Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja matriz de Loures
Designação
DesignaçãoIgreja matriz de Loures
Outras Designações / PesquisasIgreja de Santa Maria, matriz de Loures / Igreja Paroquial de Loures / Igreja de Santa Maria (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Loures/Loures
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo da Igreja, Bairro de Santa MariaLoures Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.832307-9.179022
DistritoLisboa
ConcelhoLoures
FreguesiaLoures
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEPPortaria de 26-08-1958, publicada no DG, II Série, n.º 214, de 12-09-1958 (com ZNA)
Zona "non aedificandi"Portaria de 26-08-1958, publicada no DG, II Série, n.º 214, de 12-09-1958
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913929
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaDepois da Reconquista de Lisboa, D. Afonso Henriques distribuiu pelos Templários que o acompanhavam algumas terras nas regiões de Sintra e Loures, pelo que a fundação primitiva da igreja matriz de Loures é atribuída à Ordem dos Cavaleiros do Templo. Desta igreja românica nada resta, excepto algumas lápides sepulcrais com a Cruz do Templo gravada, que actualmente estão colocadas no chão da matriz.
No entanto, a partir do século XVI a igreja viria a sofrer transformações profundas, derivadas de diversas campanhas de obras realizadas ao longo dos séculos XVI e XVII. Em meados do século XVI o templo foi reedificado, alterando-se a sua estrutura e possivelmente as dimensões da planta, passando a apresentar uma estrutura maneirista de tipologia chã.
O exterior, de modelo simples e despojado, indicia alguma erudição no projecto. Os portais principal e lateral são inspirados na tratadística clássica serliana. A torre sineira, adossada à fachada lateral foi edificada em 1620.
O espaço da capela-mor destaca-se no exterior, formando uma área rectangular de menores dimensões em relação ao corpo principal. Por trás da capela-mor foi edificada a casa da Irmandade do Santíssimo Sacramento.
No espaço interior conservam-se muitas das obras da campanha maneirista, de grande erudição e qualidade. A planimetria divide-se em três naves, cujos tramos são marcados por arcos de volta perfeita assentes em colunas toscanas. As colunas e o intradoso dos arcos são decorados por pintura de brutesco, cuja execução data de 1670. O espaço é coberto por tectos de madeira pintados, com a imagem de Nossa Senhora da Assunção sobre a nave principal.
Os retábulos dos altares laterais apresentam um conjunto de pintura maneirista, cujo programa pictórico se integra no espírito contra-reformista do final do século XVI. Do lado da Epístola foi colocado o retábulo dedicado a Nossa Senhora da Conceição, executado por Diogo Teixeira cerca de 1575, e do lado do Evangelho situa-se o retábulo de Nossa Senhora da Graça, pintado por Simão Rodrigues entre 1595 e 1600.
Do século XVII subsistem duas tábuas, colocadas nas naves laterais, uma de André Reinoso, identificada como A comunhão da Virgem , outra de Bento Coelho da Silveira, São Miguel e as Almas .
A capela-mor, decorada com lambril de mármores embrechados, possui retábulo-mor executado em 1711 pelo escultor Claude Laprade e pelo mestre Bento da Fonseca de Azevedo. Este retábulo introduziu no programa decorativo da matriz de Loures o barroco ao romano, representando uma novidade na construção de retábulos em Portugal.
Até ao final do século XVIII foram executadas mais algumas obras, sobretudo de colocação de talha e mosaicos, e no ano de 1777 a capela de Nossa Senhora do Socorro, edificada em 1594 na nave do lado do Evangelho, foi desmanchada para ser aberta a porta lateral.
No início do século XX, com o advento da República, a igreja foi fechada ao culto, e assim se manteve até 1931. Nas décadas que se seguiram, depois de reaberta, a igreja foi objecto de diversas obras de restauro, conservação e consolidação das estruturas.
Catarina Oliveira
GIF/ IPPAR/ 2005
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPCruzeiro de Loures
Outra Classificação
Nº de Imagens7
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"A pintura maneirista em Portugal: das brandas «maneiras» ao reforço da propaganda", História da Arte Portuguesa, vol.IISERRÃO, VítorEdição1995Lisboa
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaAZEVEDO, Carlos deEdição1963LisboaLisboa Data do Editor : 1973
Admirável Igreja Matriz de LouresLEAL, Joaquim José da Silva MendesEdição1909Lisboa
A Talha em PortugalSMITH, Robert C.Edição1962Lisboa
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaFERRÃO, JulietaEdição1963LisboaLisboa Data do Editor : 1973
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaGUSMÃO, Adriano deEdição1963LisboaLisboa Data do Editor : 1973

IMAGENS

Igreja Matriz de Loures - Vista geral (fachadas principal e lateral direita)

Igreja Matriz de Loures. C.M.Loures, 2016.

Igreja Matriz de Loures. C.M.Loures, 2016.

Igreja Matriz de Loures. C.M.Loures, 2016.

Igreja Matriz de Loures. C.M.Loures, 2016.

Igreja Matriz de Loures. C.M.Loures, 2014.

Igreja Matriz de Loures. C.M.Loures, 2016.

MAPA

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