Muralhas e Portas Antigas da Cidade | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Muralhas e Portas Antigas da Cidade | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Muralha e portas antigas de Viseu / Cerca urbana de Viseu (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Muralha | ||||||||||||||||
Tipologia | Muralha | ||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Viseu/Viseu/Viseu | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viseu | ||||||||||||||||
Concelho | Viseu | ||||||||||||||||
Freguesia | Viseu | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 2 165, DG, I Série, n.º 265, de 31-12-1915 (ver Decreto) | ||||||||||||||||
ZEP | |||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 9913329 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Variam muito as opiniões acerca das origens das muralhas viseenses, diversidade fomentada pela escassez de informações arqueológicas. Dada a antiguidade da cidade, tem sido consensual a atribuição de um primitivo amuralhamento ao período romano, hipótese confirmada recentemente por escavações arqueológicas realizadas no Largo de Santa Cristina, mas cuja amplitude, dimensão e perímetro se deconhecem. Também a cerca medieval se apresenta bastante problemática. Tem sido frequente considerar uma estrutura defensiva do burgo na viragem para o século XII, mas, invariavelmente, faltam certezas. O que efectivamente sabemos acerca das muralhas de Viseu data da Baixa Idade Média, mais concretamente do século XV, momento por demais tardio face às condicionantes reconquistadoras que, com certeza, motivaram o amuralhamento da localidade logo nos primeiros tempos da nacionalidade, ou, ainda, antes. No tempo de D. João I, trabalhava-se nas muralhas, mas a principal informação é do reinado de D. Afonso V: em 1472, uma epígrafe associada à Porta do Soar, indica que, nesse ano, o monarca ordenou uma reformulação da estrutura defensiva, passando esta a integrar as duas cercas antigas. Esta informação é bastante importante, na medida em que certifica terem existido duas linhas de muros, já considerados antigos pelos meados do século XV. Neste sentido, é possível equacionar, pelo menos, duas fases anteriores, que poderão corresponder, mesmo, a épocas distintas de evolução urbana da própria cidade. Contudo, é possível que tenham sido o resultado dos primeiros amuralhamentos medievais, cuja eficácia foi dramaticamente testada no ciclo de Guerras Fernandinas, na segunda metade do século XIV, quando Viseu foi, por quatro vezes, atacada por exércitos castelhanos. O que hoje resta destas muralhas data, assim, do século XV. Sob o patrocínio da dinastia de Avis, edificou-se uma cerca poligonal, de planta muito irregular (abraçando a própria fisionomia humanizada da cidade), cuja correcta definição das suas linhas está hoje bastante prejudicada pelas múltiplas alterações posteriores. Com efeito, os poucos vestígios que restam são secções isoladas e destituídas de ligações entre si, circunstâncias que impossibilitam a reconstituição do seu traçado. Das sete portas primitivas, restam apenas duas, e das torres originais quase nada se conserva. As fases de destruição da muralha de Viseu estão ainda por esclarecer convenientemente, na medida em que parecem ter existido obras na época moderna, como o prova a lápide de 1646 associada à Porta dos Cavaleiros. Ao que tudo indica, o seu desmantelamento iniciou-se logo no século XVI, aquando da ampliação do Paço episcopal. Mais tarde, em 1844, a própria Câmara Municipal ordenou a demolição das antigas portas, recapitulando-se, em Viseu, um processo entendido como modernizante e que caracterizou a actuação de alguns municípios oitocentistas nacionais. A Porta do Soar, ou de São Francisco, é o principal elemento remanescente. De arco ogival e com um pequeno troço adossada, foi o eixo fundamental de circulação da cidade, onde os construtores colocaram a epígrafe que data a construção do reinado de D. Afonso V e um brasão com as armas nacionais. No interior, um pequeno nicho contém ainda uma imagem do santo tutelar da Porta, característica comum às principais entradas das fortalezas tardo-medievais. A importância e o prestígio deste local fez com que, anexa à porta, séculos mais tarde, se construísse uma das mais interessantes casas civis barrocas de Viseu, o Solar dos Melos, cujo impacto urbanístico e simbólico levou mesmo a que a velha Porta do Soar passasse a ser conhecida como Arco dos Melos. No Largo de Santa Cristina, conserva-se um solar presumivelmente do século XVII, cujas fundações assentam sobre um troço de muralha, o que prova como na época moderna a antiga estrutura defensiva da cidade foi constantemente adulterada em benefício da ampliação de espaços civis. PAF | ||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||
