Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Convento de Santa Clara
Designação
DesignaçãoConvento de Santa Clara
Outras Designações / PesquisasConvento de Santa Clara / Biblioteca Municipal de Portalegre (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Convento
TipologiaConvento
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPortalegre/Portalegre/Sé e São Lourenço
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua de Santa ClaraPortalegre Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.290141-7.431949
DistritoPortalegre
ConcelhoPortalegre
FreguesiaSé e São Lourenço
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 25 523, DG, I Série, n.º 140, de 20-06-1935 (Convento) (ver Decreto)
Decreto n.º 8 518, DG, I Série, n.º 248, de 30-11-1922 (Claustro) (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913729
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO convento de Santa Clara é o segundo mais antigo estabelecimento conventual de Portalegre. A sua fundação remonta à segunda metade do século XIV, mais propriamente ao ano de 1376, data em que D. Leonor Teles decidiu transformar o paço régio aqui existente num convento de clarissas. Pelas notícias que chegaram até hoje, parece que a igreja levou muito pouco tempo a construir-se, pois estaria concluída em 1389, escassos anos depois da fundação mas, em todo o caso, já na vigência de uma outra dinastia.
Infelizmente, a quase totalidade da obra medieval foi sacrificada ao longo dos tempos, devido às muitas campanhas construtivas que aqui se sucederam. Duas alas do piso térreo do claustro são a única face visível da instituição de patrocínio régio tardo-medieval. Elas datam já do século XV, o que prova o arrastamento das obras para lá da conclusão da igreja pela década de 80 do século anterior; são, no entanto, o único vestígio do primeiro capítulo de vida deste convento. A abertura para a quadra central é feita através de conjuntos de quatro arcos quebrados, assentes em colunas geminadas de grande elegância e em capitéis de decoração vegetalista sumária. Estas arcarias eram envolvidas por um grande arco abatido, construído em época posterior, que sustentava os pisos superiores do claustro, também eles da Idade Moderna, elementos de suporte suprimidos nas mais recentes obras de restauro.
Como não podia deixar de ser, a grande campanha reformadora, que alterou substancialmente o aspecto medieval do monumento, aconteceu no século XVI, período de claro apogeu artístico da cidade-diocese. A fachada principal foi o elemento mais modernizado, correspondendo à intenção de monumentalização e de actualização do convento: um novo portal de granito, eruditizante, limitado lateralmente por pilastras molduradas e ornamentado superiormente por volutas, passou a ser o acesso principal. Também no claustro existiram obras de vulto, com a supressão de duas alas originais e a construção, a toda a sua extensão, de um piso superior. De gosto maneirista, mas destituído de assinaláveis elementos decorativos ou de proporção, o claustro é bem revelador da dimensão estética e artística da campanha quinhentista.
A terceira (e última) grande fase de obras teve lugar no século XVIII. Neste sentido, o antigo convento de Santa Clara é um dos edifícios que melhor espelha os pontos altos da História da Arte da cidade: Baixa Idade Média; Século XVI e Século XVIII. Por esta altura, o monumento foi substancialmente transformado, acrescentando-se novas dependências, um novo corpo em altura no claustro, e numerosas beneficiações na igreja, dotada de uma nova luminosidade (proporcionada por amplos janelões) e de elementos de devoção. Mais uma vez, foi no claustro que a empreitada melhor ficou espelhada, numa campanha ocorrida praticamente no final de Setecentos. A fonte tardo-barroca, erguida ao centro da quadra central e "de três faces (...) com frontão curvo", é um dos pormenores decorativos de maior impacto visual desta reforma, e repete "um modelo de grande ocorrência nas Beiras" (RODRIGUES e PEREIRA, 1988, p.72).
Extinta a comunidade, o conjunto teve várias funções, sendo adaptado a asilo. Com o advento da 3ª República, o espaço albergou alguns serviços municipais e sociedades de âmbito cultural, ao mesmo tempo que foi objecto de restauros parcelares. Mais recentemente, em Maio de 1999, aqui se instalou a Biblioteca Municipal de Portalegre, num projecto de reconversão integral, que, pela primeira vez em quase dois séculos, encarou o edifício como um todo funcional, ainda que não seja isento de crítica.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPJanelas da casa da Rua de Azevedo CoutinhoMuralhas do Castelo de PortalegrePalácio Barahona
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal - vol. I (Distrito de Portalegre)KEIL, LuísEdição1943Lisboa
PortalegreRODRIGUES, JorgeEdição1988Lisboa
PortalegrePEREIRA, PauloEdição1988Lisboa
O centro histórico da cidade de PortalegreGARRAIO, IsildaEdição2002Portalegre
Subsídios para uma monografia de PortalegreTRANSMONTANO, Maria TavaresEdição1997Portalegre
"Caso prático de intervenção num edifício classificado", Revista Monumentos, n.º 2MACEDO, José António SousaEdição1995Lisboa

IMAGENS

Convento de Santa Clara - Fachada poente: entrada para a actual Biblioteca Municipal

Convento de Santa Clara - Claustro

Convento de Santa Clara - Claustro: vista parcial da arcada

Convento de Santa Clara - Claustro: vista parcial da arcaria

Convento de Santa Clara - Claustro: fonte da quadra central

MAPA

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