PESQUISA GERAL

DETALHES

Ponte sobre o Lima

Designação

Ponte sobre o Lima

Outras Designações / Pesquisas

Ponte sobre o Lima (Ponte da Barca) (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)

Categoria / Tipologia

Arquitectura Civil / Ponte

Tipologia

Ponte

Categoria

Arquitectura Civil

Inventário Temático

Localização

Divisão Administrativa

Viana do Castelo/Ponte da Barca/Ponte da Barca, Vila Nova de Muía e Paço Vedro de Magalhães

Endereço / Local

RUA	LOCAL	ZIP	REF
-- -	Ponte da Barca		Número de Polícia:

LATITUDE	LONGITUDE
41.809466	-8.420701

Distrito

Viana do Castelo

Concelho

Ponte da Barca

Freguesia

Ponte da Barca, Vila Nova de Muía e Paço Vedro de Magalhães

Proteção

Situação Actual

Classificado

Categoria de Protecção

Classificado como MN - Monumento Nacional

Cronologia

Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)

ZEP

Zona "non aedificandi"

CLASS_NAME

Monumento

Património Mundial

Património Mundial Designação

Cadastro

AFECTACAO

9914629

Descrição Geral

Nota Histórico-Artistica

A longa ponte que cruza o rio Lima em Ponte da Barca é uma obra relativamente tardia quando colocada em relação com a importância da localidade. Com efeito, desde, pelo menos, o século XIII, que o lugar era um importante ponto de passagem no sentido Norte-Sul, mas também para quem percorria o território ora para o interior, ora para o litoral, servindo de entreposto comercial obrigatório de numerosos produtos. Desde sensivelmente essa data, está documentada a existência de uma barca de passagem, que estará na origem do topónimo da vila, o último embarcadouro possível do curso do rio Lima (ALMEIDA, 1987, p.119), antes das serranias do Soajo.
No século XV, a vila ganhou autonomia e instituiu-se como paróquia, ao mesmo tempo que se tornou um lugar privilegiado de controlo de taxas e de impostos sobre os produtos e as passagens. É precisamente da primeira metade desse século que data a construção da actual ponte, obra de arquitectura de grande porte realizada a partir do modelo da vizinha ponte de Ponte de Lima (levantada, ao que tudo indica, pelas décadas finais do século XIV).
Com efeito, são muitos os pontos de contacto que se podem identificar entre as duas pontes, a que se junta uma assinalável extensão da estrutura, que contraria as passagens geralmente mais pequenas dos séculos XII e XIII. Com um tabuleiro de aproximadamente 180 metros de comprimento, apoia-se sobre dez poderosos arcos (originalmente todos quebrados), reforçados por talhamares triangulares a montante, e outros rectangulares a jusante (de alturas variáveis em resultado de numerosas intervenções posteriores), e ainda por olhais sobre os talhamares, que tornam mais leve a estrutura. Estas características, aplicadas em longas séries de arcos, repetem, de forma exemplar, as opções ensaiadas em Ponte de Lima, provando como a actividade pontística regional da viragem para o século XV teve um modelo construtivo de sucesso e de qualidade, a partir do qual se realizaram outras obras, para mais num momento em que numerosos municípios pretendiam construir pontes por forma a daí obterem proveitos da circulação de pessoas e de bens.
Nos séculos seguintes, foram várias as modificações introduzidas na estrutura. Alguns autores admitem que, no reinado de D. Manuel, se processou uma primeira reforma (RIBEIRO, 1998, p.183), a que pode aludir a memória de uma esfera armilar integrada num dos espaldares barrocos centrais do tabuleiro. Mais segura é a existência de obras em 1761. Nessa data, a parte central do tabuleiro foi alargada, por forma a permitir a passagem alternada de carros de tracção animal, sem ser necessário esperar numa das extremidades da ponte. Edificou-se, desta forma, uma espécie de meia-laranja, assente em contrafortes circulares sobre os talhamares centrais, dotada de espaldares barrocos de volutas, um dos quais encimado por brasão com coroa e as armas de Portugal.
Nos finais do século XIX, por volta de 1896 (data constante de uma inscrição associada à composição central do tabuleiro), a ponte foi objecto de nova campanha de obras. Deverá datar dessa época a substituição das guardas em cantaria (eventualmente ameadas, como em Ponte de Lima, e como sugere a robustez dos modilhões de suporte) por parapeitos metálicos, bem como alterações no piso do tabuleiro. Também as extremidades da estrutura não escaparam a posteriores reformas. O primeiro arco do lado da vila está parcialmente obstruído pelos acessos à avenida marginal (RIBEIRO, 1998, p.185), obra que se deve atribuir já ao século XX.
Muito levemente restaurada em 1955, altura em que um arco ameaçava ruir, a ponte de Ponte de Lima conserva-se como elemento estruturante da vila e do espaço envolvente, evocando o seu primeiro carácter ordenador dos homens e do território. Em palavras de Carlos Alberto Ferreira de Almeida, ela é "um singularíssimo exemplo de quanto uma arquitectura modifica uma paisagem e lhe cria novos volumes e outros pontos referenciais" (ALMEIDA, 1987, p.121).
PAF

Processo

Abrangido em ZEP ou ZP

Pelourinho de Ponte da Barca

Outra Classificação

Nº de Imagens

Nº de Bibliografias

TITULO	AUTOR(ES)	TIPO	DATA	LOCAL
Alto Minho	ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de	Edição	1987	Lisboa
Roteiro da Ribeira Lima	AURORA, Conde de	Edição	1959	Porto
Pontes Antigas Classificadas	RIBEIRO, Aníbal Soares	Edição	1998	Lisboa
"O património cultural do Alto Minho (civil e eclesiástico). Sua defesa e protecção", Caminiana, ano IX, nº14, pp.9-80	ALVES, Lourenço	Edição	1987	Caminha
Inventário artístico da região Norte - II, nº3 (Concelho de Ponte da Barca)		Edição	1973

Pesquisa de Património Imóvel

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BIBLIOGRAFIA

IMAGENS

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