Clínica Heliântia | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Clínica Heliântia | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Sanatório e Clínica Heliântia / Clínica do Dr. Ferreira Alves / Edifício Heliântia (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Edifício | ||||||||||||
Tipologia | Edifício | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Porto/Vila Nova de Gaia/Gulpilhares e Valadares | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Porto | ||||||||||||
Concelho | Vila Nova de Gaia | ||||||||||||
Freguesia | Gulpilhares e Valadares | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 210/2013, DR, 2.ª série, n.º 71, de 11-04-2013 (ver Portaria) Procedimento prorrogado até 30-06-2013 pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma) Declaração de retificação n.º 1449/2012, DR, 2.ª série, n.º 216, de 8-11-2012 (ver Declaração) Anúncio n.º 13645/2012, DR, 2.ª série, n.º 211, de 31-10-2012 (ver Anúncio) Parecer favorável de 26-09-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 1-10-2012 da DRC do Norte para a classificação como MIP apenas da Clínica Heliântia Procedimento prorrogado pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Despacho de abertura de 4-01-2002 do vice-presidente do IPPAR Proposta de 28-12-2001 da DR do Porto do IPPAR para a abertura do processo de instrução da classificação do Conjunto constituído pelos edificios designados por «Clínica Heliântia» e «Sanatório Marítimo do Norte» Despacho de homologação de 30-04-1985 do presidente do IPPC Parecer de 23-04-1985 do Conselho Consultivo do IPPC a propor a abertura do processo de classificação da Clínica Heliantia | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 210/2013, DR, 2.ª série, n.º 71, de 11-04-2013 (sem restrições) (ver Portaria) Declaração de retificação n.º 1449/2012, DR, 2.ª série, n.º 216, de 8-11-2012 (ver Declaração) Anúncio n.º 13645/2012, DR, 2.ª série, n.º 211, de 31-10-2012 (ver Anúncio) Parecer favorável de 26-09-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 1-10-2012 da DRC do Norte | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | É numa zona relativamente isolada, nas proximidades da praia, que se erguem a "Clínica Heliântia" e o "Sanatório Marítimo do Norte", no meio do Pinhal de Francelos.
Entre finais do século XIX e princípios do século XX, a Europa assistiu a um movimento assaz inovador de construção de "sanatórios", preferencialmente edificados em zonas onde se pudesse vislumbrar uma Natureza ainda pouco transformada pelo desenvolvimento económico, designadamente junto ao mar, com base no conceito formulado pelo médico suíço, Arnold Rikli (1823-1906), segundo o qual "A Água é benéfica; o ar é ainda mais, mas a luz é melhor". Contudo, o início da 1.ª Guerra Mundial (1914-1918) provocaria um acentuado decréscimo na sua proliferação. Foi, no entanto, em pleno conflito bélico, e numa altura em que Portugal se envolvia directamente no seu desenrolar, em 1916, que se procedeu à construção do Sanatório Marítimo, concebido pelo arquitecto Francisco de Oliveira Ferreira (1884 - 1957) a quem, em 1909, se atribuíra o primeiro lugar no concurso para o monumento a erguer aos Heróis da Guerra Peninsular, na cidade de Lisboa. E terá sido, precisamente, esta sua primeira incursão pelos meandros de uma arquitectura especializada na área da saúde pública que o motivou a examinar os principais modelos europeus da época nesta área, a fim de conceber um novo projecto para as proximidades do sanatório. Foi com essa finalidade que, juntamente com o Dr. Ferreira Alves, decidiu deslocar-se à Suíça, onde visitou as clínicas do Dr. Rollier (1874 - 1958), em Leysin, famosas pelas técnicas inovadoras que implementava ao nível da Helioterapia. É certo que a acção benéfica do Sol era conhecida há algum tempo, como comprovavam os trabalhos de cientistas do século XVIII, como Lazzaro Spallanzani (1729-1799), L. L. Loreti, Faure e Le Peyre e Comte, assim como de Christoph Wilhem Hufeland (1762-1836), do médico francês Bertrand, e de muitos outros que, ao longo de toda a centúria de oitocentos dissertaram sobre o assunto, assaz pertinente num século que vira aumentar o número de tuberculosos. Mas foi, sobretudo, no dealbar do século XX que a Europa assistiu a uma multiplicação de estabelecimentos de saúde consagrados à Helioterapia, nomeadamente para tratamento da tuberculose pulmonar, como a coxalgia, "Mal de Pott", peritonite tuberculosa, etc. E foi, assim, que, a par dos inaugurados em Saint Moritz (França) e em Veldes (Áustria), o sanatório helioterápico de Rollier obteria enorme sucesso, funcionado como verdadeiro protótipo de muitos outros construídos um pouco por todo o Continente europeu. Reunidos todos os elementos indispensáveis à delineação de tão ambicionado projecto, F. de O. Ferreira iniciou a sua concepção em 1926, com base nos mais modernos conceitos da Helioterapia que aí visionara, e que deveria ganhar corpo em breve na praia de Valadares. Em 1930, inaugurava-se a "Clínica Heliântia", edificada segundo os parâmetros mais exigentes desta nova tipologia arquitectónica, onde o autor utilizou de modo arrojado e inovador alguns pormenores, tornando-se numa verdadeira fonte inspiradora para outros projectos nacionais. De planta rectangular de quatro pisos com pé direito duplo e cobertura plana revestida com lajes de betão, toda a estrutura é ritmada pelas varandas abertas e separadas por pilares redondos e estriados; pela própria diversidade volumétrica, assim como através de outros elementos, como o escalonamento dos terraços e a presença do próprio solarium. Concebida em função da luz solar, as fachadas Nascente e Poente apresentam balcões sobrepostos verticalmente, enquanto os amplos degraus da fachada Sul recebem a luz solar sem qualquer interferência. No interior, ainda é possível observar a escadaria principal e as grades do antigo elevador, onde o principal elemento decorativo é assumido pelo girassol, presente nos demais recantos da clínica, como nos mosaicos dos pavimentos e nalguns candeeiros de tecto. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | Francelos | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 1 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Arquitectura do Século XX - Portugal (Catálogo da Exposição) | TOSTÕES, Ana Cristina | Edição | 1998 | Frankfurt - Lisboa | Prestel / Deutsches Architektur - Museum, Frankfurt am Main / Portugal - Frankfurt 97 / Centro Cultural de Belém |
Arquitectura do Século XX - Portugal (Catálogo da Exposição) | BECKER, Annette | Edição | 1998 | Frankfurt - Lisboa | Prestel / Deutsches Architektur - Museum, Frankfurt am Main / Portugal - Frankfurt 97 / Centro Cultural de Belém |
Arquitectura do Século XX - Portugal (Catálogo da Exposição) | Wang, Wilfried | Edição | 1998 | Frankfurt - Lisboa | Prestel / Deutsches Architektur - Museum, Frankfurt am Main / Portugal - Frankfurt 97 / Centro Cultural de Belém |
Arquitectura Moderna Portuguesa 1920-1970. Um Património a Conhecer e Salvaguardar | Obra |
Clínica Heliântia - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor
Palacete Vilar de Allen
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