Castelo de Mogadouro | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Mogadouro | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Mogadouro (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Bragança/Mogadouro/Mogadouro, Valverde, Vale de Porco e Vilar de Rei | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Bragança | ||||||||||||
Concelho | Mogadouro | ||||||||||||
Freguesia | Mogadouro, Valverde, Vale de Porco e Vilar de Rei | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 35 443, DG, I Série, n.º 1, de 2-01-1946 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 15-11-1965, publicada no DG, II Série, n.º 29, de 4-02-1966 (com ZNA) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria de 15-11-1965, publicada no DG, II Série, n.º 29, de 4-02-1966 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12220649 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | São ainda muito discutidas as origens deste castelo. Em recentes escavações efectuadas junto da actual igreja matriz, foi detectado um nível ocupacional da época romana, que pode, eventualmente, estar em relação com um primitivo núcleo proto-histórico, mas de que não se revelaram quaisquer contextos conservados (MARCOS, 1993, p.209). A área intervencionada foi muito reduzida, mas provou o mais alargado potencial arqueológico do local, que aguarda ainda um programa de estudo integral. Certo é que o castelo já existiria em 1145, quando foi doado aos Templários por Fernão Mendes de Bragança, juntamente com a fortaleza de Penas Róias. Esta doação não pode ser dissociada de um qualquer reduto militar aí existente, argumento que aponta para uma primitiva edificação a rondar as primeiras décadas do século XII. A presumível modéstia dessa estrutura levou a que a Ordem do Templo realizasse uma integral reforma da fortaleza, actualizando-a segundo a linguagem da arquitectura militar da época. É desta forma que se explica a construção do castelo românico de Mogadouro, de que se conserva apenas parcialmente a torre de menagem. O conjunto foi muito adulterado nos séculos posteriores e não é possível ser reconstituído no seu traçado original, mas não se deveria diferenciar muito do de Penas Róias, cuja reforma templária está atestada por uma epígrafe datada de 1172. Assim, seria uma fortaleza com torre de menagem isolada no centro do recinto muralhado, sendo este, por sua vez, defendido por torres quadrangulares. Em 1197, num amplo processo de reconhecimento da autoridade real nesta região, D. Sancho I trocou os castelos de Mogadouro e de Penas Róias por territórios raianos da Beira Baixa, com certeza mais atractivos para os Templários, mas algumas décadas depois a vila é novamente mencionada como pertença daquela Ordem. Ao longo do século XIII, a localidade foi agraciada com dois forais régios (1272 e 1273, ambos passados por D. Afonso III) e, em 1319, transitou para a Ordem de Cristo. Tem-se atribuído a esta época a reforma gótica do castelo, perspectiva que é reforçada pelo perfil ovalado da sua cerca, tal como Duarte d'Armas a desenhou nos inícios do século XVI. Neste documento gráfico, o mais antigo que se conhece sobre a fortaleza, a torre de menagem, apesar de se encontrar no centro do pátio, parece estar ligada a um superior caminho de ronda, mas as múltiplas transformações por que o conjunto passou nos derradeiros séculos da Idade Média fazem com que qualquer conclusão seja, por agora, prematura. Como comenda da Ordem de Cristo, o castelo foi adaptado a residência dos comendadores, facto que implicou grandes transformações na estrutura original. Desta forma, e durante os séculos XIV e XV, foram vários os edifícios construídos no interior, em especial durante o governo dos Távoras (primeira metade do século XV). É essa residência que Duarte d'Armas desenhou, composta por "três corpos principais, dispostos perpendicularmente e construídos em altura de dois pisos" (GOMES, 2003, p.130). Para além disso, as antigas dependências trecentistas foram utilizadas como estrebarias, facto que levou a que praticamente todo o pátio interior fosse ocupado por uma densa malha de construções, que chegaram a englobar a torre de menagem. Em termos militares, o castelo desenhado por Duarte d'Armas incluía apenas três torres (a de menagem e duas adossadas às muralhas, uma pentagonal e outra quadrangular). Para além disso, o reduto dispunha de uma barbacã mais baixa, que o rodeava integralmente e ao qual se associava um espaço livre, "pequeno reduto cinegético onde se conservavam coelhos" (IDEM, p.130). A destruição de todo este complexo, que no século XVIII ainda era designado por "Palácio, a que chamam castelo" (cf. IDEM) desenrolou-se ao longo da época moderna e acentuou-se nos últimos séculos, chegando até aos nossos dias como uma notável ruína, de que se conserva apenas a torre de menagem e parte das antigas muralhas. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 11 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 22 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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O Leste do Território Bracarense | NETO, Joaquim Maria | Edição | 1975 | Torres Vedras | p. 363 |
