Castelo de Leiria | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Castelo de Leiria | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo e cerca urbana de Leiria (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Leiria/Leiria/Leiria, Pousos, Barreira e Cortes | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Leiria | ||||||||||||||||
Concelho | Leiria | ||||||||||||||||
Freguesia | Leiria, Pousos, Barreira e Cortes | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 201/2018, DR, 2.ª série, n.º 58, de 22-03-2018 (com ZNA) (ZEP do Castelo de Leiria e da Capela de São Pedro) (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 6-02-2018 da diretora-geral da DGPC Anúncio n.º 192/2017, DR, 2.ª série, n.º 206, de 25-10-2017 (ver Anúncio) Despacho de 12-07-2017 da diretora-geral da DGPC a aprovar a nova proposta de ZEP, visto cumprir as orientações do parecer da SPAA do Conselho Nacional de Cultura de 9-01-2017 Nova proposta de 6-04-2017 da DRC do Centro Despacho de concordância de 18-01-2017 da diretora-geral da DGPC Parecer de 9-01-2017 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor que a proposta seja revista Informação favorável de 13-12-2016 da DRC do Centro Proposta de 5-12-2016 da CM de Leiria para redução da ZNA da ZEP, no sentido de construir meios de acesso mecânico as castelo Portaria de 17-05-1967, publicada no DG, II Série, n.º 134, de 8-06-1967 (com ZNA) (ZEP do Castelo e da Capela de São Pedro) | ||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria n.º 201/2018, DR, 2.ª série, n.º 58, de 22-03-2018 Portaria de 17-05-1967, publicada no DG, II Série, n.º 134, de 8-06-1967 | ||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 9913329 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Monumento emblemático da história da cidade e do país, a configuração actual do castelo de Leiria resulta de quatro grandes períodos interventivos: o Românico do século XII; o Gótico dionisio, da primeira metade do século XIV; Gótico joanino, de inícios do século XV, e as correntes restauradoras de finais do século XIX e primeira metade do século XX. Pouco sabemos acerca das primeiras obras do castelo. A sua relevância militar, numa zona de transição entre Coimbra e Lisboa, determinou a construção de um dos principais redutos defensivos do tempo de D. Afonso Henriques, mas a verdade é que o que hoje podemos observar é muito mais fruto de campanhas posteriores. A torre de menagem, de robusta secção quadrangular, é disso um exemplo, tendo sido iniciada apenas em 1324, em pleno final de reinado de D. Dinis. A dinastia de Avis escolheu este castelo como um dos principais monumentos simbólicos da sua autoridade e poderio. O paço de D. João I é uma construção exemplar, de grande rigor construtivo e estético. Impõe-se sobre a muralha medieval, que aproveita como parede e alicerce, e organiza-se em quatro andares, de estudada racionalidade e operatividade. Os dois pisos inferiores, destinados a arrecadações e serviços domésticos, praticamente não se vislumbram do exterior, ocultados pela robusta massa pétrea do castelo. Os dois superiores possuem tal impacto visual que se assumem como imagem de marca do próprio castelo e, até, da cidade. Destinados à família real e às recepções por si patrocinadas, são um dos mais impressionantes conjuntos de arquitectura palaciana de carácter real que nos chegaram da Idade Média. Na face virada ao burgo, sobre a muralha, uma ampla e muito restaurada loggia, de oito arcos de capitéis geminados, foi concebida como espaço de lazer e de convívio, aproveitando a panorâmica sobre a cidade (BARROCA, 2002, p.95). Para esta loggia acedia-se através de uma sala de cerca de 130m2, designada por Aula Régia ou Salão Nobre, espaço destinado, pelo monarca, à audiência e recepção. Contrapondo-se à loggia, um vestíbulo antecedia a entrada nesta sala, formando-se, assim, uma primeira linha de simetria do conjunto. Um segundo eixo de simetria era formado pelas dependências extremas do paço, destinadas aos quartos de dormir e de privacidade da família real, dotados de andar superior (que formavam duas torres harmónicas na silhueta do conjunto) e providos de lareiras e latrinas (VIEIRA DA SILVA, 1995, p.121). Do paço à capela palatina acedia-se por um passadiço. Essa capela não era mais que a igreja de Nossa Senhora da Pena, ou de Santa Maria do Castelo, o primeiro templo da cidade, documentado logo na década de 40 do século XII (GOMES, 1995, p.187) e que, no reinado de D. João I, foi