do forte

Reduto de Olheiros - Estado de conservação de uma das canhoneiras

Reduto de Olheiros - Vista frontal de uma canhoeira

Reduto de Olheiros - Paiol com porta de acesso e janela de iluminação

Reduto de Olheiros - Interior de paiol: pormenor do aparelho construtivo e cobertura de betão armado

Reduto de Olheiros - Vista parcial do recinto interior e relação do paiol com as muralhas-barreiras

Reduto de Olheiros - Vista parcial de um sector do fosso

Reduto de Olheiros - Vista parcial do fosso e dimensão volumétrica da estrutura

Reduto de Olheiros - Fosso que circunda o forte

Reduto de Olheiros - Pormenor do impacto de canais de drenagem na estrutura do forte

Reduto de Olheiros - Pormenor de consolidações realizadas em alguns pontos sensíveis da estrutura

Reduto de Olheiros - Pormenor do aparelho construtivo das muralhas-barreiras após sumária intervenção

Reduto de Olheiros - Vista de derrube parcial das paredes de um compartimento

Reduto de Olheiros - Pormenor de um dos acessos ao forte e relevância da cobertura vegetal

Reduto de Olheiros - Portaria n.º 1156/2009, DR, 2.ª Série, n.º 212, de 2-11-2009 - Texto e planta do diploma

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt