Casa da Rua de D. Duarte | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Casa da Rua de D. Duarte | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Paço da Torre / Casa do Ducado / Casa da Rua D. Duarte (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Casa | ||||||||||||
Tipologia | Casa | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viseu/Viseu/Viseu | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viseu | ||||||||||||
Concelho | Viseu | ||||||||||||
Freguesia | Viseu | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Segundo reza uma tradição, provavelmente infundada, o rei D. Duarte nasceu em Outubro de 1391 numa casa da rua que hoje leva o seu nome, no centro do burgo medieval de Viseu. Alguns anos mais tarde, entre 1408 e 1415, D. João I instituiu toda a região como feudo, e finalmente como ducado, cujo senhorio foi entregue a seu filho D. Henrique. Na referida casa poderia ter estado instalado o Paço Ducal, função que justificou a alusão ao nascimento régio: em 1934, o historiador Maximiano de Aragão referia documentação na qual se afirmava que D. Duarte nascera na Casa do Almoxarifado, sendo de facto plausível que o Almoxarifado de Viseu tenha funcionado em dependências dos paços henriquinos (que poderiam ser simples casas de pousada para os monarcas), embora a localização exacta de ambos seja desconhecida. Em todo o caso, a partir de 1460, com a morte do primeiro duque de Viseu, o edifício tercentista passou para a posse do Cabido da Sé. Nos anos seguintes foi emprazado a Antão Gomes de Abreu, fidalgo da Casa Real e irmão do bispo da cidade, D. João de Abreu, e novamente a seu filho, Pero Gomes de Abreu, cónego da Sé. Ao cónego Gomes de Abreu, arrendatário do imóvel desde 1500, devem-se seguramente as obras que o imóvel sofreu, para melhor se adaptar a uma moderna residência senhorial. Nestas obras pode integrar-se a abertura da janela com moldura manuelina que melhor caracteriza a construção, pormenor enobrecedor da fachada principal, de resto muito singela. Era então duque de Viseu o próprio rei D. Manuel, e a cidade mantinha contínuo crescimento, possuindo excelentes condições agrícolas, e uma localização que lhe permitia um desenvolvimento comercial atestado pelo privilégio da feira franca. O imóvel é uma caixa murária de fachadas simples, relativamente estreita em relação à altura dos seus três pisos, que permite identificar a construção tercentista como casa-torre inserida em meio urbano. A esta marcada verticalidade soma-se o rés-do-chão fechado, sem iluminação exterior ou porta de acesso (este é feito através de outro imóvel, com entrada pela Rua do Comércio), de acordo com a tipologia das torres medievais, possuindo arrecadações cegas no nível térreo e porta aberta no primeiro andar, a vários metros do chão (José Custódio Vieira da SILVA, 1995), onde se colocava uma escada de madeira. Entre os poucos vãos rasgados na fachada principal sobressai a janela manuelina do segundo piso, geminada, e carregada com ornamentação festiva de cariz vegetalista, emoldurando o brasão do cónego Pero Gomes de Abreu. Um erro na interpretação deste brasão (esquartelado de Abreu e Soares de Albergaria), causado pela leitura da cruz dos Abreu com a cruz de Aviz, poderia estar na origem da tradição que coloca neste local o antigo Paço Ducal (cfr. Guia de Portugal, 1984). Quanto à referida janela, é possível que aproveite o vão da porta primitiva, uma vez que a cantaria dos muros é contínua e de aparelhamento mais antigo nos dois pisos inferiores, não denotando qualquer obra destinada a fechar aberturas existentes. O contrário se passa no terceiro piso, iluminado por duas janelas igualmente quinhentistas, de ombreiras largas e verga recta, com decoração polilobada, e cujo rasgamento implicou a alteração do aparelho original, sendo bem visível a transição entre este e as pedras de talhe mais regular das obras modernas. Sílvia Leite / DIDA - IGESPAR, IP | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Edifício do antigo seminário de Viseu, depois Paço dos Bispos de Viseu, vulgarmente conhecido pelo nome de «Colégio»Sé de Viseu | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 5 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A arquitectura manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
Paços Medievais Portugueses | SILVA, José Custódio Vieira da | Edição | 2002 | Lisboa | Tipo : Colecção - Arte e Património Esta obra corresponde à tese de doutoramento apresentada por José Custódio Vieira da Silva à Universidade Nova de Lisboa sobre a génese e a evolução da casa senhorial em Portugal. Engloba o estudo de várias habitações régias e senhoriais, algumas das quais afectas ao IPPAR e propõe novos roteiros de visita e diversas fontes de interesse científico. |
Viseu | CORREIA, Alberto | Edição | 1989 | Lisboa | |
Guia de Portugal, Beira II - Beira Baixa e Beira Alta | DIONÍSIO, Sant'Ana | Edição | 1984 | Lisboa | |
Arte Monumental Portuguesa | AZEVEDO, Correia de | Edição | 1975 | Porto | 1, p. 317 |
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