Túmulo de D. Rodrigo Sanches (Grijó) | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Túmulo de D. Rodrigo Sanches (Grijó) | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Túmulo de D. Rodrigo Sanches, no claustro do Mosteiro de Grijó / Mosteiro de Grijó e Túmulo de D. Rodrigo Sanches / Mosteiro de São Salvador (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Túmulo | ||||||||||||
Tipologia | Túmulo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Porto/Vila Nova de Gaia/Grijó e Sermonde | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Porto | ||||||||||||
Concelho | Vila Nova de Gaia | ||||||||||||
Freguesia | Grijó e Sermonde | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12737527 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O túmulo de D. Rodrigo Sanches é, talvez, o mais antigo exemplar dos monumentos funerários portugueses a possuir estátua jacente, se exceptuarmos o túmulo dito de D. Urraca, presente na Igreja do Mosteiro de Alcobaça, sobre o qual existem dúvidas de identificação e cronologia. O bastardo régio, filho de D. Sancho I, morto em combate nas Lides de Gaia (1245), às mãos de Martim Gil de Soverosa, só veio a receber tumulação monumental alguns anos mais tarde, por vontade de sua imã, D. Constança Sanches. Sendo esta filha de D. Sancho I uma monja do Convento das Donas de Coimbra, e sendo o túmulo do cavaleiro esculpido em calcário brando das pedreiras de Coimbra, os diferentes autores que escreveram sobre esta obra, tendem a ver o sarcófago de Rodrigo Sanches como uma realização das chamadas oficinas de Coimbra que, a partir do século XIII, deixam mostras da sua qualidade em túmulos como os dos bispos D. Egas Fafes e D. Tíburcio (Sé Velha de Coimbra). Na actualidade, devido à inserção do túmulo em arcossólio numa das paredes do claustro do mosteiro, situação que ocorreu no século XVII, apenas é visível uma das faces da arca e a tampa, com a sua estátua jacente e outras figuras que a acompanham. O tratamento plástico das composições figurativas e arquitectónica é essencialmente de perfil românico. A estátua jacente, que preenche a tampa sepulcral, é pouco volumosa e tratada nos recortes anatómicos de forma estilizada e idealizada. A cabeça assenta sobre duas almofadas sem decoração e o rosto mostra o cabelo escorrido com as madeixas desenhadas por finas estrias, os olhos ovais e desproporcionados em grandeza em relação ao tamanho do rosto, bem como as orelhas salientes, idênticas às que o escultor lavrou nas figuras da arca. O bastardo veste longa túnica atada na cintura, sobre a qual foi esculpido o manto. Com as duas mãos, segura o pomo da espada que se estende sobre o corpo e na qual se enrola o cinto. A ladear a cabeça da estátua jacente, de ambos os lados, dois anjos (ou querubins), auxiliam ao trânsito da alma: um em oração e outro transportando, numa toalha, a alma do defunto sob a forma de uma criança desnuda. Esta característica é um exemplar inicial de uma "iconografia do trânsito" que haveria de se tornar frequente durante os séc. XIII e XIV. Aos pés, pese o mau estado de conservação, pode ver-se um grupo de querubins. Na face visível da arca, representa-se a figura de Cristo, ao centro, sentado e segurando o Livro dos Evangelhos, secundado pelos elementos do Tetramorfo. A sua figura é majestática e rígida, seguindo modelos românicos. A ladeá-lo, dispõem-se, sobre arcaria de volta perfeita assente m capitéis zoomórficos e vegetalistas, as figuras dos apóstolos, apresentando algum movimento que lhes é conferido pelas indumentárias e posição das cabeças. Uma destas figuras está coroada e a sua identificação não é definitiva. Note-se, como "marca de autor", as grande e salientes orelhas das diferentes figuras, sinal claro da oficina que aqui trabalhou. Carla Varela Fernandes | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | Mosteiro de Grijó | ||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"A escultura gótica. Primeiras manifestações em Portugal", História da Arte em Portugal, vol. IV | DIAS, Pedro | Edição | 1986 | Lisboa | |
A escultura em Portugal (séculos XII-XV) | SANTOS, Reinaldo dos | Edição | 1948 | Lisboa | |
Epigrafia medieval portuguesa (862-1422) | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Lisboa | |
Obras - Estudos de História da Arte, vol. III (Pintura e Escultura) | CORREIA, Vergílio | Edição | 1956 | Coimbra | |
"O descanso eterno. A tumulária", História da Arte Portuguesa, vol.1, pp.435-455 | MACEDO, Francisco Pato de | Edição | 1995 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal | LACERDA, Aarão de | Edição | 1942 | Porto |
Mosteiro de Grijó - Fachada principal da igreja
Mosteiro de Grijó - Claustro: túmulo de D. Rodrigo Sanches
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