Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Capela de D. Fradique de Portugal
Designação
DesignaçãoCapela de D. Fradique de Portugal
Outras Designações / PesquisasConvento de São Francisco de Estremoz (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Capela
TipologiaCapela
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Estremoz/Estremoz (Santa Maria e Santo André)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo dos Combatentes da Grande GuerraEstremoz Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.843644-7.586445
DistritoÉvora
ConcelhoEstremoz
FreguesiaEstremoz (Santa Maria e Santo André)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 8 228, DG, I Série, n.º 133, de 4-07-1922 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaEsta pequena capela, aberta no terceiro tramo do flanco Sul do corpo da igreja do Convento de São Francisco, é a principal obra manuelina da actual cidade de Estremoz, não apenas pela qualidade artística que evidencia, mas, sobretudo, pela figura cimeira da história europeia que a mandou construir e no seu interior se fez sepultar.
Efectivamente, D. Fradique de Portugal foi uma personagem de relevo no quadro político peninsular do reinado de D. Manuel. Filho dos Condes de Faro, D. Afonso e D. Maria de Noronha, realizou a sua carreira eclesiástica em Castela, onde foi educado junto dos reis católicos. Chegou, mesmo, a ser testamenteiro da rainha D. Isabel de Aragão e desempenhou os cargos de bispo de Calahorra, Segóvia, Siguenza e Saragoça. Nesta última cidade ascendeu à cátedra de arcebispo e, pouco depois, por nomeação de Carlos V, foi vice-rei da Catalunha.
A capela é um espaço de dois tramos rectangulares, idênticos entre si, cobertos por abóbadas estreladas de cadeia axial. Ao centro da capela, o bocete revela as armas dos Noronha, em brasão esquartelado. Os suportes são adossados à caixa murária e limitam-se a finos colunelos, dotados de capitéis naturalistas, que suportam o abobadamento. Em cada tramo, ao centro, rasga-se uma janela, de arco de volta perfeita decorada exuberantemente com soluções manuelinas.
Na coluna média do lado nascente, uma cartela evidencia a razão de ser do conjunto: ESTA CAPELA. MANDOV. FAZER / O MVI ILVSTRE E REVERENDISSIMO / SENÕR. DOM FRADIQVE DE POR / TVGAL. ARCEBISPO. QVE FOI. DE / ZARAGVOCA. E VISV REI DE CATA / LVNHA. A QVAL. HE DO ILUSTRE SE / NHOR DOM FRÃCISCO DE FARO SEV / SOBRINHO E HERDEIRO SENÕR DA / VILA DO VINEIRO. Por este texto, depreende-se que D. Fradique já tivesse falecido, o que ocorreu em 1539, sendo, portanto, a construção da capela (ou somente a colocação da lápide comemorativa) posterior a essa data. D. Francisco de Faro, sobrinho de D. Fradique, foi o primeiro titular do morgadio instituído por aquele nobre para suportar as despesas da sua capela.
Esta datação algo tardia parece contextualizar-se com a solução já classicizante da entrada principal, em forma de retábulo marmóreo de arco pleno, de gosto renascentista. A decoração privilegia os medalhões e as máscaras romanizadas, a par de um variado repertório de motivos fantásticos. No tímpano, revelam-se dois medalhões e, num dos suportes (realizados ainda dentro da tradição manuelina), exibe-se uma enigmática inscrição: 3 M R / 35 - que poderá indicar 3 de Março de 1535 (segundo leitura de Túlio ESPANCA), embora com muitas dúvidas.
No pavimento da capela conserva-se o panteão dos Senhores de Vimeiro, de que se destaca o túmulo raso de D. Fernando de Noronha (falecido em 1552) e D. Isabel de Melo (1563). A capela, inicialmente consagrada a São Francisco, albergou, a partir do século XVII, a Irmandade do Senhor Jesus dos Passos. Terá sido esta instituição que encomendou o retábulo maneirista que coroa a parede fundeira do espaço (voltada a Sul), intervencionado em 1744 por ter sido atingido por causas naturais e, novamente, no século XIX, época em que se optou por uma pintura a imitar mármore, em substituição do tom dourado original.
PAF
ProcessoCapela saliente do corpo da Igreja de São Francisco
Abrangido em ZEP ou ZPCastelo de Estremoz, composto pela muralha e respectivos baluartes da primeira linha de fortificações do século XIII, pelas portas e baluartes da segunda linha de fortificações do século XVII e pela Torre das Couraças
Outra Classificação
Nº de Imagens4
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Évora, Vol. VIIObra

IMAGENS

Capela de D. Fradique de Portugal - Interior: cartela com inscrição comemorativa da construção da capela

Capela de D. Fradique de Portugal - Interior: janelas do lado ocidental e relação dos vãos de iluminação com a abóbada

Capela de D. Fradique de Portugal - Interior: abóbada manuelina de dois tramos

Capela de D. Fradique de Portugal - Fachada sul com construções adossadas

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