Nº de Imagens | 36 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Espaço e tempo na Acrópole de Viseu", Monumentos, n.º 13, Lisboa, Setembro de 2000, pp. 44-51 | VAZ, João Luís da Inês | Edição | 2000 | Lisboa | |
A gloriosa história dos mais belos castelos de Portugal | PERES, Damião | Edição | 1969 | Barcelos | |
"Eclectismo. Classicismo. Regionalismo. Os caminhos da arte cristã no Ocidente peninsular entre Afonso III e al-Mansur", Muçulmanos e Cristãos entre o Tejo e o Douro (sécs. VIII a XIII), pp.293-310 | FERNANDES, Paulo Almeida | Edição | 2005 | Palmela | |
"A acrópole e a cidade", Monumentos, n.º 13, Lisboa, Setembro de 2000, pp. 52-55 | FERNANDEZ, Sergio | Edição | 2000 | Lisboa | |
Imagens de Viseu | MOREIRA, Francisco de Almeida | Edição | 1937 | Porto | |
"O castelo romano de Viseu", Beira Alta, n.º 30, 1957, pp. 215-226 | VALE, Alexandre de Lucena e | Edição | 1957 | Viseu | |
Viseu monumental e artístico | VALE, Alexandre de Lucena e | Edição | 1969 | Viseu |
Muralhas e Portas Antigas da Cidade - Porta do Soar
Autor: Alexa Pinto, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Muralhas e Portas Antigas da Cidade - Porta do Soar ou de São Francisco
Autor: Alexa Pinto, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Muralhas e Portas Antigas da Cidade
Autor: Concierge 2C, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Muralhas e Portas Antigas da Cidade - Porta dos Cavaleiros
Autor: Concierge 2C, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Muralhas e Portas Antigas da Cidade - Porta do Soar
Autor: Concierge 2C, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Muralhas e Portas Antigas da Cidade - Porta dos Cavaleiros
Autor: Concierge 2C, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Muralhas e Portas Antigas da Cidade
Autor: Duca696, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Muralhas e Portas Antigas da Cidade - Porta do Soar
Autor: Duca696, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Muralhas e Portas Antigas da Cidade - Porta dos Cavaleiros
Autor: Duca696, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Muralhas e Portas Antigas da Cidade - Porta do Soar
Autor: Duca696, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Muralhas de Viseu - Porta do Soar: painel de azulejos no intradorso da porta
Muralhas de Viseu - Porta da Senhora do Postigo: vestígios junto da Rua Silva Gaio
Muralhas de Viseu - Troço da Sé: muralha sul oculta pelos "Jardins Efémeros 2014"
Muralhas de Viseu - Porta do Soar: lápides com inscrições sobre a porta
Muralhas de Viseu - Porta dos Cavaleiros: vista do lado de fora
Muralhas de Viseu - Troço da Sé: muralha norte com a Varanda dos Cónegos
Muralhas de Viseu - Porta dos Cavaleiros: fonte de mergulho junto do chafariz de São Francisco
Muralhas de Viseu - Porta do Soar: vista geral do lado de fora
Muralhas de Viseu - Troço da Sé: muralha norte com a Varanda dos Cónegos
Muralhas de Viseu - Porta do Soar: vista geral do lado de dentro
Muralhas de Viseu - Porta do Soar: Palácio dos Melos sobre a muralha (lado de dentro)
Muralhas de Viseu - Porta dos Cavaleiros: enquadramento geral (lado de dentro e junto da Casa do Arco)
Muralhas de Viseu - Troço da Sé: muralha sul
Muralhas de Viseu - Porta dos Cavaleiros: parte superior e lápide com inscrição (lado de fora)
Muralhas de Viseu - Porta dos Cavaleiros: vista geral do lado de dentro
Muralhas de Viseu - Porta dos Cavaleiros: alçado posterior do chafariz de São Francisco
Muralhas de Viseu - Porta do Soar: embasamento de torre onde se apoia o Palácio dos Melos (lado de fora)
Muralhas de Viseu - Porta dos Cavaleiros: lápide com inscrição sobre a porta (lado de fora)
Muralhas de Viseu - Porta do Soar: vista geral do lado de fora
Muralhas de Viseu - Porta dos Cavaleiros: enquadramento geral com a Casa do Arco (lado de dentro)
Muralhas de Viseu - Troço da Sé: torre poente da muralha sul
Muralhas de Viseu - Porta dos Cavaleiros: vista do lado de dentro
Muralhas de Viseu - Porta do Soar: embasamento de torre onde se apoia o Pal¿¿acio dos Melos
Muralhas de Viseu - Porta dos Cavaleiros: chafariz de São Francisco (lado de dentro)
Muralhas de Viseu - Troço da Sé: muralha sul oculta pelos "Jardins Efémeros 2014"
Muralhas de Viseu - Porta dos Cavaleiros: arco de passagem (lado de fora)
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