Janelas da casa da Rua de Azevedo Coutinho | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Janelas da casa da Rua de Azevedo Coutinho | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Janelas da casa manuelina de D. Nuno de Sousa / Janelas do Palácio de D. Nuno de Sousa / Janelas do Palácio dos Condes de Vila Real / Palácio dos Condes de Vila Real / Palácio de D. Nuno de Sousa (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Janela | ||||||||||||
Tipologia | Janela | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Portalegre/Portalegre/Sé e São Lourenço | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Portalegre | ||||||||||||
Concelho | Portalegre | ||||||||||||
Freguesia | Sé e São Lourenço | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A crescente centralidade de Portalegre ao longo dos séculos XVI e XVII, baseada em grande medida na prosperidade trazida pelo desenvolvimento da sua indústria têxtil, atraiu muitos nobres para a região, e conduziu à fixação de uma nova burguesia urbana. A casa nobre portalegrense conhecida por Palácio por D. Nuno de Sousa foi edificada quando esta vila começava a reflectir a acção empreendedora destes novos protagonistas, nomeadamente na mesma altura em que o mecenato esclarecido do Bispo D. Jorge de Melo permita assistir à construção dos poucos exemplares de arquitectura verdadeiramente renascentista que Portalegre conheceria. De resto, existem vários pontos em comum entre as encomendas aí patrocinadas por D. Jorge de Melo, e a obra do Palácio de D. Nuno de Sousa, onde se destacam as magníficas janelas quinhentistas. As semelhanças estéticas em questões de repertório, bem como as semelhanças a nível do tratamento plástico dos temas, tanto na janela principal da habitação fidalga como no claustro menor do Convento de São Bernardo (comissionado pelo Bispo), foram já apontadas por alguns autores, adiantando-se a hipótese de uma mesma mão de artífice trabalhando num e noutro monumento (RODRIGUES, Jorge, PEREIRA, Paulo, 1988, p. 38). A data de fundação do palácio respeitará ao ano de 1538, quando se finalizava o portal de feição renascença do convento. A classificação abrange um conjunto de quatro janelas maineladas em granito, com fustes em mármore da região, de tipologia e ornamentação ainda "manuelina". Ao centro da fachada, no nível do segundo registo, abre-se uma larga janela rectangular com moldura em meia-cana, seguida por uma superfície denteada, evocando temas de ourivesaria. O fuste é um colunelo liso, com base e capitel em granito. No registo superior, aqui tratado como piso nobre, abrem-se os restantes três janelões, o central a eixo com o vão do piso inferior, flanqueado por outros dois. Os vãos são de dimensão idêntica. A janela central é a mais elegante e ornamentada, com moldura constituída por dois colunelos geminados em cada lado, o interior desenvolvendo-se para formar a dupla arcada que assenta no mainel, e o exterior crescendo em arco conupial rematado por florão que sobe na fachada. O mainel é um fuste duplo torcido, apresentando sobre o capitel em granito um escudo talhado na mesma pedra. Obreiras e parapeito são profusamente decorados, as primeiras com temas vegetalistas ainda de inspiração gótica, e o segundo apresentando-se como o elemento mais moderno do conjunto, formado por uma placa de mármore onde se desenvolve toda uma teoria de fauna e flora fantástica, de talhe elegante. As duas janelas que enquadram esta são mais simples, embora se mantenha o lançamento de arcos geminados, cujo intradorso é aqui decorado com pequenas rosetas. O mainel, torso, sustenta pequenos capiteis vegetalistas. O palácio via a ser propriedade dos condes de Vila Real, título criado por D. João VI em 1823, o primeiro dos quais foi D. José Luís de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos, descendente do próprio D. Nuno de Sousa. SML | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Convento de Santa ClaraPalácio Barahona | ||||||||||||
Outra Classificação | Edifício do Café Alentejano | ||||||||||||
Nº de Imagens | 5 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Inventário Artístico de Portugal - vol. I (Distrito de Portalegre) | KEIL, Luís | Edição | 1943 | Lisboa | |
Portalegre | RODRIGUES, Jorge | Edição | 1988 | Lisboa | |
Portalegre | PEREIRA, Paulo | Edição | 1988 | Lisboa |
Janelas da Casa da Rua de Azevedo Coutinho - Janelas do Palácio de D. Nuno de Sousa
Janelas da Casa da Rua de Azevedo Coutinho - Vista parcial da fachada do Palácio de D. Nuno de Sousa
Janelas da Casa da Rua de Azevedo Coutinho - Janela central do piso superior
Janelas da Casa da Rua de Azevedo Coutinho - Janela do segundo piso
Janelas da Casa da Rua de Azevedo Coutinho - Janela lateral do piso superior