Anta da Vila de Nisa | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Anta da Vila de Nisa | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Anta de São Gens / Anta de Nisa (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Anta | ||||||||||||
Tipologia | Anta | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Portalegre/Nisa/Espírito Santo, Nossa Senhora da Graça e São Simão | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Portalegre | ||||||||||||
Concelho | Nisa | ||||||||||||
Freguesia | Espírito Santo, Nossa Senhora da Graça e São Simão | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Foram os monumentos megalíticos os testemunhos do passado mais remoto da presença humana no actual território português que mereceram maior atenção por parte de quem se dedicava à jovem ciência arqueológica durante a segunda metade de oitocentos, seguindo uma tradição há muito enraizada noutros países, nomeadamente em Inglaterra e em França, para citarmos apenas estes dois países, nalguns dos quais acabariam por ser politicamente utilizados, nomeadamente para estruturar pretensões de foro regionalista e/ou nacionalista.
Não terá sido este, propriamente, o caso ocorrido em Portugal, ainda que se registasse, em determinados momentos, uma certa necessidade de comprovar a anterioridade de exemplares megalíticos existentes em território nacional relativamente aos registados em solo espanhol, muito provavelmente em face de algumas pretensões de conotação iberista assomadas já durante o segundo quartel do século XIX (Cf. MARTINS, A. C., 2005). Não podemos esquecer, em todo o caso, que as diversas tipologias megalíticas sobressaiam, a maioria das vezes, de modo acentuado na paisagem envolvente, sendo, por conseguinte, de fácil identificação, ao mesmo tempo que suscitavam uma curiosidade natural decorrente de todo um desconhecimento relativo à utilização primeva da maioria das respectivas tipologias, envoltas durante séculos nas mais díspares especulações e fabulações. Ademais, os sepulcros megalíticos, ou seja, os dólmenes - ou antas (como serão mais conhecidos em parte expressiva das nossas regiões) - atraíam sobremaneira a curiosidade de cientistas e diletantes, não apenas pela sua estrutura, como, sobretudo, pelo espólio associado que seria alcançado com a sua investigação, a par do facto de se pretender estabelecer uma cronologia com base na análise construtiva, seguindo o princípio evolucionista linear, então predominante no seio da comunidade científica ocidental. A verdade é que as antas acabaram por ocupar um lugar central nas actividades arqueológicas dos percursores da Arqueologia conduzida em Portugal entre finais de oitocentos, princípios de novecentos, figurando de modo destacado na primeira lista de estruturas antigas a merecerem, entre nós, a classificação de "monumento nacional", com todas as implicações legais acarretadas por uma medida similar a tantas outras em vigor noutros estados europeus. Classificada, justamente, em 1910, nas vésperas da implantação republicana, a "Anta da Vila de Nisa", exemplar megalítico funerário erguido durante o Neo-calcolítico, mereceu desde cedo a atenção dos nossos primeiros geólogos e pioneiros dos estudos pré-históricos, conduzidos em solo nacional a partir de meados do século XIX, por iniciativa da emblemática Commissão dos Serviços Geológicos, na sequência de uma primeira formada, a pedido do Governo, pela "Real Academias das Ciências", ainda em 1848. De facto, foi um dos seus reputados membros, o lente de Mineralogia e Geologia da Escola Politécnica Costa (1809-1889), quem a terá identificado primeiramente (Cf. COSTA, F. A. P. da, 1868). Com câmara sepulcral de planta poligonal, com mais de cinco metros e meio de diâmetro e dois e meio de altura, da qual remanescem sete dos esteios que a comporiam na origem, a anta ainda ostenta a laje de cobertura - "tampa" ou "chapéu" -, embora tombada junto ao corredor, do qual permanece apenas um esteio in situ. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Noções sobre o estado préhistórico da terra e do homem seguidas da descripção de alguns dolmins ou antas de Portugal | COSTA, Francisco A. Pereira da | Edição | 1868 | Lisboa | p. 90 |
"A consolidação do sistema agro-pastoril", Nova História de Portugal | JORGE, Susana de Oliveira | Edição | 1990 | Lisboa | pp. 102-162 |
A Associação dos Arqueólogos Portugueses na senda da salvaguarda patrimonial. Cem anos de transformação (1863-1963). Texto policopiado. Tese de Doutoramento em Letras. | MARTINS, Ana Cristina | Edição | 2005 | Lisboa | Tese de Doutoramento defendida na Reitoria da Universidade de Lisboa em Junho de 2006. Tese impressa em dois volumes: - I - aparato crítico; - II - aparato iconográfico. |