Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja matriz de Outeiro
Designação
DesignaçãoIgreja matriz de Outeiro
Outras Designações / PesquisasIgreja de Nossa Senhora da Assunção, matriz de Outeiro / Igreja Paroquial de Outeiro / Igreja de Nossa Senhora da Assunção (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBragança/Bragança/Outeiro
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Bairro da IgrejaOuteiro Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.686817-6.597485
DistritoBragança
ConcelhoBragança
FreguesiaOuteiro
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IM - Interesse Municipal
CronologiaA classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001
Decreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaEm acentuado declive no centro da povoação, a Igreja de Nossa Senhora da Assunção (templo paroquial da antiga povoação de Outeiro de Miranda) é uma modesta construção, característica de um meio rural medieval, de escassos recursos e de âmbito periférico. A sua construção remonta aos anos finais do século XIII, altura em que se procedeu à construção do castelo e à instituição da localidade como centro regional de relativa importância no contexto fronteiriço nordestino.
A história de Outeiro de Miranda evoluiu e regrediu nos séculos seguintes, mas o templo manteve-se praticamente inalterado nas suas proporções e figurino estético essencial, à excepção da capela-mor, actualizada construtivamente e artisticamente no século XVIII. Neste sentido, mantém-se como símbolo de primeira importância do que foram os primeiros tempos de vida da localidade.
Planta simples, composta por nave rectangular e cabeceira de menores dimensões, originalmente com telhado de duas águas e empena encimada por cruz (como Duarte d'Armas ainda a desenhou no século XVI) (JANA, 1994 / COSTA, 2001, DGEMN, on-line), são os elementos que definem planimetricamente o templo. No interior, o amplo arco triunfal, em curvatura levemente quebrada, domina o espaço, permitindo uma considerável visualização da capela-mor. Em termos decorativos, a ausência é total, sendo os portais despidos de elementos escultóricos e não existindo, mesmo, qualquer cachorrada com modilhões a suportar o telhado.
A característica única da igreja, e que contrasta com o que encontramos na esmagadora maioria dos templos tardo-românicos do interior Norte e Centro do país, é a proeminência do campanário, cuja massa pétrea obrigou, mesmo, ao entaipamento do portal principal. Na origem, este campanário, de duplo arco sineiro terminando em empena triangular, devia sobrepujar a entrada principal, como acontece em tantos outros casos. Todavia, num determinado momento da história do imóvel - por enquanto desconhecido, mas que pode coincidir com as obras do século XVIII -, o reforço estrutural de que necessitava levou à construção de um imponente maciço pétreo, que se adossou a grande parte da fachada principal, e que foi, ainda, reforçado, a poente, pela inclusão de uma escadaria de acesso às sineiras. Com esta solução, deslocou-se a entrada principal para o alçado Sul da nave, que passou, desde então, a ser o único acesso ao interior da igreja.
Com efeito, sabemos que, no século XVIII, teve lugar uma modesta campanha de actualização estética dos principais elementos devocionais, encomendando-se, na altura, um retábulo-mor e dois retábulos laterais, que ainda se conservam. Data dessa mesma altura a nova configuração da capela-mor que, mantendo o mesmo perfil quadrangular, foi alteada e dotada de janelas laterais de perfil barroco.
Praticamente em ruínas na década de 80 do século XX, a população chamou a si a tarefa de proceder ao seu restauro, projecto executado sem o devido acompanhamento técnico especializado. Ainda assim, as obras limitaram-se a consolidar a estrutura, com substituição de telhados e pintura geral de rebocos, factos que não desvirtuaram significativamente o conjunto.
PAF
ProcessoAcesso pelo Bairro da Igreja, Outeiro
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança: repositório amplo de notícias corográficas, hidro-orográficas, geológicas, mineralógicas, hidrológicas, biobibliográficas, heráldicas (...), 2ªed.ALVES, Francisco ManuelEdição2000BragançaPublicado a 1909-1948
"De Bragança e Vimioso", Guia de Portugal (1924-27), 3ªed., pp.969-982DIONÍSIO, Sant'AnaEdição1995Lisboa
Monografias bragançanas. OuteiroFELGUEIRAS JÚNIOR, FranciscoEdição1966Bragança
"Outeiro. Apontamento monográfico", Brigantia, nº1, pp.109-119"GARRIDO, CésarEdição1981Bragança
"A identidade histórica de algumas aldeias transmontanas: subsídios para o seu estudo. 2 - Outeiro", Brigantia, vol. XXIV (nº3/4) - vol. XXV (nº1/2), pp.59-80MOTA, José Peixoto Pinto daEdição2005Bragança

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