Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Conjunto constituído pela Igreja e Convento de Vilar de Frades, cerca e outros elementos construídos na sua envolvente
Designação
DesignaçãoConjunto constituído pela Igreja e Convento de Vilar de Frades, cerca e outros elementos construídos na sua envolvente
Outras Designações / PesquisasIgreja do Mosteiro dos Lóios / Igreja de São Salvador de Vilar de Frades / Igreja de Vilar de Frades e Convento de Vilar de Frades / Igreja e Mosteiro de Vilar de Frades / Mosteiro de São Salvador (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBraga/Barcelos/Areias de Vilar e Encourados; Manhente
Endereço / Local
LATITUDE LONGITUDE
41.540177-8.557434
DistritoBraga
ConcelhoBarcelos
FreguesiaAreias de Vilar e Encourados; Manhente
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 7/2013, DR, 1.ª série, n.º 87, de 7-05-2013 (sem restrições) (ampliou a classificação e alterou a designação) (ver Decreto)
Procedimento prorrogado até 30 de junho de 2013 pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma)
Anúncio n.º 13371/2012, DR, 2.ª série, n.º 169, de 31-08-2012 (ver Anúncio)
Procedimento prorrogado pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma)
Parecer favorável de 26-10-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 1-07-2011 da DRC do Norte para a reclassificação, com a designação de "Conjunto constituído pela Igreja e Convento de Vilar de Frades, Cerca e outros elementos construídos na sua envolvente
Declaração de rectificação n.º 467/2011, DR, 2.ª série, n.º 39, de 24 de Fevereiro (ver Declaração)
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30 de Dezembro (ver Despacho)
Despacho de abertura de 16-10-2001 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de 11-10-2001 da DR do Porto do IPPAR para a reclassificação da Igreja de Vilar de Frades, passando a incluir a cerca bem como outros elementos construídos na envolvente exterior à cerca
Decreto n.º 32 973, DG, I Série n.º 175, de 18-08-1943 (classificou o Chafariz monumental existente no pátio do extinto convento anexo à igreja de Vilar de Frades) (ver Decreto)
Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (classificou a Igreja de Vilar de Frades) (ver Decreto)
ZEPPortaria n.º 398/2014, DR, 2.ª série, n.º 103, de 29-05-2014 (sem restrições) (ver Portaria)
Anúncio n.º 13371/2012, DR, 2.ª série, n.º 169, de 31-08-2012 (ver Anúncio)
Parecer favorável de 26-10-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 1-07-2011 da DRC do Norte
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913229
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO mosteiro beneditino de Vilar de Frades terá sido fundado em 566 pelo bispo S. Martinho de Dume. A sua total ruína, na sequência das invasões muçulmanas, levou a uma completa reconstrução românica do cenóbio quinhentos anos mais tarde, em 1070, por encomenda de D. Godinho Viegas. Logo no início do século XIV a propriedade encontra-se despovoada, e em 1425 é entregue a uma nova congregação, dirigida por Mestre João Vicente, futuro bispo de Lamego e Viseu, os Cónegos de S. Salvador de Vilar de Frades, conhecidos por Lóios por lhes ter sido doada a Igreja de Santo Elói, em Lisboa, designação que perdurou mesmo quando o nome da congregação foi alterado.
Da primitiva construção resta apenas o portal, com três arquivoltas ricamente ornamentadas de seres fabulosos e elementos naturalistas e geométricos, assentes em colunelos com capitéis historiados representando um bestiário típico do românico; existem ainda vestígios de uma janela e os arranques da torre sul, onde hoje se integra o portal.
A partir do século XVI várias obras de ampliação e remodelação começam a alterar substancialmente a feição do antigo mosteiro românico e de toda a cerca conventual, datando de meados de quinhentos uma segunda torre, a norte, os dormitórios, o refeitório, a cozinha, a biblioteca e o claustro, ao centro do qual se erigiu um chafariz de mármore, mandado talhar em Lisboa em 1596, composto por duas taças com bicas em forma de carrancas (SANTA MARIA, 1697). Quinhentistas são ainda o cadeiral do coro, o órgão da igreja e o retábulo do altar-mor, pertencendo já a finais do século o retábulo do Espírito Santo. Mas as obras manuelinas estão entre as mais impressionantes, conservando-se o portal principal em asa de cesto e terminação conupial, integrado em alfiz, e enquadrado por dois grandes colunelos ao modo de troncos podados, ao qual se acede por um alpendre saliente, e no interior a elegante e complexa abóbada nervurada cobrindo a nave única desta igreja-salão, com vasta capela-mor (concluída apenas em meados do século XVII). De salientar ainda a abóbada do braço sul do transepto, muito ornamentada. A autoria destas obras foi recentemente atribuída a João Lopes o Velho, famoso arquitecto dividido entre a Galiza e o Norte de Portugal (RAMOS, Maria Teresa C. F. Oliveira, 1990, p. 99).
O corpo da igreja sofreu posterior intervenção seiscentista, com a finalização da capela-mor e a reconstrução do corpo da igreja, então em mau estado. No século XVIII a fachada principal é por sua vez remodelada, integrando-se o portal do século XI na torre sul.
Existem na igreja vários revestimentos azulejares de grande interesse, alguns seiscentistas, assinados e datados de 1742 forrando duas capelas do interior, e outros já do século XVIII, possivelmente de fabrico regional e bastante raros (SIMÕES, J.M. Santos, 1979, p. 95). O altar-mor é uma peça de talha imponente, em estilo nacional, datado de 1697. Destacam-se ainda duas telas de Pedro Alexandrino, na sacristia (construída no século XVIII), e algumas valiosas esculturas.
O belo chafariz antes localizado no pátio do convento, e classificado como Monumento Nacional, foi transferido para Barcelos em 1967. O actual chafariz terá sido mandado edificar pelo reitor Joaquim Lopes da Costa entre 1790 e 1792 (VINHAS, 1998). Assente num soco de apenas um degrau, o tanque circular recebe ao centro a coluna, assente sobre fuste quadrangular, totalmente decorada com motivos vegetalistas. Sobre esta foi colocada uma secção piramidal onde se aplicaram quatro cabeças de golfinho, dos quais jorra a água que alimenta o chafariz. O conjunto é rematado por uma coroa fechada, sustentada por quatro aves.
IPPAR, 2000, e Catarina Oliveira, DIDA/ IGESPAR, I. P./ 2010
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens41
Nº de Bibliografias17

