Anta de Cunha Baixa | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Anta de Cunha Baixa | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Anta da Cunha Baixa / Casa da Orca / Casa da Moura (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Anta | ||||||||||||
Tipologia | Anta | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viseu/Mangualde/Cunha Baixa | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viseu | ||||||||||||
Concelho | Mangualde | ||||||||||||
Freguesia | Cunha Baixa | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181502 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Sítio A Anta de Cunha Baixa localiza-se no lugar da Orca ou da Casa da Moura, freguesia da Cunha Baixa, concelho de Mangualde. Dista sensivelmente 1 km a oeste da Cunha Baixa e 2 km a sudoeste da sede de concelho. Implanta-se numa zona de planalto, junto ao Rio do Castelo. Nas imediações, considerando um raio de 5 km, estão identificados diversos monumentos análogos designadamente a Orca de Bracais, o Dólmen de Alcafache, a Orca de Gandufe, a Orca de Pinhal dos Ameais e a Orca da Carvalhinha. Este monumento funerário megalítico apresenta câmara e corredor bem diferenciados. A câmara sepulcral é poligonal, tendencialmente retangular pela disposição em linha do esteio de fundação e dos dois adjacentes. Mede cerca de 3 metros de diâmetro, e é formada por nove ortostatos de granito. A sua base foi regularizada com a construção de um lajeado, opção que poderá ter sido replicada no corredor de acesso. O chapéu mantém-se sustentado conferindo à câmara uma altura de 3,20 metros. O corredor afuselado, orientado a sudeste, é muito longo, com um comprimento de 7,17 metros e largura máxima de 1,68 metros, delimitado por oito esteios de cada lado. Preserva uma laje de cobertura in situ. À entrada da câmara dispunham-se dois pilares de secção retangular destinados a apoiar a laje de fecho que se encontrava-se tombada no interior do corredor. Não restam vestígios da mamoa. A sua construção não recorreu aos habituais alvéolos de fixação, estando diretamente firmada no substrato geológico. A laje de cabeceira expunha pinturas a vermelho, das quais não restam vestígios. Detetaram-se, igualmente, gravuras no chapéu, onde foi assinalado um conjunto de covinhas que também é possível registar num dos esteios do corredor, presumivelmente preexistentes à anta. Mais curioso é um pictograma muito deteriorado, colocado noutro esteio do acesso, constituído por vários sulcos distribuídos em dois núcleos separados, um dos quais parece formar um reticulado, apesar de o estado de conservação não possibilitar a leitura segura. História A edificação da Anta de Cunha Baixa baliza-se entre o último quartel do 4º milénio e meados do 3º milénio a.n.e., atendendo à sua tipologia construtiva e espólio exumado (Neolítico Final/Calcolítico) embora este revele uma longa diacronia que atinge a Idade do Bronze, certamente num episódio de revisitação. São conhecidas referências relativa a este monumento megalítico desde os finais do século XIX, quando surge na obra Portugal Antigo e Moderno de Pedro Augusto Ferreira, publicada em 1870.Posteriormente, em 1902, José Leite de Vasconcelos conduz uma escavação no local tendo recolhido algum espólio. Mereceu a atenção de George e Vera Leisner, sendo aludida na publicação de 1959, Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen. Irisalva Moita realiza uma nova planta da anta constante no artigo Características predominantes do grupo dolménico da Beira Alta, de 1966. Finalmente, em 1987, Raquel Vilaça e Domingos da Cruz realizam uma escavação arqueológica que permite recuperar a planta do monumento, descobrir as insculturas e, paralelamente, realizar trabalhos de conservação e restauro. Ana Vale DGPC, 2020 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 5 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A Casa da Orca da Cunha Baixa | VILAÇA, Raquel Maria da Rosa | Edição | 1990 | Mangualde | |
A Casa da Orca da Cunha Baixa | CRUZ, Domingos de Jesus da | Edição | 1990 | Mangualde | |
Arqueologia Pré-Histórica da Beira. O dólmen da Cunha-Baixa, in O Arqueólogo Português, vol. IX | VASCONCELOS, José Leite de | Edição | 1904 | Lisboa |
Anta de Cunha Baixa - Vista geral (antes dos trabalhos de restauro)
Anta de Cunha Baixa - Vista geral
Anta de Cunha Baixa - Planta de localização
Anta de Cunha Baixa - Vista geral
Anta de Cunha Baixa - Interior da câmara funerária (em fase de restauro)
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