Castelo de Vila Nova de Cerveira | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Vila Nova de Cerveira | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Vila Nova de Cerveira / Pousada de D. Diniz (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Vila Nova de Cerveira/Vila Nova de Cerveira e Lovelhe | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||||||||||
Concelho | Vila Nova de Cerveira | ||||||||||||
Freguesia | Vila Nova de Cerveira e Lovelhe | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 735/74, DG, I Série, n.º 297, de 21-12-1974 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 30-08-1946, publicada no DG, II Série, n.º 252, de 30-10-1946 (sem restrições) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914629 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | São ainda discutidas as origens do castelo de Cerveira. A informação mais antiga que actualmente se conhece aponta para o reinado de D. Sancho II, altura em que Pero Novais confirmou o foral de Elvas, na categoria de alcaide do castelo de Cerveira. A opinião mais consensual (leia-se, a mais repetida pelos diversos autores que se dedicaram a esta fortaleza), contudo, aponta para que a primitiva construção do castelo tenha ocorrido apenas no reinado de seu sucessor, D. Afonso III, reinado em que está documentada a obrigação, de um vasto conjunto de populações vizinhas, em concorrer para a construção e/ou repação das muralhas. Aqui se instalou a cabeça da Terra de Cerveira, menção com que é referido o território circundante na viragem para o século XIV, mas desses primeiros tempos da fortificação nada sabemos, nem mesmo se foi logo um castelo ou uma simples torre. A fortaleza que hoje existe é o resultado da dinâmica construtiva verificada no reinado de D. Dinis. Este monarca, em 1317, tentou atrair para a localidade uma centena de habitantes, propósito que renovou quatro anos mais tarde, pela outorga de carta de foral ao burgo. Dava-se assim cumprimento ao "reforço de uma rede urbana" fortemente vinculada à autoridade régia, que contava já com exemplos anteriores no Alto Minho, como a fundação de Caminha, em finais do século XIII (ANDRADE, 2001, p.90). A disposição geral da fortaleza confirma a datação dionisina do projecto. De planta oval - típica das construções fortificadas góticas dessa altura -, possui oito torres quadrangulares, cinco delas relacionadas com a muralha Sul, a mais vulnerável a ataques. Esta cronologia é ainda sublinhada pela presença das armas do monarca, a encimar um portal gótico e a anteceder o que resta de um matacães, uma estrutura que permitia o tiro vertical sobre os possíveis agressores. Urbanisticamente, o interior das muralhas era definido por duas portas, ligadas, entre si, pela Rua Direita: a Sul, virada para o terreiro da feira, a Porta da Vila (mais tarde de Nossa Senhora da Ajuda), passagem imponente, de impacto cenográfico e simbólica do vínculo régio da fortaleza; a Norte, um pequeno postigo, verdadeira "porta da traição" (ALMEIDA, 1987, p.159), conduzia às margens do rio. Posteriormente, foram muitas as alterações por que passou o castelo. Ainda na Idade Média, reinando D. Fernando ou, já no século XV, tiveram lugar reparações pontuais. Bastante mais importantes foram as campanhas da época moderna. Nos anos de 1660 a 1665, no contexto das Guerras da Restauração, D. Diogo de Lima, 8º Visconde de Cerveira, patrocinou a construção de um sistema defensivo moderno, com fossos, amuralhamentos intermédios e baluartes salientes. A vila havia sido atacada por forças espanholas logo em 1643 e, ainda que a sua importância não fosse comparável à vizinha fortaleza de Valença, foi, sem dúvida, um ponto de apoio importante na defesa da linha do Minho. Integrada nas obras seiscentistas, destaca-se a Capela de Nossa Senhora da Ajuda, uma obra que coroa a entrada principal do recinto. Todavia, também esta segunda grande campanha de arquitectura militar não chegou íntegra até hoje. No século XIX, verificou-se a destruição sistemática deste monumento. Em 1844, destruiu-se parcialmente a torre de menagem, processo a que se seguiu a corrupção da muralha Norte, com a supressão da Porta do Cais. Posteriormente, por carta de 22 de Março de 1875, o recinto amuralhado foi doado à Câmara Municipal, que encetou, então, uma revolução urbanística na localidade, cujo principal objectivo foi o de destruir a segunda linha de muralhas, em benefício da melhoria significativa dos eixos viários que conduziam à vila. Parcialmente transformado em Pousada de D. Dinis, o antigo castelo de Vila Nova de Cerveira mantém parte do seu encanto medieval. Ainda é possível percorrer alguns troços de muralha e, na sua rua direita, subsiste um arco gótico que pertencia ao antigo Paço medieval dos Governadores. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Pelourinho de Vila Nova de CerveiraSolar dos Castros | ||||||||||||
Outra Classificação | Pelourinho de Vila Nova de Cerveira | ||||||||||||
Nº de Imagens | 5 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 14 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I | DIAS, Pedro | Edição | 2002 | Lisboa | |
Manuel Pinto de Vilalobos - da engenharia militar à arquitectura. Dissertação de Mestrado em História da Arte apresentada à Universidade Nova de Lisboa | SOROMENHO, Miguel | Edição | 1991 | Lisboa | |
Castelos do Distrito de Viana | GUERRA, Luís Figueiredo da | Edição | 1926 | Coimbra | Separata de O Instituto |
Alto Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1987 | Lisboa | |
A gloriosa história dos mais belos castelos de Portugal | PERES, Damião | Edição | 1969 | Barcelos | |
"O património cultural do Alto Minho (civil e eclesiástico). Sua defesa e protecção", Caminiana, ano IX, nº14, pp.9-80 | ALVES, Lourenço | Edição | 1987 | Caminha | |
Vila Nova de Cerveira: de ontem e de hoje | ROCHA, J. Marques | Edição | 1994 | Gondomar | |
Os Forais de Vila Nova de Cerveira: 1321-1512 | GUERREIRO, Castro | Edição | 1996 | Vila Nova de Cerveira | |
Contributos para a História de Vila Nova de Cerveira, vol.1 | GUERREIRO, Castro | Edição | 1995 | Vila Nova de Cerveira | |
Os Forais de Vila Nova de Cerveira: 1321-1512 | ANTUNES, João Manuel Viana | Edição | 1996 | Vila Nova de Cerveira | |
"O Castelo de Cerveira", Cerveira Nova, nº5 | DIOGO, José Leal | Edição | 1971 | Vila Nova de Cerveira | |
Roteiro de Vila Nova de Cerveira | DIOGO, José Leal | Edição | 1983 | Vila Nova de Cerveira | |
Vila Nova de Cerveira: elites, poder e governo municipal (1753-1834) | CAPELA, José Viriato | Edição | 2000 | Braga | |
"A estratégia dionisina na fronteira noroeste", IV Jornadas Luso-Espanholas de História Medieval (1998), republ. A construção medieval do território, pp.87-95 e 153-158 | ANDRADE, Amélia Aguiar | Edição | 2001 | Lisboa | |
Pousada de Dom Dinis no Castelo de Vila Nova de Cerveira | Edição | 1982 | Lisboa |
Castelo de Vila Nova de Cerveira - Porta principal, actualmente ocupada pela capela de Nossa Senhora da Ajuda
Castelo de Vila Nova de Cerveira - Interior do recinto: porta com matacães
Castelo de Vila Nova de Cerveira - Passadiço de acesso ao recinto
Castelo de Vila Nova de Cerveira - Interior do recinto: Capela de Nossa Senhora da Ajuda
Castelo de Vila Nova de Cerveira - Interior do recinto: ruínas do antigo paço dos governadores