Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja do Hospital de Santarém, denominada de Jesus Cristo
Designação
DesignaçãoIgreja do Hospital de Santarém, denominada de Jesus Cristo
Outras Designações / PesquisasIgreja de Jesus Cristo / Convento de Nossa Senhora de Jesus / Convento de Nossa Senhora de Jesus do Sítio / Igreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Santarém (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaSantarém/Santarém/União de Freguesias da cidade de Santarém
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo Cândido dos ReisSantarém Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.233192-8.687029
DistritoSantarém
ConcelhoSantarém
FreguesiaUnião de Freguesias da cidade de Santarém
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 8 627, DG, I Série, n.º 27, de 8-02-1923 (ver Decreto)
ZEPPortaria de 28-01-1947, publicada no DG, II Série, n.º 43, de 22-02-1947
Zona "non aedificandi"Portaria de 28-01-1947, publicada no DG, II Série, n.º 43, de 22-02-1947
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO22051577
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica A igreja do Convento de Nossa Senhora de Jesus Cristo, primitivamente de ordem franciscana, actualmente denominada igreja do Hospital de Jesus Cristo, por aqui se ter instalado em 1834 o hospício de João Afonso, aquando da extinção das ordens religiosas, constituí um dos melhores exemplos de arquitectura portuguesa "chã", inspirada no figurino maneirista filipino. O conjunto conventual foi fundado em 1592, pelo arcebispo D. Miguel de Castro, e construído a partir de 1615, por artistas não identificados, fora dos muros da vila, em terrenos até aí ocupados pela ermida de Santa Maria Madalena e pelo Paço dos Arcebispos de Lisboa. As obras começaram pela área conventual e, mais tarde, entre 1645-1649, arrancou o espaço da igreja, que contou com o patrocínio de D. Joana Coelha, nomeadamente a capela-mor e o transepto. As obras foram demoradas e, no que respeita ao corpo da igreja e ao coro (com frescos de perspectiva ilusionística, datados de 1723, da autoria do pintor António Simões Ribeiro), só ficaram concluídas na terceira década do século XVIII, tendo sido respeitado o risco primitivo - traçado segundo a gramática arquitectónica chã de influência contra-reformista. A fachada maneirista, segue um modelo semelhante à da igreja do mosteiro de São Vicente de Fora, apresentando uma divisão em três registos, coroados por balaustrada, e duas torres laterais inscritas. O primeiro registo comporta, no pano central, três portais, sendo os laterais com frontões interrompidos decorados com volutas, e o axial com colunas clássicas. Os panos murários exteriores são rasgados com janelões rectangulares com frontões interrompidos e decoração idêntica aos portais referidos anteriormente. Os registos superiores da fachada são animados por vãos com tímpanos curvos, alternados por vãos com tímpanos triangulares que "também surge em São Vicente de Fora, com uma harmonia austera de proporções que não esconde a largueza do "risco" erudito, segue naturalmente o tradicional modelo italianizante "ao romano", inspirado de Serlio e Vignola, e que foi uma das vias da arquitectura maneirista portuguesa a ser " exportada" (a par do modelo jesuítico) para as igrejas do Império construídas ao longo do século XVII ( e até no XVIII) na Índia, no Brasil e em Macau" (Vítor SERRÃO, 1990).
Do seu interior destaca-se, na capela-mor, o imponente retábulo lavrado em pedra que pertenceu à antiga capela de D. Gil Eanes da Costa, outrora no cruzeiro da Igreja da Graça (de onde as obras da DGEMN nos anos 50 o retiraram), com a tela central de São Nicolau de Tolentino (1603-1606), pintada por Diogo Teixeira e, num altar lateral, quatro tábuas maneiristas do fim do século XVI - Apresentação da Virgem Maria no Templo, Visitação, Adoração dos Pastores e Cristo Deposto da Cruz -, que denotam influências da produção pictórica de Francisco Venegas, e cuja proveniência é conhecida - o Convento de Santa Clara de Santarém. De destacar, enfim, a Capela da Ordem Terceira franciscana, anexa à igreja, obra-prima do Barroco de Estilo Nacional, totalmente revestida de talha dourada (o altar é obra do entalhador Manuel Álvares), de um ciclo de catorze telas alusivas aos irmãos terceiros, e com um silhar de boa azulejaria azul e branca com cenas franciscanas da autoria do ceramista lisboeta Manuel de Oliveira (1717).
Raquel Fraga
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens4
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
História de Santarém EdificadaVASCONCELOS, Pe. Inácio da PiedadeEdição1740Local de Edição - Lisboa Publicado a 1740
Inventário Artístico de Portugal, Distrito de SantarémSEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição1949LisboaLocal de Edição - Lisboa Publicado a 1949 Data do Editor : 1949
SantarémSERRÃO, VítorEdição1990Local de Edição - Lisboa
Monumentos e Lendas de SantarémBRANDÃO, Zeferino N. G.Edição1883Local de Edição - Lisboa
Santarém, Princesa das Nossas VilasFEIO, A. AreosaEdição1929Local de Edição - Santarém Data do Editor : 1929
Guia de SantarémOSÓRIO, JoséEdição1924Local de Edição - Santarém

IMAGENS

Igreja do Hospital da Misericórdia de Santarém - Fachada principal

Igreja do Hospital da Misericórdia de Santarém - Fachada principal

Igreja do Hospital da Misericórdia de Santarém - Fachada lateral esquerda

Igreja do Hospital da Misericórdia de Santarém - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 43, de 22-02-1947 - Planta do diploma

MAPA

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