Convento de Nossa Senhora da Assunção | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Convento de Nossa Senhora da Assunção | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Museu Municipal Infante D. Henrique / Mosteiro de Nossa Senhora da Assunção / Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique / Museu Municipal de Faro (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Convento | ||||||||||||||||
Tipologia | Convento | ||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Faro/Faro (Sé e São Pedro) | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||||||
Concelho | Faro | ||||||||||||||||
Freguesia | Faro (Sé e São Pedro) | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 37 077, DG, I Série, n.º 228, de 29-09-1948 (ver Decreto) | ||||||||||||||||
ZEP | Proposta de 15-11-2010 da DRC do Algarve para alargamento da ZEP do Património Classificado do Núcleo Histórico de Faro Vila Adentro Parecer de 23-05-2008 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. Proposta de 05-12-2007 da DRC do Algarve para a ZEP conjunta do Núcleo Histórico de Faro, abrangendo este imóvel | ||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 181501 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O Convento de Nossa Senhora da Assunção foi fundado por D. Leonor, mulher de D. João II, com uma comunidade iniciada por duas freiras clarissas oriundas de Beja. As obras começaram em 1519, e o espaço escolhido para albergar o complexo conventual integrava um terreno com vestígios de cetárias romanas, estendendo-se também para a zona da antiga Judiaria de Faro, pelo que foi necessário executar compras e expropriações de casas naquela área para prosseguir com as obras. Depois de alguns anos de interrupção, as obras voltavam a arrancar, desta feita já sob o patrocínio da rainha D. Catarina (então donatária da cidade de Faro). Atribuída ao mestre Afonso Pires, e integrando o pórtico, o dormitório e o claustro, esta segunda campanha "testemunha a penetração possível do figurino clássico na faixa meridional da metrópole" (SERRÃO, 2002, p. 63). As obras ficavam terminadas com a conclusão do claustro em 1550, integrando-se então o convento na clausura. Em 1596 o convento era saqueado e incendiado na sequência do ataque das tropas inglesas à cidade de Faro, pelo que sofreu obras de recuperação na segunda metade do século XVII, de que resultou o programa decorativo azulejar. No ano de 1755 o Terramoto volta a destruir o espaço, e mais uma vez foi necessário empreender obras de restauro, sendo provável que datem desta época as pinturas que decoram o interior da cúpula da capela-mor. Depois da extinção das ordens religiosas, o convento foi vendido em hasta pública. Ao longo do século XIX foram vários os proprietários e outras tantas as utilizações do espaço, chegando o antigo cenóbio a ser utilizado para albergar uma fábrica de cortiça. Em 1960 a Câmara Municipal adquiriu o Convento de Nossa Senhora da Assunção para, depois de realizadas obras de recuperação e adaptação, aí instalar o Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique, em funcionamento nos Paços do Concelho desde 1894. O museu ainda hoje funciona naquele local, como Museu Municipal de Faro. A planta do convento é composta por quatro corpos que se dispõem como alas em torno do claustro, de secção quadrangular. A igreja, implantada a poente, possui porta travessa, ao modo do que era regra nos conventos femininos. Coberta por abóbada de berço, possui capela-mor quadrangular rematada por cúpula pintada com motivos vegetalistas, rasgada por quatro pequenos óculos, dispostos segundo os pontos cardeais. O claustro, "de sabor castilhiano", foi um dos primeiros a empregar a tipologia a partir de então adaptada nos claustros portugueses: "dois pisos com quatro pares de arcadas geminadas no piso inferior, e quatro vãos delimitados por verga recta no andar nobre, e com grossos contrafortes flanqueando estas secções, bem como os típicos ângulos cortados obliquamente" (idem, ibidem). Ao centro, integra um pequeno jardim de buxo. O destaque vai para os portais da igreja e do dormitório, de linhas elegantes e depuradas, de gosto classicista, com decoração de grutesco, "pendurados" repletos de mascarões, cabeças aladas, folhas de acanto, bucrâneos, aves. O portal principal é rematado por cartela com o escudo de armas da rainha D. Leonor. Catarina Oliveira DIDA/ IGESPAR, I.P./ Setembro de 2011 | ||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Sé Catedral de Faro | ||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||
Nº de Imagens | 6 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 13 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A Arquitectura do Renascimento em Portugal | HAUPT, Albrecht | Edição | 1986 | Lisboa | |
A arquitectura religiosa do Algarve de 1520 a 1600 | CORREIA, José Eduardo Horta | Edição | 1987 | Lisboa | |
Faro. Edificações Notáveis | LAMEIRA, Francisco | Edição | 1995 | Faro | |
História da Arte em Portugal - o Renascimento e o Maneirismo | SERRÃO, Vítor | Edição | 2002 | Lisboa | |
«Os colégios universitários na definição das tipologias dos claustros portugueses», Revista Monumentos | CORREIA, José Eduardo Horta | Edição | 1998 | Lisboa | |
Corografia ou memoria economica, estadistica, e topografica do reino do Algarve | LOPES, João Baptista da Silva | Edição | 1841 | Lisboa | |
Monumentos e edifícios notáveis do concelho de Faro. | ROSA, José António Pinheiro e | Edição | 1984 | Faro | |
Faro. A arte na história da cidade | LAMEIRA, Francisco | Edição | 1999 | Faro | |
Arte Monumental Portuguesa | AZEVEDO, Correia de | Edição | 1975 | Porto | 1, p. 317 |
Faro, evolução urbana e património | PAULA, Rui Mendes | Edição | 1993 | Faro | |
Faro, evolução urbana e património | PAULA, Frederico Mendes | Edição | 1993 | Faro | |
"O Convento de Nossa Senhora da Assunção em Faro", Cadernos de História da Arte, vol. I | MARQUES, João Alberto de Carvalho | Edição | 1991 | Lisboa | |
Arquitectura Portuguesa - Renascimento, Maneirismo, «Estilo Chão» | CORREIA, José Eduardo Horta | Edição | 1991 | Lisboa | |
A Arquitectura "ao Romano" | CRAVEIRO, Maria de Lurdes | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia |
Convento de Nossa Senhora da Assunção - Fachada principal da igreja: portal renascentista
Convento de Nossa Senhora da Assunção - Fachada principal da igreja: remate do portal renascentista
Convento de Nossa Senhora da Assunção - Fachada principal da igreja: pormenor da base do portal renascentista
Convento de Nossa Senhora da Assunção - Estátua de D. Afonso III
Autor: Pcpgomes, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Convento de Nossa Senhora da Assunção - Cúpula da igreja
Autor: Sónia Lopes, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Convento de Nossa Senhora da Assunção - Vista geral da igreja
Autor: Sónia Lopes, em colaboração com Wiki Loves Monuments