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
A Igreja e o Convento de Vilar de Frades: das origens da Congregação dos Cónegos Seculares de São João Evangelista (Lóios) à extinção do convento, 1425-1834VINHAS, Joaquim AlvesEdição1998
"A igreja manuelina de Vilar de Frades: do arquitecto, dos cronistas e do monumento", in Revista de Ciências HistóricasRAMOS, Maria Teresa Calheiros Figueiredo de OliveiraEdição1990
Uma arcatura historiada de Vilar de FradesRAMOS, Luís A. de OliveiraEdição1965
A Arquitectura Gótica em PortugalCHICÓ, Mário TavaresEdição1981Lisboa
Azulejaria em Portugal no século XVIIISIMÕES, J. M. dos SantosEdição1979Lisboa
O Ceo aberto na TerraSANTA MARIA, Pe. Francisco deEdição1697
Memorial de Vilar de FradesSODRÉ, BaltazarEdiçãoMan. 23, B, 44.25 - Torre do Tombo
Arquitectura Românica de Entre Douro e MinhoALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira deEdição1978Porto
O Concelho de Barcelos Aquém e Além-CávadoFONSECA, Teotónio daEdição1948
Epilogo e Compendio da origem da Congregação de Sam Joam EvangelistaSÃO PAULO, Jorge deEdiçãoMs. 924, do Arquivo Distrital de Braga
Património, Balanço e Perspectivas (2000-2006)IPPAREdição2000
A Egreja de Villar de Frades no concelho de BarcelosBARREIROS, Manuel de AguiarEdição1919
A portada romanica de Villar de Frades e o seu simbolismoBARREIROS, Manuel de AguiarEdição1920
As mais belas igrejas de Portugal, vol. IGIL, JúlioEdição1988Lisboa
O Ceo aberto na Terra: historia das sagradas congregações dos Conegos Seculares de S. Jorge em Alga de Venesa & de S. Joaõ Evangelista em Portugal...SANTA MARIA, Pe. Francisco deEdição1697Lisboa
A Arquitectura ManuelinaDIAS, PedroEdição1988Porto
A arquitectura manuelinaDIAS, PedroEdição2009Vila Nova de Gaia

