Igreja, sacristia, claustro e respectiva fonte e cruzeiro de Paço de Sousa | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja, sacristia, claustro e respectiva fonte e cruzeiro de Paço de Sousa | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja do Salvador, matriz de Paço de Sousa / Igreja Matriz de Paço de Sousa / Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa / Mosteiro de Paço de Sousa / Igreja Paroquial de Paço de Sousa / Igreja do Salvador (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Porto/Penafiel/Paço de Sousa | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Porto | ||||||||||||
Concelho | Penafiel | ||||||||||||
Freguesia | Paço de Sousa | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (alterou a designação para "Igreja, sacristia, claustro e respectiva fonte e cruzeiro de Paço de Sousa") (ver Decreto) Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (classificou a "Igreja de Paço de Sousa, compreendendo o túmulo de Egas Moniz") (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 397/2014, DR, 2.ª série, n.º 103, de 29-05-2014 (sem restrições) (ver Portaria) Anúncio n.º 13638/2012, DR, 2.ª série, n.º 210, de 30-10-2012 (ver Anúncio) Despacho de homologação de 28-01-2008 da Ministra da Cultura Parecer favorável de 1-07-2007 do Conselho Consultivo do IGESPAR,I.P. Proposta de 30-01-2007 da DR do Porto | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O principal mosteiro medieval da bacia do rio Sousa possui uma história rica, que tem o seu início muito antes da construção do edifício que, na actualidade, subsiste. Em 956, uma primeira comunidade familiar foi aqui fundada por D. Tructesindo Galindiz e sua mulher, Animia, sobre os restos do que se pensa ter sido uma uilla romana, mas de que não se detectaram ainda vestígios materiais. Sensivelmente um século depois, o cenóbio foi objecto de grandes reformas, no contexto proto-românico que caracteriza as décadas finais do século XI na diocese de Braga. Em 1088, com a presença solene do bispo D. Pedro, o novo templo foi sagrado. As dúvidas acerca da cronologia exacta a atribuir às diferentes partes do conjunto iniciam-se com essa sagração. Sabemos que, nos inícios do século XII, o mosteiro estava já na posse dos Beneditinos que, com certeza, patrocinaram a construção do actual edifício, mas a data exacta desta vasta campanha e, sobretudo, o ritmo das obras não estão, ainda, suficientemente esclarecidos. De acordo com RODRIGUES, 1995, p.244, as obras não se terão iniciado antes de 1166, e prolongaram-se extraordinariamente, avançando lentamente sobre todo o século XIII e entrando, mesmo, no XIV (ALMEIDA, 1986, p.90). Segundo a interpretação de Carlos Alberto Ferreira de Almeida, a empreitada românica iniciou-se pela fachada principal (e não pela cabeceira, como era habitual), porque terá havido a necessidade de se manter "boa parte da igreja anterior, enquanto se não adiantasse o corpo da nova", por forma a não se interromper o culto (ALMEIDA, 2001, p.118). Desta forma, o autor identificou três fases essenciais, bastante espaçadas no tempo, correspondendo a três diferentes impulsos construtivos: frontaria; corpo e cabeceira. Os argumentos que utilizou são de aceitar nas suas linhas essenciais, uma vez que, entre estes patamares de obra, existem suficientes elementos estilísticos diferenciadores. Apesar destas discrepâncias, e das numerosas influências artísticas que aqui podemos identificar (assuntos que, pela sua complexidade, não podemos aqui desenvolver), o plano arquitectónico subordina-se à tipologia de templo beneditino de três naves, seguido em Portugal nos séculos