Apontamentos arqueológicos | LOPO, Albino dos Santos Pereira | Edição | 1987 | Lisboa | |
Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança: repositório amplo de notícias corográficas, hidro-orográficas, geológicas, mineralógicas, hidrológicas, biobibliográficas, heráldicas (...), 2ªed. | ALVES, Francisco Manuel | Edição | 2000 | Bragança | Publicado a 1909-1948 |
Castelos da Raia Vol. II:Trás-os-Montes | GOMES, Rita Costa | Edição | 2003 | Lisboa | Tipo : Colecção - Arte e Património Roteiro sistemático das fortalezas raianas do Nordeste português e das circunstâncias da sua construção, análise enriquecida pelo cotejo como seu registo gráfico quinhentista, realizado por Duarte de Armas. O processo de destruição de muitos destes castelos de que Herculano deixou revoltado testemunho, e que se tem prolongado até tempos recentes, faz também parte das reflexões desenvolvidas nesta obra. |
Os castelos portugueses dos finais da Idade Média: presença, perfil, conservação, vigilância e comando | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 1999 | Coimbra | |
Roteiro dos castelos de Trás-os-Montes | VERDELHO, Pedro | Edição | 2000 | Chaves | |
Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental, 6 vols., Dissertação de Doutoramento apresentada à Universidade do Minho | LEMOS, Francisco Sande | Edição | 1993 | Braga | 6 Vols. |
"O povoamento medieval em Trás-os-Montes e no Alto Douro. Primeiras impressões e hipóteses de trabalho", Arqueologia Medieval, nº2, pp.171-190 | GOMES, Paulo José Antunes Dórdio | Edição | 1993 | Porto | |
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I | DIAS, Pedro | Edição | 2002 | Lisboa | |
A gloriosa história dos mais belos castelos de Portugal | PERES, Damião | Edição | 1969 | Barcelos | |
"Catálogo dos monumentos e sítios arqueológicos do Planalto Mirandês (Pré-História)", Brigantia, vol. 13, nº3/4, pp.193-233 | MARCOS, Domingos dos Santos | Edição | 1993 | Bragança | |
Pré-História recente no Planalto Mirandês (Leste de Trás-os-Montes) | SANCHES, Maria de Jesus | Edição | 1992 | Porto | n.º 3, p. 170. |
"Castelo de Mogadouro", Do Douro Internacional ao Côa. As raízes de uma fronteira, CD-ROM | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Porto | |
As terras entre Douro e Sabor | PEREIRA, José Manuel Martins | Edição | 1908 | Setúbal | |
"Mogadouro", Illustração transmontana, ano I, pp.183-186 | FONSECA, Acácio Augusto da | Edição | 1908 | Porto | |
"O castelo de Mogadouro no sistema defensivo do Nordeste transmontano", II Congresso de Monumentos Militares Portugueses, pp.26-29 | SALGADO, Abílio José | Edição | 1983 | Lisboa | |
"Subsídios para a História do Mogadouro", Douro Litoral, nº4, separata | MACHADO, Casimiro Henrique de Morais | Edição | 1959 | Porto | |
Mogadouro. Um olhar sobre o passado | MACHADO, Casimiro Henrique de Morais | Edição | 1998 | Mogadouro | |
"Mogadouro. Apontamentos históricos", Brigantia | VARIZO, Aníbal | Edição | 1990 | Bragança | |
"A Ordem do Templo e a arquitectura militar portuguesa do século XII", Portugália, vol. XVII-XVIII, pp.171-209 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 1997 | Porto | |
"Da Reconquista a D. Dinis", Nova História Militar de Portugal, vol. I, pp.21-161 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2003 | Lisboa | |
"Castelo de Mogadouro: uma intervenção", Revista Estudos / Património, nº9, pp.173-179 | CUPIDO, Amândio | Edição | 2006 | Lisboa | |
"Castelo de Mogadouro: uma intervenção", Revista Estudos / Património, nº9, pp.173-179 | BARROS, Márcia | Edição | 2006 | Lisboa |
Castelo de Mogadouro - Vista geral da torre de menagem e torre sineira
Castelo de Mogadouro - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 29, de 04-02-1966 - Texto e planta do diploma
Castelo de Mogadouro - Panorâmica do castelo e sua inserção na malha urbana
Castelo de Mogadouro - Torre de menagem (DGEMN, 1973)
Castelo de Mogadouro - Perspetiva da torre de menagem (DGEMN, 1973)
Castelo de Mogadouro - Torre sineira (DGEMN, 1973)
Castelo de Mogadouro - Vista geral da torre de menagem
Castelo de Mogadouro - Vista geral da fortificação
Castelo de Mogadouro - Vista geral da torre de menagem e torre sineira
Castelo de Mogadouro - Vista parcial do caminho de ronda e entrada da torre
Castelo de Mogadouro - Vista geral
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