IMAGENS

Igreja de Vilar de Frades - Interior: abóbada da nave

Igreja de Vilar de Frades - Interior: nave e capela-mor

Igreja de Vilar de Frades - Interior da sacristia

Igreja de Vilar de Frades - Interior: nave e capela-mor (vista a partir do coro-alto)

Igreja de Vilar de Frades - Interior: nave (durante as obras de drenagem 1998-99)

Igreja de Vilar de Frades - Planta do mosteiro: igreja, claustro e átrio

Igreja de Vilar de Frades - Portal principal e galilé (durante as obras 1998-99)

Portal principal antes das obras de beneficiação (1998-99)

Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal: obras de intervenção

Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal durante a intervenção

Igreja de Vilar de Frades - Interior durante a intervenção

Igreja de Vilar de Frades - Muro da antiga cerca conventual e acesso à igreja

Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal durante a intervenção

Igreja de Vilar de Frades - Claustro: ala norte

Igreja de Vilar de Frades - Vista geral de poente: fachada principal e adro

Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal: galilé e portal

Igreja de Vilar de Frades - Coberturas da zona conventual (ao fundo, pombal)

Igreja de Vilar de Frades - Vista geral de poente: fachada principal e adro

Igreja de Vilar de Frades - Vista geral de nascente: fachada posterior da igreja e zona conventual

Igreja de Vilar de Frades - Planta com a delimitação do imóvel classificado e da ZP (anterior à ampliação de 2013)

Igreja de Vilar de Frades - Planta com a delimitação do conjunto que esteve em vias de classificação e da ZP então vigor (já classificado com ZEP)

Igreja de Vilar de Frades - Interior: panorâmica geral da nave e capela-mor

Igreja de Vilar de Frades - Interior: panorâmica geral da nave (a partir do coro-alto)

Igreja de Vilar de Frades - Vista geral da fachada principal (antes da intervenção)

Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal: portal (antes das obras de restauro)

Igreja de Vilar de Frades - Interior da sacristia

Sacristia

Igreja de Vilar de Frades - Planta com a delimitação e a ZEP proposta pela DRCN e a SPAA do CNC (já foi publicada)

Igreja de Vilar de Frades - Interior da sacristia

Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal: pormenor de capitéis do portal

Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal: pormenor de capitéis do portal

Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal: vista geral

Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal: portal

Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal (DGEMN)

Igreja de Vilar de Frades - Planta com a delimitação e a ZGP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP

Igreja de Vilar de Frades - Planta com a delimitação e a ZGP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP

Igreja de Vilar de Frades - Claustro: chafariz monumental

Igreja de Vilar de Frades - Claustro chafariz monumental

Igreja de Vilar de Frades - Claustro: chafariz monumental (IPPC, 1982)

Igreja de Vilar de Frades - Remate do chafariz monumental (DGEMN)

Conjunto constituído pela Igreja e Convento de Vilar de Frades, cerca e outros elementos construídos na sua envolvente - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor

MAPA

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