XII e XIII (REAL, 1982): corpo tripartido em naves de quatro tramos, separadas por arcos diafragmas e cobertas por tecto de madeira; cabeceira igualmente tripartida, escalonada, com paredes testeiras redondas, e interior abobadado. Infelizmente, a capela-mor foi substituída, em 1741, pela actual, de planta rectangular e muito mais profunda, assim como desapareceu a capela de D. Egas Moniz, mandada destruir em 1605. Outras transformações ocorreram na época moderna, alterando-se, por completo, a fisionomia das áreas monacais e, principalmente, na década de 30 do século XX, quando se procedeu ao restauro de todo o conjunto. No interior da igreja, conserva-se o mais importante túmulo românico nacional: o monumento funerário de D. Egas Moniz, tutor de D. Afonso Henriques e principal impulsionador do mosteiro, em cujas imediações possuía paço. A actual configuração da obra é o resultado de duas épocas distintas, uma realizada na segunda metade do século XII, pouco depois da morte deste nobre (1146) e outra pelos meados do século XIII (ALMEIDA, 2001, p.166), altura em que se terá refeito o túmulo. Iconograficamente, é plena de actualidade com o que então se fazia noutros reinos da Europa ocidental, representando-se nela cenas da vida do tumulado, o passamento da sua alma e a deposição na terra. Por corresponder a uma atitude individual da história de Egas Moniz, merece destaque a viagem que empreendeu a Toledo, para se entregar a Afonso VII, a quem havia prestado vassalagem no cerco de Guimarães, atitude de verdadeiro e fiel membro da nobreza, que o fez abandonar o seu anterior senhor, Afonso Henriques. Num dos topos, representa-se o passamento da sua alma, simbolizada numa pequena figura nua, que sai da boca do seu corpo já sem vida. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Casa e Quinta da Companhia | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 22 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 25 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
As mais belas igrejas de Portugal, vol. I | GIL, Júlio | Edição | 1988 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - O Românico | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 2001 | Lisboa | |
"O Românico português na perspectiva das relações internacionais", Românico em Portugal e na Galiza, pp.30-48 | REAL, Manuel Luís | Edição | 2001 | Lisboa | |
Portugal roman, vol. I | GRAF, Gerhard N. | Edição | 1986 | ||
Arquitectura Românica de Entre Douro e Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1978 | Porto | |
História da Arte em Portugal, vol. 3 (o Românico) | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1986 | Lisboa | |
"O mundo românico (séculos XI-XIII)", História da Arte Portuguesa, vol.1, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995, pp.180-331 | RODRIGUES, Jorge | Edição | 1995 | Lisboa | |
"O Românico em Portugal", História de Portugal, dir. José Hermano Saraiva, vol. 2, 1982, pp.305-321 | VASCONCELOS, Flórido de | Edição | 1982 | Lisboa | |
"Primeiras Impressões sobre a Arquitectura românica portuguesa", Revista da Faculdade de Letras do Porto, Série História, nº1, pp.3-56 | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1972 | Porto | |
Três túmulos | CORREIA, Vergílio | Edição | 1924 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal | LACERDA, Aarão de | Edição | 1942 | Porto | |
A escultura em Portugal (séculos XII-XV) | SANTOS, Reinaldo dos | Edição | 1948 | Lisboa | |
Paço de Sousa. Resumo histórico | MENDES, Manuel | Edição | 1987 | Paço de Sousa | |
"Mónio Ermiges, abade de Paço de Sousa", Bracara Augusta, vol. 30, separata | SOUSA, José João Rigaud de | Edição | 1976 | Braga | |
