Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Ermida de Nossa Senhora do Rosário
Designação
DesignaçãoErmida de Nossa Senhora do Rosário
Outras Designações / PesquisasErmida de Nossa Senhora do Rosário / Capela de Nossa Senhora do Rosário (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Capela
TipologiaCapela
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaSetúbal/Moita/Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo das Forças ArmadasMoita Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.677918-9.011009
DistritoSetúbal
ConcelhoMoita
FreguesiaGaio-Rosário e Sarilhos Pequenos
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 740-CA/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 (suplemento), de 24-12-2012 (ver Portaria)
Procedimento (indevidamente) prorrogado até 31-12-2011 pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Diploma)
Edital de 28-08-2001 da CM da Moita
Despacho de autorização de 15-05-2001 do Ministro da Cultura
Despacho de concordância de 23-04-2001 do presidente do IPPAR
Parecer de 22-02-2001 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como IIP
Proposta de 6-08-1998 da DR de Lisboa do IPPAR para a classificação como VC
Em 11-07-1997 a CM da Moita enviou nova documentação
Em 18-05-1995 o pároco informou estar de acordo com a classificação
Despacho de abertura de 4-02-1994 do presidente do IPPAR
Parecer de 24-01-1994 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a abertura da instrução de processo de classificação
Em 7-06-1993 a CM da Moita enviou a documentação solicitada
Em 29-1-1992 foi solicitado à CM da Moita o envio de documentação complementar para a instrução do processo de classificação
Proposta de classificação de 1-09-1992 de particular
ZEPPortaria n.º 428/2017, DR, 2.ª série, n.º 224, de 21-11-2017 (com restrições) (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 2-10-2017 da diretora-geral da DGPC
Anúncio n.º 93/2017, DR, 2.ª série, n.º 122, de 27-06-2017 (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 11-08-2016 da diretora-geral da DGPC
Parecer favorável de 6-07-2016 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de alteração de 10-08-2015 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC
Foram apresentadas observações pela CM da Moita e por um particular
Anúncio n.º 87/2015, DR, 2.ª série, n.º 89, de 8-05-2015 (ver Anúncio)
Parecer favorável de 11-02-2015 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Em 14-01-2014 foi solicitado parecer à CM da Moita sobre a proposta de ZEP, não tendo sido obtida qualquer resposta
Proposta de 7-01-2014 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC
Zona "non aedificandi"Portaria n.º 428/2017, DR, 2.ª série, n.º 224, de 21-11-2017
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12700426
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA pequena capela de Gaio-Rosário situa-se num dos mais exemplarmente conservados trechos da margem Sul, em zona ainda nitidamente rural, marcada por antigas comunidades de pescadores e num quadro urbanístico sem vislumbre de massificação. A sua implantação geográfica, em posição dominante sobre a praia do Rosário, acentua a importância do monumento para as antigas comunidades que viviam do Tejo, constituindo esta pequena elevação um dos pontos de referência na paisagem.
O templo tem origem na primeira metade do século XVI, o que atesta um povoamento antigo. Nos inícios da centúria, refere-se a existência de um pequeno povoado neste local, constituído por dez habitantes, que então integravam a Quinta de Martim Afonso. Em 1532, sendo proprietário dessa herdade Cosme Bernardes de Macedo, fidalgo da Casa Real, construiu-se o actual templo, que conserva ainda importantes marcas dessa primeira etapa da sua história.
Originalmente dedicado a São João Evangelista, o monumento é uma modesta marca manuelina, a única no actual concelho da Moita. O portal principal, definido por arco trilobado de duas arquivoltas assentes sobre pequenos pares de capitéis vegetalistas, é a mais reconhecível marca desse período. No interior, conserva-se ainda o arco triunfal original, denunciador de uma fase já tardo-manuelina, pela sua curvatura a pleno centro, mas ainda claramente vinculado ao repertório formal e decorativo do ciclo artístico coincidente com o reinado de D. Manuel, destacando-se o talhe da pedra em meia cana e a integração de elementos ornamentais geométricos e vegetalistas. A estrutura essencial do templo, de planta longitudinal composta por nave única e capela-mor rectangular pouco profunda e mais baixa que o corpo, deve também corresponder a esse primeiro momento.
Pelo que acabamos de descrever, a igreja foi objecto de poucas reformas e actualizações estéticas. Estamos relativamente mal informados a respeito da história deste monumento, mas é de crer que, até ao século XVIII, os trabalhos não tenham praticamente ultrapassado a mera consolidação do já existente. As poucas obras do interior que podemos atribuir à época moderna devem datar do século XVIII, casos do retábulo-mor, em talha dourada, dos dois painéis de azulejos azuis e brancos que revestem as partes inferiores das paredes laterais da capela-mor, com cenas da vida da Virgem, e das duas secções de tectos de caixotões que cobrem os espaços do templo, ambos de plano tripartido e com molduras policromadas, o central ostentando as armas nacionais com a coroa.
No exterior, uma singela porta lateral de lintel recto, na face voltada a Sul, parece denunciar uma campanha anterior, pela segunda metade do século XVI, mas faltam ainda confirmações de carácter documental. Semelhantes dúvidas mantemos a respeito de um arco de vola perfeita, actualmente entaipado e localizado na face meridional exterior da capela-mor. Não sabemos quando terá sido aberto, nem estamos em condições de esclarecer quando foi fechado, sendo de admitir que terá servido uma sacristia que, entretanto, desapareceu. Tendo em conta que, no século XIX, o estado de degradação do telhado obrigou à refeitura de toda a cobertura, é de presumir que estas alterações se possam ter verificado nessa altura, época em que também se reformularam os caixotões dos tectos.
A última grande campanha de obras teve lugar já no século XX, por patrocínio de uma unidade industrial local. Data dessa altura o arranjo geral em torno do edifício e a construção/beneficiação de algumas dependências secundárias, em particular do lado Norte. Na actualidade, a igreja e a sua zona envolvente assumem-se como o principal espaço monumental da freguesia, intimamente relacionado com a praia, mantendo e reafirmando, desta forma, a ancestral ligação com a zona ribeirinha que marcou a história deste monumento desde a sua primeira hora.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens29
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Subsídios para a história de Alhos Vedros. Informações paroquiais de Alhos Vedros e MoitaALVES, Carlos F. PóvoaEdição1992Alhos Vedros
Igrejas e Capelas da Costa AzulDUARTE, Ana LuisaEdição1993Setúbal

