Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Anta de Adrenunes
Designação
DesignaçãoAnta de Adrenunes
Outras Designações / PesquisasAnta de Adrenunes (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Anta
TipologiaAnta
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Sintra/Colares
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
E.M. Azóia - CapuchosAdrenunes Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.777944-9.464331
DistritoLisboa
ConcelhoSintra
FreguesiaColares
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património MundialAbrangido pela Zona Tampão da "Paisagem Cultural e Natural de Sintra", incluída na Lista de Património Mundial - ZEP (nº 2 do art.º 72.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de Outubro)
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSítio
A designada "Anta de Adrenunes" encontra-se num dos mais elevados picos da Serra de Sintra, envolta por uma vegetação que dificulta o acesso. É uma formação rochosa natural, erroneamente designada "Anta".
O Sítio é composto por um aglomerado de pequenos penedos, entre os quais se abre, do lado poente, uma galeria com cerca de cinco metros de altura, estreitando para o interior e onde pedras amontoadas, de grandes dimensões, impedem qualquer passagem. Do lado oposto, o conjunto é formado pela aglomeração desordenada de calhaus com formas e dimensões variadas. Esta galeria é encimada por longos monólitos maciços que assentam, horizontalmente, por cima de outros que se encontram na vertical. Em torno da estrutura central dispõe-se outros rochedos fragmentados que desmoronaram do núcleo granítico.
No lado poente, onde se abre a pequena galeria já mencionada, considerou-se poder corresponder a um local de deposição de enterramentos, formando assim uma possível necrópole coletiva. No entanto, não são conhecidos quaisquer artefactos que provem esta suposição.
De facto, o local não parece apresentar condições para a realização de enterramentos, o que fez com que alguns investigadores considerassem a designação de "Anta" incorreta, nomeadamente os arqueólogos Félix Alves Pereira e Paulino Montez nos anos 40 e 50 do séc. XX. Mais recentemente outros investigadores afirmaram, igualmente, tratar-se de uma designação questionável, considerando ser este um monumento "hibrido, que conjuga elementos naturais graníticos com alguns elementos arquitetónicos" (SOUSA, 1998, pág. 136). No entanto, o facto de não ser conhecido espólio proveniente do local, poderá também estar relacionado com a falta de estudos sobre este sítio desde a sua descoberta no século XIX.

História
A "Anta de Adrenunes" foi identificada pela primeira vez como sítio arqueológico em 1867 por Joaquim Possidónio Narciso da Silva, fundador da então Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portuguezes, numa das suas primeiras incursões pelos arredores de Lisboa em busca de uma melhor compreensão sobre o megalitismo nacional. Embora a escavação que realizou não tivesse revelado quaisquer artefactos corroboradores da utilização funerária da estrutura, apresentou os resultados da sua investigação numa das sessões do "Congresso Internacional de Antropologia e Arqueologia Pré-Histórica" em 1871, na cidade de Bolonha, onde o atribuiu à "Idade da Pedra", descrevendo-o como um monumento funerário megalítico.
Assim, apesar de ter sido classificada como Monumento Nacional em 1910 pelo Conselho Superior dos Monumentos Nacionaes.com o nome de "Anta de Adrenunes", continua a suscitar, junto de vários investigadores, dúvidas em relação à sua real natureza.

Ana Teresa Henriques e Maria Ramalho/DGPC/2018
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens1
Nº de Bibliografias8

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Possidónio da Silva (1806-1896) e o Elogio da Memória. Um Percurso na Arqueologia de OitocentosMARTINS, Ana CristinaEdição2003LisboaData do Editor : 2003
Sintra do pretéritoPEREIRA, Félix AlvesEdição1957Sintrap. 218.
"Os monumentos préhistóricos - dólmen ou anta de Adrenunes na Serra de Cintra", Archivo PittorescoBARBOSA, Inácio de VilhenaEdição1868Lisboan.º 11, pp. 377-379
Nova Carta Chorographica de PortugalBOLAMA, Marquês de Ávila e deEdição1910Lisboavol. I
História da Arquitectura Primitiva em Portugal. Monumentos DolménicosMONTEZ, PaulinoEdição1943Lisboa
Estudos pré-históricos em Portugal. Notícia de algumas estações e monumentos pré-históricosRIBEIRO, CarlosEdição1980Lisboa2 vols., pp. 89 e 86
As antas e o Megalistimo da região de LisboaBOAVENTURA, RuiEdição2009Lisboa
O Neolítico Final e o Calcolítico na área da Ribeira de Cheleiros. Trabalhos de Arqueologia, vol. 11SOUSA, Ana CatarinaEdição1998LisboaII

IMAGENS

Anta de Adrenunes. Foto de Bettina Speckner, 2017

MAPA

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