Cruzeiro de Loures | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Cruzeiro de Loures | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Cruzeiro de Loures (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Cruzeiro | ||||||||||||
Tipologia | Cruzeiro | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Loures/Loures | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Loures | ||||||||||||
Freguesia | Loures | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181501 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O cruzeiro manuelino de Loures, localizado diante da igreja matriz da cidade, formando um eixo axial com o seu portal principal, é uma das mais importantes peças de arquitectura religiosa do actual concelho e, simultaneamente, uma das mais antigas. A sua cronologia, ainda que desconhecido o ano exacto de construção, inscreve-se no que se convencionou chamar ciclo manuelino, datando, por isso, das primeiras décadas do século XVI. Esteticamente, trata-se de uma obra com alguns rasgos de monumentalidade e de eruditismo, características visíveis, sobretudo, no perfil octogonal dos três degraus do soco e do reconstruído fuste da coluna, a que se deve juntar a decoração da base e do capitel. Aquela é de forma oitavada, "com plinto e escócia facetada com anéis" (NOÉ, 1991 e MARQUES, 2001, DGEMN on-line), característica do período manuelino; este é em forma de cesto e encontra-se totalmente relevado por abundante folhagem de tradição tardo-gótica. O remate é em forma de cruz latina de terminações arredondadas, decorada com pequenas incisões de folhagem estilizada que contrasta com a ampla decoração do capitel. Tal como hoje o podemos ver, este cruzeiro é o resultado de uma reconstrução levada a cabo em 1939 por intermédio do Padre Álvaro Proença, uma das mais importantes figuras que se dedicaram ao estudo da história local de Loures. Antes disso, em 1848, e porque o cemitério da localidade era efectuado diante da igreja matriz, o cruzeiro foi deslocado para uma das extremidades do adro, por forma a facilitar e ganhar mais espaço para sepulturas. Em 1910, durante os dias de revolta que marcaram a implantação do regime republicano, o cruzeiro foi vandalizado e partido, ficando os seus restos dispersos pelas imediações da igreja. Coube então ao Padre Álvaro Proença, dezanove anos depois de o monumento ter sido desmantelado, o seu restauro possível. Essa intervenção, de que se salienta a feitura de um novo fuste, foi relativamente rigorosa e aproveitou os pedaços remanescentes da estrutura. Ela integrou-se numa renovação urbanística e monumental mais vasta, que actuou sobre o adro da igreja matriz, finalmente desimpedido de sepulturas e limpo por ocasião das festividades de Nossa Senhora do Cabo, que se celebraram nesse ano em Loures. Em 1940, e aproveitando a visita pastoral do Cardeal Patriarca de Lisboa, o cruzeiro foi solenemente benzido. Mas não terminou ainda aqui a atribulada história do monumento. Em Novembro de 1967, uma violenta inundação destruiu o adro da igreja matriz e, com ele, parte do cruzeiro. Ele foi, uma vez mais, desmontado e de novo recolocado um ano depois. Esta sucessão de vicissitudes por que o monumento passou revela bem o grau frágil deste tipo de estruturas, a que devemos também acrescentar os pelourinhos. Tal como o vizinho cruzeiro de Frielas, implantado numa curva de uma das mais movimentadas estradas do concelho, também o de Loures esteve e está sujeito às mais variadas ameaças, a maior parte por incúria humana. O carácter de obra de referência mínima na paisagem, sem protecções naturais de arquitectura (alguns cruzeiros, por exemplo, possuem alpendres originais ou posteriores) ou de relação próxima com outras construções, pressupõe cuidados redobrados na sua conservação e valorização, sendo, muitas vezes, a deslocação da obra uma das mais sensatas atitudes. Não é este ainda o caso, mas a atribulada história do cruzeiro ao longo do século XX é bem elucidativa do cuidado a ter para a sua preservação. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Igreja matriz de Loures | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 3 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Cruzeiros de Portugal" - Separata da Revista Brotéria, vol. XIV, fasc. 2 e 3, Fev-Mar. 1932 | CHAVES, Luís | Edição | 1932 | Lisboa | |
Cruzeiros de Portugal: contribuições para o seu catálogo descriptivo, Sep. do Boletim da Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portuguezes | VITERBO, Francisco M. de Sousa | Edição | 1910 | Lisboa | |
Admirável Igreja Matriz de Loures | LEAL, Joaquim José da Silva Mendes | Edição | 1909 | Lisboa | |
Subsídios para a História de Loures | PROENÇA, Álvaro | Edição | 1940 | Loures | |
Loures: Tradição e Mudança | MARQUES, Manuel Gustavo Fernandes | Edição | 1986 | Loures | |
"Património artístico do Concelho de Loures", Vida Rural, nº700, 15 de Outubro | Edição | 1966 |
Cruzeiro de Loures - Vista geral
Cruzeiro de Loures. C.M.Loures, 2016.
Cruzeiro de Loures. C.M.Loures, 2016.
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