IMAGENS

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Vista geral de Sudoeste

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Fachada principal: portal

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Fachada principal: capitéis do portal

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Fachada principal: capitéis do portal

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Fachada lateral sul: arco entaipado de acesso a desaparecida dependência

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Planta com a delimitação e a ZGP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP (em 21.11.2017)

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Planta com a delimitação e a primeira proposta de ZEP da DGPC e da SPAA do CNC (ver nova proposta)

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Proposta de ZEP + Zonamentos (só entra en vigor se a portaria for publicada no DR)

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Proposta de ZEP + ASA (só entra en vigor se a portaria for publicada no DR)

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Planta anexa à portaria de fixação da ZEP, com a delimitação, a ZEP, a ZNA e os 6 zonamentos em vigor

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Planta anexa à portaria de fixação da ZEP, com a delimitação, a ZEP, e as 3 ASA em vigor

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Fachada lateral esquerda (norte)

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Portal principal

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Fachada principal

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Interior da capela-mor: lápide tumular embutida no degrau

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Fachada lateral direita (sul)

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Interior: nave e capela-mor

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Interior: pintura do escudo de armas do teto da nave

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Interior: pia batismal

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Interior: capela-mor

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Interior da capela-mor: retábulo-mor

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Fachada principal e fachada lateral direita (sul)

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Anexo posterior (nascente)

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Fachada lateral direita (sul)

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Interior da capela-mor: painel azulejar do lado do Evangelho

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Fachada lateral esquerda (norte)

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Enquadramento geral

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Interior: pia de água benta na parede do lado da Epístola

Ermida de Nossa Senhora do Rosário - Fachada lateral direita (sul): porta

MAPA

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