totalmente refeita. É um pequeno templo, de nave única, com alto arco triunfal apontado, capela-mor poligonal relativamente iluminada e entrada principal lateral, enquadrada por um gablete. A obra da igreja revela grande homogeneidade para com a do paço e constitui um dos monumentos de referência da arte gótica de inícios do século XV, ao reflectir fielmente os esquemas estéticos do grande monumento dessa centúria: o Mosteiro da Batalha. Com efeito, são muitas as características batalhinas que aqui encontramos, desde a semelhança da capela-mor para com os absidíolos de Santa Maria da Vitória, os capitéis vegetalistas a dois registos e de folhagem exuberante, até às marcas de canteiro, a maioria repetindo outras da Batalha (GOMES, 1995, p.205). No reinado de D. Manuel, fizeram-se obras no templo, como o prova a flora e perfil das mísulas que suportam a abóbada da sacristia, mas os séculos seguintes caracterizaram-se por um progressivo abandono de toda a estrutura militar leiriense. Na segunda metade do século XIX, quando Ernesto Korrodi pertendeu intervir no conjunto, grande parte do complexo medieval estava em ruína e a sua feição actual data das grandes campanhas restauradoras conduzidas nos anos 40 do séc. XX. PAF | ||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||
Nº de Imagens | 24 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 10 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Paços Medievais Portugueses | SILVA, José Custódio Vieira da | Edição | 1995 | Lisboa | Tipo : Colecção - Arte e Património |
Introdução à História do Castelo de Leiria | GOMES, Saul António | Edição | 1995 | Leiria | |
História da Arte em Portugal - o Gótico | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 2002 | Lisboa | |
Estudos de Reconstrução do Castelo de Leiria | KORRODI, Ernesto | Edição | Publicado a 1898 | ||
A gloriosa história dos mais belos castelos de Portugal | PERES, Damião | Edição | 1969 | Barcelos | |
História da Arte em Portugal - o Gótico | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2002 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e Santarém | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 2000 | Lisboa | Academia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom |
Leiria | COSTA, Lucília Verdelho da | Edição | 1989 | Lisboa | |
Castelos Portugueses | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Castelos Portugueses | PONTES, Maria Leonor | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
"Projecto do Castelo de Leiria", in Monumentos 13, DGEMN, pp. 122-127, Lisboa, Setembro, 2000 | CORREIA, Luís Miguel | Edição | 2000 | Lisboa | |
"A Torre de Menagem do Castelo de Leiria", in Monumentos 10, DGEMN, pp. 90-93, Lisboa, Março, 1999 | CORREIA, Luís Miguel | Edição | 1999 | Lisboa |
Castelo de Leiria - Vista geral de Sul e envolvente
Castelo de Leiria - Interior do salão principal do paço real
Castelo de Leiria - Vista geral do paço real, visto a partir da torre de menagem
Castelo de Leiria - Torre da cerca interior que protege a entrada
Castelo de Leiria - Vista parcial das muralhas da alcáçova, a partir da torre de menagem
Castelo de Leiria - Torre de entrada e cabeceira da Igreja de Nossa Senhora da Pena
Igreja de Nossa Senhora da Pena - Cabeceira
Castelo de Leiria - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 134, de 08-06-1967 - Texto e planta do diploma (alterada pela Portaria n.º 201/2018, de 22 de março)
Castelo de Leiria e Capela de São Pedro - Planta com a delimitação e a ZEP, incluindo uma ZNA, em vigor
Igreja de Nossa Senhora da Pena - Interior: arco triunfal e capela-mor
Igreja de Nossa Senhora da Pena - Interior da capela-mor: janelas e arcos da abóbada
Igreja de Nossa Senhora da Pena - Interior da capela-mor: bocete central do fecho da abóbada
Igreja de Nossa Senhora da Pena - Vista da nave e capela-mor, a partir da muralha do castelo
Igreja de Nossa Senhora da Pena - Portal lateral de acesso à nave
Castelo de Leiria - Fachada principal do Paço (Sul)
Castelo de Leiria - Vista geral de Norte e encosta envolvente
Castelo de Leiria - Vista geral de Norte
Castelo de Leiria - Vista geral de Norte e envolvente
Castelo de Leiria - Vista geral de Norte
Castelo de Leiria - Vista parcial da muralha e acesso
Castelo de Leiria - Vista parcial da muralha e porta de acesso
Castelo de Leiria - Vista geral de Nordeste
Castelo de Leiria - Vista geral do paço (Sudeste)
Castelo de Leiria - Vista geral de Sudoeste
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