Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Palácio de Pintéus, incluindo a Capela de Nossa Senhora da Apresentação
Designação
DesignaçãoPalácio de Pintéus, incluindo a Capela de Nossa Senhora da Apresentação
Outras Designações / PesquisasQuinta de Pintéus / Palácio de Pintéus (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Palácio
TipologiaPalácio
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Loures/Santo Antão e São Julião do Tojal
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Pintéus Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoLisboa
ConcelhoLoures
FreguesiaSanto Antão e São Julião do Tojal
Proteção
Situação ActualProcedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
CronologiaEdital de 12-09-2005 da CM de Loures (revogação)
Em 9-08-2005 foi enviada cópia do processo à CM de Loures para ponderação de uma classificação de âmbito municipal
Despacho de 18-07-2005 do presidente do IPPAR a revogar o despacho de abertura de 21-08-1996
Proposta de 8-07-2005 da DR de Lisboa do IPPAR para a revogação expressa do despacho de abertura
Despacho de concordância de 20-06-2005 do presidente do IPPAR
Proposta de 7-07-2003 da DR de Lisboa do IPPAR para a revogação do despacho de abertura, atendendo às intervenções realizadas nos imóveis, com a sua consequente descaracterização, e envio do processo à CM de Loures para a atribuição de uma classificação municipal
Edital de 25-09-1996 da CM de Loures
Despacho de abertura de 21-08-1996 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de 16-08-1996 da DR de Lisboa do IPPAR para a abertura da instrução de processo de classificação
Proposta de classificação de 6-08-1996 da CM de Loures
Processo iniciado em 1978 com uma notícia sobre o leilão do imóvel
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaEntre as várias propriedades existentes no concelho de Loures, a Quinta e palácio de Pintéus assumem espacial significado, não apenas pela sua importância arquitectónica, mas também por toda a história que se lhe encontra associada. É possível que no início do século XVII aqui tenha existido uma casa, erguida sobre os vestígios ou ruínas de um outro edifício, de cariz manuelino. O palácio que hoje conhecemos, remonta ao primeiro quartel do século XVIII, devendo-se à iniciativa de José Vaz de Carvalho, figura de relevo na história nacional, que desempenhou cargos tão elevados como os de Chanceler-mor do reino, Desembargador do Paço, e Secretário da rainha D. Mariana Vitória e do infante D. Manuel (STOOP, p. 72).
Permanecem, no entanto, algumas dúvidas sobre o alcance destas primeiras obras, pois outros autores atribuem o palácio ao neto de José Vaz de Carvalho, que tinha o mesmo nome (SIMÕES, 1979, p. 298). Os dados disponíveis não permitem esclarecer melhor esta questão, mas a verdade é que determinados elementos da Casa de Pintéus denunciam uma intervenção por parte de José Vaz de Carvalho, neto, definindo-se, assim duas grandes campanhas de obras. É a mulher deste último - D. Maria Rosa de Sá Azevedo Coutinho - que se encontra sepultada na capela da Quinta, conforme é referido no seu epitáfio, com data de 1794. Por sua vez, o brasão de armas, sobre a porta principal representa os Vaz de Carvalho e os Sousa Coutinho, unidos através deste casamento, o que nos leva a pensar que somente nesta data aqui teria sido colocado. Por fim, a própria configuração da fachada principal deixa adivinhar duas campanhas de obras distintas, como veremos a seguir.
O edifício desenvolve-se em L, com a fachada principal mais longa. Esta, denota uma enorme depuração, pois as janelas de ambos os pisos são de linhas rectas e sem qualquer decoração. Apenas o portal se destaca. É flanqueado por dois arcos de volta perfeita assentes sobre impostas salientes, e antecedido por uma escadaria de dois lanços convergentes, com volutas. A porta, de verga recta, é encimada por óculo e por um frontão de aletas (com folhas de acanto e outros elementos decorativos), a que se sobrepõe o já referido brasão, que se eleva até à linha da cornija. Estamos, assim, perante um alçado que concentra toda a sua exuberância no portal principal, de linguagem barroca, o que nos leva a questionar se esta composição não será fruto de uma intervenção posterior, remontando a fachada principal a uma época mais recuada.
Nos interiores, destaca-se o conjunto de azulejos que reveste boa parte dos salões - silhares azuis e brancos com representações de vasos floridos, cestos, etc, possivelmente de meados do século XVIII. Tal é o caso da Sala de Jantar, cujos silhares são interrompidos por uma fonte de mármore, linguagem rococó, com esculturas de Neptuno, de sereias e tritões.
No terraço, as paredes são revestidas por azulejos figurativos rococó, que ilustram as Quatro Estações. Santos Simões considera este conjunto notável, pela sua policromia, apontando como data provável o ano de 1780, e a proveniência a Fábrica do Rato, ou "qualquer outra das melhores de Lisboa" (SIMÕES, 1979, p. 299).
A capela, afastada e aberta ao culto local, é dedicada a Nossa Senhora da Apresentação. Os azulejos aludem ao Cântico dos Cânticos e, na nave, foram representadas paisagens com animais diversos, remontando todo o conjunto a c. de 1740. O retábulo é de talha dourada e a sepultura referida encontra-se no corpo do edifício.
Aqui habitou, mais tarde, a escritora Maria Amália Vaz de Carvalho, bem como a sua irmã, casada com um escritor, Cristóvão Aires de Magalhães.
(Rosário Carvalho)
ProcessoAcesso pela Rua João Domingos Duarte
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. III (Mafra, Loures e Vila Franca de Xira)AZEVEDO, Carlos deEdição1963Lisboa
Quintas e palácios nos arredores de LisboaSTOOP, Anne deEdição1986Lisboa
Azulejaria em Portugal no século XVIIISIMÕES, J. M. dos SantosEdição1979Lisboa
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. III (Mafra, Loures e Vila Franca de Xira)FERRÃO, JulietaEdição1963Lisboa
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. III (Mafra, Loures e Vila Franca de Xira)GUSMÃO, Adriano deEdição1963Lisboa

IMAGENS

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