"Livro dos Testamentos do Mosteiro de Paço de Sousa", Bracara Augusta, vol. 24, separata | SOUSA, José João Rigaud de | Edição | 1972 | Braga | |
"Livro dos Testamentos do Mosteiro de Paço de Sousa", Bracara Augusta, vol. 24, separata | MONTEIRO, Maria Teresa | Edição | 1972 | Braga | |
"The tombs at Paço de Sousa", Art Studies, nº4, pp.149-153 | AGUIAR, José Monteiro de | Edição | 1926 | Londres | |
Homenagens a Egas Moniz no seu túmulo no Mosteiro de Paço de Sousa. Saudações de boas-vindas | CARVALHO, Diogo Augusto Lemos de | Edição | 1940 | Porto | |
Memórias do Mosteiro de Paço de Sousa e index dos documentos de arquivo | MEIRELES, António da Assunção | Edição | 1942 | Lisboa | |
Memórias do Mosteiro de Paço de Sousa e index dos documentos de arquivo | PIMENTA, Alfredo | Edição | 1942 | Lisboa | |
"A igreja de Paço de Sousa", Ilustração Moderna, pp.281-287 | VITORINO, Pedro | Edição | 1927 | Porto | |
"Penafiel Antiga. Subsídios para a futura Monografia do Concelho", Boletim da Câmara Municipal de Penafiel, pp.49-132 | AGUIAR, José Monteiro de | Edição | 1936 | Penafiel | |
"Paço de Sousa, O românico nacionalizado", Belas Artes, nº 8, pp.5-21 | MONTEIRO, Manuel | Edição | 1943 | Lisboa | |
"O Túmulo de Egas Moniz", Boletim dos amigos do Porto, vol. IV, tomo I, 1966, separata | FONSECA JÚNIOR , A. Nascimento da | Edição | 1966 | Porto | |
"O Mosteiro de Roriz na arte românica do Douro Litoral", Actas do Colóquio de História Local e Regional (1979), separata | REAL, Manuel Luís | Edição | 1982 | Santo Tirso | |
"O Mosteiro de Roriz na arte românica do Douro Litoral", Actas do Colóquio de História Local e Regional (1979), separata | SÁ, Pedro | Edição | 1982 | Santo Tirso | |
Românico do Vale do Sousa | AA. VV. | Edição | 2008 | Lousada | |
Igreja de Paço de Sousa, Boletim da DGEMN, n.º 17 | Edição | 1939 | Lisboa |
Igreja de Paço de Sousa - Vista geral de Noroeste
Igreja de Paço de Sousa - Fachada principal: tímpano do portal principal
Igreja de Paço de Sousa - Fachada principal: rosácea
Igreja de Paço de Sousa - Fachada principal: capitéis do lado Sul do portal principal
Igreja de Paço de Sousa - Fachada principal: capitéis do lado Norte do portal principal
Igreja de Paço de Sousa - Fachada lateral Sul: porta travessa
Igreja de Paço de Sousa - Fachada lateral Sul
Igreja de Paço de Sousa - Claustro: quadra central e fachada lateral Sul da igreja
Igreja de Paço de Sousa - Fachada posterior: absidíolo lateral Norte
Igreja de Paço de Sousa - Fachada posterior: volumes junto ao cruzeiro (absidíolo norte)
Igreja de Paço de Sousa - Interior: túmulo de Egas Moniz (face longa alusiva à viagem para Toledo)
Igreja de Paço de Sousa -Túmulo de Egas Moniz (trânsito da alma)
Igreja, sacristia, claustro e respectiva fonte e cruzeiro de Paço de Sousa - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor
Igreja de Paço de Sousa - Fachada lateral Sul
Igreja de Paço de Sousa - Planta com a delimitação, a ZP em vigor e a ZEP proposta pela DRP e o CC do IGESPAR (a ZEP só entra em vigor após publicação da portaria no DR)
Igreja de Paço de Sousa - Claustro: remate da fonte e fachada lateral Sul da igreja
Igreja de Paço de Sousa - Fachada principal
Igreja de Paço de Sousa - Interior: nave e capela-mor
Igreja de Paço de Sousa - Claustro: fonte na quadra central
Igreja de Paço de Sousa - Claustro e fachada lateral Sul
Igreja de Paço de Sousa - Fachada principal
Igreja de Paço de Sousa - Vista geral
Palacete Vilar de Allen
Rua António Cardoso, nº 175
4150-081 Porto, Portugal
NIF 517 842 920
Tel. +351 226 000 454
geral@patrimoniocultural.gov.pt